Powered By Blogger

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - No. 18. - BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - POMBAL E OS JESUÍTAS.


                                     POMBAL E OS JESUITAS.

                        Em Portugal, após o reinado de D. João V, sobre o trono de D. José I, o quinto na disnatia bragantina. Ele escolheu para seu primeiro ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, depois, conde de Oreias e mais tarde Marques de Pombal.
                        As falanges espirituais haviam escolhidos previamente este homem, para reconstrução da Pátria, após os desvarios de D. João V, esbanjador e arbritário, que nunca reuniu a corte para uma consulta de interesse do povo. O escolhido não correspondeu às expectativas dos gênios espirituais das terras portuguesas. Com sua ditadura, construiu, mas cometeu graves injustiças.
                        Pombal ascendeu ao cargo após ter absorvido todas as idéias novas que percorriam o velho mundo. Tinha conhecimento das técnicas de Roberto Walpole no campo diplomático, enquanto a Pátria se algerna aos tribunais da Inquisição, com prejuízos a educação nacional, o cérebro lhe povoava de planos audazes e reformadores.
                        Em 1750, D. José I é elevado ao trono, imediatamente é chamada para cumprir as missões de chefe supremo desse governo, e em 1755, Lisboa sofre um terrível terremoto e fica parcialmente destruída, como ministro renovador, Sebastião José de Carvalho Melo, o Marques de Pombal, teve a oportunidade de demonstrar a sua capacidade criadora, reedificando a cidade, que renasceu mais engrandecida e mais bela.
                        O Marques de Pombal, desde o início do seu governo não tolerava os jesuítas, que nas cortes européias, se intrometeram em todos os negócios ad política do século, pretendiam eles imunizar o mundo inteiro das correntes do pensamento de reforma.
                        Os missionários humildes da célebre companhia de Jesus, no Brasil, em honra da verdade, estavam muito longe das criminosas disputas que se empenhavam os seus irmãos do outro lado do Atlântico, mas, sofreram como eles a incessante perseguição, logo que o novo ministro assumiu o poder.
                        A 3 de setembro de 1758, D. José I, sofre um atentado, quando voltava de uma entrevista no Palácio da ajuda, o rei foi alvejado com tiros de bacamarte, partindo de um grupo de desconhecidos. As suspeitas recaíram ao Marquês de Távora e seus filhos, Conde de Atouguia e o Duque Aveiro. Este último participava de um movimento, o mesmo acontecia aos Távoras, inocente ao delito. Instaurado o processo que terminou, apesar de todas as irregularidades, com a condenação a morte para todos os implicados. Portugueses influentes em vão tentaram modificar a decisão do ministro. Os condenados sofreram os mais horrorosos suplícios de Belém e a própria D. Leonor Tomásia, Marquesa de Távora, foi decapitada.
                        Pombal, aproveita a oportunidade para expulsar os jesuítas, apontando-os como autores indiretos do atentado.
                        Este ato reflete largamente na vida do Brasil. Todo movimento de organização social, na colônia, se devia aos esforços dos dedicados missionários. O clero comum era favorável a escravidão, incentivavam a caça aos índios e abençoavam os navios negreiros. Os jesuítas ao contrário sempre trabalhavam dentro dos sentimentos de humanidade. Criavam aldeias para os índios aprendiam a língua geral para melhor influenciarem o ânimo deles, trazendo às tabas rústicas às comunidades da civilização, e foram naqueles tempos longínquos os únicos ensinamentos do Alto, defendendo com sua palavra todos os infelizes. Está expulsão retardou em muito a educação dos menos favorecidos no Brasil, e, se o ministro algumas vezes estendeu o seu dinamismo renovador até a Pátria do Evangelho, sua ação poucas vezes ultrapassou o terreno material, mesmo algumas melhorias introduzidas pelo Conde de Bombardela no Rio de Janeiro, como a oficina tipográfica, destruída pelo ministro à força de decretos, criando obstáculos à facilidade da educação no território da colônia.
                        Os missionários humildes da cruz, observando a anulação dos seus esforços, procuraram Ismael com apelos. Seus trabalhos eram abandonados por determinação do ministro. Suas intenções ficam incompreendidas, suas ações baldadas em espalharem entre os sofredores as claridades consoladoras do ensino de Jesus. Generosamente, Ismael, pondera aos seus dedicados colaboradores.
                        - Irmãos, muitas vezes os espíritos escolhidos para certos trabalhos na terra não resistem à sedução do dinheiro e da autoridade sentem-se traídos pelas suas próprias forças sem resistência se entregam ao inimigo oculto que lhes envenena o coração. Deixa-os a liberdade de agir com sua prepotência. Sempre operando com suas possibilidades no plano físico, a vitória sempre será de Jesus, que é a luz que toca a todos os corações. Consideremos, além da tirania política que tenta destruir a ação, o desvio de nossos irmãos responsáveis pelo patrimônio do Evangelho, na Europa. Infelizmente, eles não levam a luz espiritual às almas aflitas e sofredoras, clareando a estrada dos ignorantes e abençoando o rude labor dos simples; ao contrário, buscam influenciar os príncipes do planeta, disputando os mais altos lugares de domínio no banquete dos poderes temporais, em todos os países onde milita a Igreja do Ocidente. Roguemos a Jesus pelos tiranos e pelos que desviaram-se do caminho da consciência retilínea. Terminada uma etapa da tarefa co o aproveitamento dos elementos que nos oferecia a disciplina da Companhia fundada por Loiola, continuemos o trabalho dentro das novas modalidades. Deixai os mortos enterrar os seus mortos, ensinou-nos Jesus. Vossos irmãos, transformando a cruz do Cristo, num símbolo de opressão e despotismo, nos tribunais da Inquisição, cavam a sepultura moral de suas almas. Os políticos, têm um espaço em que não podem ultrapassar, o tempo e a experiência, com a dor, eterna aliada de ambos, ensinarão às suas consciências a lei da fraternidade e de amor, esquecidas nos dias do fastígio e da glória efêmera do mundo. Oremos por eles e que Jesus, com a sua bondade infinita, nos acolha os corações sob o manto da sua misericórdia.
                        Enquanto oravam, gotas suaves de luz se derramavam do céu sobre os caminhos tenebrosos da Terra e a palavra profética de Ismael teve, em breve, a sua confirmação.
                        Em 1773, O Papa Clemente XIV, supriu a Companhia de Jesus, e, em 1814, o Papa Pio VII restabeleceu-a. Porém, o prestígio dos jesuítas jamais foi restabelecido no Ocidente. O Marquês de Pombal, conheceu no silêncio a lição do abandono e do esquecimento dos homens. D. José I, no dia em que agonizava o Cardeal de Lisboa, D. João Cosme da Cunha que devia ao famoso ministro a sua posição eclesiástica lhe declara no aposento do moribundo: - “V. Ex. a já nada mais tem aqui afazer”, testemunhou venenosa ingratidão. Passado algum tempo, sobe ao trono D. Maria I, destituíra o Marques de todas as suas funções, banindo-o da corte, após rumoroso processo em que fundamentaram sua condenação. Retirou-se para a Vila de Pombal, e deixou o mundo em 1782, humilhado esquecido sob o jugo dos mais pungentes desgostos.

                                                                                         HUMBERTO DE CAMPOS.

                Fonte: Livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. – Autor Espiritual Humberto de Campos. – Médium. Francisco C. Xavier. – Editora da FEB. – Rio de Janeiro, RJ.




                                                     RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário