EVANGELHO
E SIMPATIA.
Emmanuel.
(CHICO XAVIER.)
Do
apostolado de Jesus, destaca-se a simpatia por alicerce de felicidade humana. A
violência não consta da sua técnica de conquistar.
Ainda
hoje, vemos vasta fileira de lidadores do sacerdócio usando, em nome d’Ele, a
imposição e a caridade; todavia, o Mestre, invariavelmente, pautou os seus
ensinamentos nas mais amplas normas de respeito aos sues contemporâneos. Jamais
faltou com o entendimento justo para com as pessoas e as situações. Divino
Semeador sabia que não basta plantar os
bons princípios e sim oferecer, antes de tudo, à germinação e ao crescimento.
Certo,
em se tratando de interesse coletivo, Jesus não menoscaba a energia benéfica..
Exprobra
o comercialismo desenfreado que humilha ò Templo, quanto profliga os erros de
sua época. Entretanto, diante das criaturas dominadas pelo mal, enche-se de
profunda compaixão e tolerância construtiva. Aos enfermos não indagas quanto à
causa das aflições que os vergastam, para irritá-los com reclamações.
Auxilia-os e cura-os. Os apontamentos que dirige aos pecadores e transviados são
recomendações doces e sutis.
Ao
doente curado no Tanque de Betesda, explica despretensioso:
- “Vai
e não reincidas no erro para que te não aconteça o pior”.
À
mulher, apedrejada na praça pública, adverte bondoso:
- “Vai
e não peques mais”.
Não
indica o inferno às vítimas da sombra. Reergue-as, compassivo, e acende-lhe
nova luz.
Compreende
os problemas e as lutas de cada um.
Atrai
as crianças a si, compadecidamente, infundindo nova confiança nos corações
maternos.
Sabe
que Pedro é frágil, mas não desespera confia nele.
Contempla
o torvo drama do espírito de Judas, no entanto não expulsa.
Reconhece
que a maioria dos beneficiários não se revelam à altura das concessões que
solicitam, contudo, não lhes nega assistência.
Preso,
recompõe a orelha de Malco, o soldado.
À frente
de Pilatos e de Ântipas, não pede providências suscetíveis de lançar a discórdia,
ainda mesmo a título de preservação da justiça. Longe de impacientar-se com a
presença dos malfeitores que também sofreram a crucificação, inclina-se
amistosamente para eles e busca entende-los e encorajá-los. À tuba que rodeia
com palavrões e cutiladas envia pensamentos de paz e votos de perdão.
E,
ainda além da morte, não foge aos companheiros que fugiram. Materializa-se,
diante deles, induzindo-os ao serviço da regeneração humana, com o incentivo de
sua presença e de seu amor, até o fim da luta.
Em
todas as passagens do Evangelho, perante o coração humano, sentimos no Senhor o
campeão da simpatia, ensinando como sanar o mal e construir o bem. E desde a
manjedoura, sob a sua divina inspiração, um novo caminho redentor se abre aos
homens, no rumo da paz e da felicidade, com bases no auxílio mútuo e no espírito
de serviço, na bondade e na confraternização.
(Psicografado pelo médium F. C. Xavier, extraída do “Roteiro”,
Editora FEB.).
Fonte: Revista Informação. - No. 185. - Abril 1992.
RHEDAM.(rhedam@gmail.com)
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