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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

- A ARTE DE VIVER COM... - O NECESSÁRIO. - Dr. HUMBERTO. - No. 47.

               A ARTE DE VIVER COM...  - O NECESSÁRIO.


         Durante o dia o meu trabalho foi muito produtivo. Não fiquei nada preocupado com o que os meus colegas pensariam a respeito do vazo de flor.
          No final da tarde, caminhando para retornar para o meu lar, o sol se pondo mais cedo, foi um belo dia de sol, temperatura agradável, ao passar pela praça que fazia parte do meu caminho, nas proximidades do local em que trabalhava, resolvi parar para apreciar o final de tarde e observar o movimento do local.
          Sentei em um banco, via muitas mães a brincar com seus filhos em fogosa algazarra no parquinho infantil, belas árvores verdes que recebiam grande números de andorinhas revoando entre elas. 
         Ao centro existia um belo lago artificial com um chafariz imenso promovendo a dança das águas, que recebiam os últimos raios do sol e mostravam matizes de rara beleza.
         Tantos anos que passei por aqui e nunca parei para apreciar essa beleza natural que se completa com a presença do homem.
         Olhando para o céu, vi novamente a revoadas das andorinhas, quem sabe estavam se despendido de mais um dia, preparando-se para o repouso noturno, aconchegando-se nas árvores onde tinham os seus ninhos. 
              A elas onde estariam no próximo inverno? Olhando para um árvore próxima, embaixo no seu tronco, fiquei extasiado, vi dois esquilos sorridentes pegando as bolotas que caíram da árvore e degustando-as.
           Aquele fato me impressionou, existia dois esquilos em pleno centro da minha cidade muito movimentada agitada, eles estavam calmos e sossegados como se só eles existissem. Como seria possível as crianças não os terem vistos, não percebiam o que acontecia.
            Encantei-me com eles com aqueles pelos acinzentados mesclados com dourados, sua linda cauda, seus dentes expostos, comiam e tagarelavam entre si com a sua linguagem própria, paravam, olhavam ao derredor, não sei se me viam, voltavam a comer e conversar, deveria ser o seu jantar.
            Observando muito atentamente notei que trocavam gentilezas entre si, ofereciam-se mutuamente as bolotas um ao outro. Risonhos, alegres na sua maneira de viver diziam para mim que eram felizes, as vezes corriam para outro tronco de árvore em seguida voltavam um atrás do outro.
            Com essa observação desses animaizinhos silvestres, encontrei uma lição maravilhosa para minha vida, como entregar-se um ao outro em colaboração. Como viviam alegres, sem se preocuparem, viviam o momento presente, o que tinham a fazer era comer, brincar, realizar os seus folguedos e viver bem a vida.
              Não havia qualquer situação que os preocupasse de perigo, pois, acho que encontravam-se protegidos por algo Superior. 
                Que maravilhosa beleza, a natureza fala por si só. A noite aproximava-se, os últimos raios de sol com seu fulgor iluminavam aquelas sena com um colorido indescritível, os bichinhos estavam se retirando ao som do coral natural do trilar das andorinhas.
                  Ao sumirem vi que no tronco da árvore em que ficavam na frente era a toca deles. Levantei-me para seguir o meu caminho, examinei a árvore não vi toca nenhuma. A onde teriam ido eles se proteger da noite, mas veio-me um pensamento, a natureza é sábia eles sabem se proteger.
              Ao chegar em casa, fixado a porta estava um cartão, lá estava escrito: “Faça como os esquilos, faça somente o que for necessário para suprir as suas necessidades, não tenhas muita ambição. Assim, terás mais tempo para seres feliz”. O Monge.
                 Fiquei em silêncio, como sempre boquiaberto, pois através da natureza ele me transmitia mais uma de suas lições.

                                                 Dr. Humberto.


                                                          RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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