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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

- ESTUDANDO O LIVRO DOS ESPÍRITOS. - CAPÍTULO. IV. - PRINCÍPIO VITAL. - A VIDA E A MORTE. - Questão. Nº. 70. – ALLAN KARDEC

                O LIVRO DOS ESPÍRITOS.                    

                                CAPÍTULO. IV.

                           PRINCÍPIO VITAL.

         A VIDA E A MORTE.

            Questão. Nº. 70. – Em que se transformam a matéria e o princípio vital dos seres após a morte? 

            - A matéria inerte se decompõe e vai formar novos seres; o princípio vital retorna a massa.

            Após a morte do ser orgânico os elementos que se formavam passam por novas combinações, constituindo novos seres que haurem na fonte universal o princípio da vida e da atividade, absorvendo-o e assimilando-o, para novamente o devolverem a essa fonte, logo que deixarem de existir.
            Os órgãos estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital. Esse fluido dá a todas as partes do organismo uma atividade que lhes permite comunicarem-se entre si, no caso de certas lesões, e restabelecerem funções momentaneamente suspensas. Mas quando os elementos essências do funcionamento dos órgãos foram destruídos, ou profundamente alterados, o fluido vital não pode transmitir-lhes o movimento da vida, e o ser morre.
            Os órgãos reagem mais ou menos necessariamente uns sobre os outros; é da harmonia do seu conjunto que resulta essa reciprocidade de ação. Quando uma causa qualquer destrói esta harmonia, suas funções cessam, como o movimento de um mecanismo cujas engrenagens essenciais se desarranjaram; como um relógio gasto pelo uso ou desmontado por um acidente, que a força motriz não pode pôr em movimento.
            Temos uma imagem mais exata da vida e da morte num aparelho elétrico. Esse aparelho recebe a eletricidade e a conserva em estado potencial, como todos os corpos da Natureza. Os fenômenos elétricos, porém, não se manifestam, enquanto o fluido não for posto em movimento por uma causa especial, e só então se poderá dizer que o aparelho está ativo. Cessando a causa da atividade, o fenômeno cessa: e o aparelho volta ao estado de inércia. Os corpos orgânicos seriam assim, como pilhas de aparelhos elétricos, nos quais a atividade do fluido produz o fenômeno da vida: a cessação dessa atividade ocasiona a morte.
            A qualidade do fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies, e não é constante no mesmo individuo, nem nos vários indivíduos da mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados do fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. E por isso que uns são mais ativos, mais energéticos, e de certa maneira, de vida super abundante.
            A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm.
            O fluido vital se transmite de um individuo para outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos e, em certos casos, fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se.

Fonte: “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” - Allan Kardec - 54a. Edição - Editora LAKE - São Paulo, SP - 1994.


                       RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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