VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
51 º. Parte. – Anualmente Bezerra de Menezes era reconduzido ao cargo de Presidente da Federação Espírita Brasileira, e estava marcada a nova assembléia, para o dia 5 de janeiro de 1900, a fim de que ela mais uma vez manifestasse quem deveria ser conduzido a esse alto cargo da Casa de Ismael.
Essa assembléia, entretanto, foi adiada, porque às vésperas de sua realização – dezembro de 1899 – o nosso querido Bezerra recebeu o aviso de que sua missão terminara na Terra e que em breve regressaria ao plano espiritual; e esse aviso foi um insulto congestivo, que o levou ao leito, propiciando ao seu Espírito o oportunidade de dar o maior testemunho de fé, de coragem e de resignação aos desígnios de nosso Pai Celestial. Foi, então, marcada a data de 30 de março,para a realização dessa assembléia, mas, piorando ainda mais o estado de saúde do venerando amigo, foi ela novamente adiada, e só se realizou após sua desencarnação, quando foi eleito o Sr. Leopoldo Cirne, que até então era o vice-presidente da Instituição.
Pois bem, foram cerca de quatro longos meses de sofrimento atrozes, quatro meses de sublimes testemunhos, em modestíssimo e desguarnecido quarto de sua residência humilde, pois o impacto produzido por esse mal violentíssimo o privara de qualquer movimento e da própria fala. Apenas seus lindos olhos verdes se moviam e falavam naquela linguagem misteriosa de expressão nascida da pureza de seu coração e da grandeza extraordinária de sua fé de apostolado.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora F E B. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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