Mediunidade não é instrumento de mágica, com que os Espíritos superiores adormeçam a mente dos amigos encarnados, utilizando-os em espetáculos indébitos para a curiosidade humana.
Realmente observamos companheiros que se confiam a entidades não aperfeiçoadas, embora inteligentes, efetuando o fascínio provisório de muitos, no setor das gratificações sentimentais menos construtivas, entretanto, aí temos apenas o encantamento temporário e nada mais.
Tarefa mediúnica, no fundo, é consagração do trabalhador ao ministério do bem.
O fenômeno, dentro dela, surge em último lugar, porque, antes de tudo, representa caridade operante, fé ativa e devotamento ao próximo.
Quem busque orientação para empresas dessa ordem, procure a companhia do Cristo, que não vacilou em aceitar a cruz para servir, dentro do divino amor que lhe inflamava o coração.
Ser medianeiro das forças elevadas que governam a vida é sintonizar-se com a onda renovadora do Evangelho, que instituiu o “amemo-nos uns aos outros”, qual Jesus se dedicou a nós, em todos os dias da vida.
A prosperidade dos sentidos superiores da alma não reside no artificialismo dos fenômenos transitórios e sim na abnegação com que o discípulo da verdade se honra em peregrinar com o Mestre do perdão e da humildade, da renúncia e da vida eterna,auxiliando, sem exceção, aos viajores do escabroso caminho terrestre.
Se pretendes um título na mediunidade que manifesta no mundo as revelações do Senhor; não te fixes tão-só na técnica fenomênica; rejubila-te com as oportunidades de servir, exprimindo boa vontade no socorro a todos os necessitados da senda humana; e, renovando os sofredores e os ignorantes, os perturbados e os tristes, sob o estandarte vivo do teu coração aberto para a Humanidade, abraça-os por tua própria família!
Depois disso, guarda a certeza de que te movimentas para a frente e para o alto, porque Jesus, o Divino Mestre, virá ao teu encontro, inundando-te a jornada de esperança, alegria e luz.
EMMANUEL (CHICO XAVIER.)
Fonte: Livro “MEDIUNIDADE E SINTONIA” - EMMANUEL (Francisco C. Xavier.) - Editora CEU - São Paulo, SP. - 1986.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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