PRIMEIRA PARTE.
PROVAS TEÓRICAS DA EFICIÊNCIA DA PRECE.
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GRANDES NOTABILIDADES PRONUNCIAM-SE A FAVOR DA PRECE. O QUE DIZEM ABRAHÃO LINCOLN, BAUDELAIRE EMME, CHIANG-KAI-SCHEK. OS ILUMINADOS E OS VIDENTES. SIMBOLOS QUE EXPRIMEM O PODER DA PRECE. OS EFEITOS DA PRECE SOBRE OS ESPÍRITOS PERTURBADOS E ENDURECIDOS. APOLOGIA DA PRECE FEITA POR ALLAN KARDEC. A PALAVRA DE EMMANUEL. JUSTOS E PECADORES PEDEM E ALCANÇAM.
À semelhança de Aléxis Carrel, que, também no seu livro ”O Homem, esse desconhecido”, exalta o maravilhoso poder da prece, outras notabilidades no mundo da política e das letras, a favor dela têm-se manifestado, trazendo as provas da sua eficiência, obtidas de um modo pessoal ou indireto.
Neste ponto os testemunhos fidedignos são numerosos, de sorte que a dúvida a tal respeito só pode porvir dos que não sabem orar ou dos que hajam excluído Deus de suas cogitações.
À parte dos inscritos nesta última categoria todos os indivíduos espiritualmente esclarecidos admitem a necessidade da prece e veem nela um sustentáculo nas horas amargas da provação.
“Não raro – Abrahão Lincoln – tenho caído de joelhos ante a convicção iniludível de que não me resta outro recurso”.
Vê-se por estas palavras do antigo presidente dos Estados Unidos, que ele costumava, implorar aos céus quando sentia a falência dos recursos humanos, inclusive os que promanavam a sua autoridade.
Também o poeta Frances Baudelaire acreditava que se podia haurir proteção e segurança na prece, pois é de sua pena este enunciado:
“O homem que faz a sua oração à noite, é capitão que põe sentinela. Pode dormir”.
A esposa do generalíssimo Chuang-Kai-Schek, cuja vida na década de cinquenta do século passado, foi pontilhada de lances dramáticos em virtude da invasão comunista na sua pátria, traz certamente o fruto da sua experiência individual nestes tópicos que sublinhamos em um artigo de imprensa:
“Deus me fala – diz ela – quando rezo. A oração não é um antihiponitismo. É mais que a simples meditação, e, nesta, a força brota do nosso próprio ser. Porém, quando se reza, vai-se a uma fonte de força muito maior que a nossa própria”.
Os grandes iluminados, os videntes, eram crentes no poder da prece e nelas captavam as energias que dilatavam e mantinham os seus dons extraordinários.
Bem significativos são os membros de cera em exposição nos templos católicos. Eles simbolizam a fé e o agradecimento dos que alcançaram favores pela prece.
Todos os bons Espíritos a recomendam e os imperfeitos pedem-na como meio de aliviar os seus sofrimentos. Os efeitos balsâmicos da prece tornam-se patente nas sessões espíritas. Sobre os desencarnados, quer a presença deste acuse uma conturbação da memória, consequente da transição, quer assinale a persistência num propósito rancoroso. A oração, é o divino magnetismo que envolve em atmosfera de calma e lhes desperta a consciência
Leia-se, a propósito, a magnífica bibliografia de André Luiz, Espírito, que a transmitiu pelo lápis de Francisco Candido Xavier, numa sequência de 8 volumes que tem início no que se intitula “Nosso Lar”.
Em todos aqueles livros, que desvendam um mundo de conhecimentos novos, surpreendentes pelo ineditismo, a prece é enfaticamente encarecida e praticada pelos instrutores da mais alta hierarquia espiritual. Aniceto, Espírito dotado de grande bondade e sabedoria se expressa dessa maneira: “Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. O homem que ora, traz consigo inalienável couraça”.
Allan Kardec, que recolheu e coordenou os ensinos dos Mensageiros do Alto, vendo como eles enaltecem a excepcional importância da prece, faz dela uma tocante apologia, nos três últimos capítulos de “o Evangelho segundo o Espiritismo”. Nos demais livros da Codificação Espírita, ela é do mesmo modo engrandecida e recomendada como a terapêutica específica para todos os males espirituais.
Assevera Emmanuel, o sábio Espírito, guia e protetor do famoso médium Francisco Candido Xavier, em mensagem por este psicografada, que “na Terra, ninguém pode imaginar o valor, a extensão e a eficácia de uma prece nascida na fonte viva do sentimento”.
Não resta, pois, a menor duvida de que “muito pode a suplica fervorosa do justo”, como declara o apóstolo Tiago no capítulo quinto de sua epístola universal.
E não apenas os justos, podemos afirmar, à vista dos fato que vamos aduzir, numa demonstração impressionante de que também são ouvidos os pecadores.
Fonte: Livro Apologia da Prece - autor Alfredo Miguel - 2a. Edição - Livraria Espírita “Alvorada” Editora - Salvador Bahia - 1972.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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