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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

- ROTEIRO INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA Nº. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 251. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNES MAIA.)


MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

Quando a mediunidade avança com o Evangelho, toma outra dimensão, harmonizando-se com ele, na plenitude do seu ideal. O homem ou o Espírito, despertado nos seus sentimentos mais íntimos, passa a considerar o tempo e os seus próprios valores e exige de si mesmo o cumprimento das promessas feitas diante de Deus e da própria consciência. A mediunidade, quando alcança o Evangelho de Jesus, abre-se em flor, transformando e perfumando onde quer que esteja, educando todas as suas forças e disciplinando todos os seus impulsos na ordem divina de amar.
Paulo de Tarso, inspirado em Cristo, ensina-nos o que devemos fazer para a glória da faculdade mediúnica, deste modo: I Coríntios, capítulo 12, versículo 31
Eu passo a mostrar-vos um caminho excelente.
Esse caminho que o apóstolo nos mostra foi descoberto depois de muitas experiências nas lutas que travou consigo mesmo. Depois de todas as renúncias feitas na vida, depois de longos e porfiados sofrimentos, percorrendo muitos lugares e falando a variados povos, chegou à conclusão que passa a nos contar no capítulo 13, versículo 1:
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Coloca o homem de Tarso o amor como o roteiro do discípulo de Jesus, sem que existam outros caminhos, a não ser aqueles que levam ao mesmo amor. Prossegue em sua fala: E ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. Vejamos o que o apóstolo dos gentios quer nos mostrar por estas palavras. Ele concentra toda a sua atenção para essa virtude singular, querendo dizer-nos, pela experiência que tivera, que o amor é soberano.
Segue Paulo, a mostrar aos interessados, pela renovação dos sentimentos, que essa virtude avança sem barreiras, iluminando sentimentos e abrindo novas perspectivas nos corações dos que aspiram à tranqüilidade de consciência, continuando, com segurança:
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado,se não tiver amor, nada disso me aproveitará. Colocamos essa lição grandiosa para os médiuns encarnados e desencarnados, para que tudo o que fizerem, o façam com amor, com maior proveito no trabalho. A lição do apóstolo prossegue nessa linha de estima à virtude maior: O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece. O amigo dos gentios começa a aprofundar-se no corpo ciclópico do amor e a nos revelar as suas divisões, dignificando esse atributo divino que buscamos há milênios para a nossa libertação espiritual. Examina com critério, assim se expressando:
Não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça,  mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Essas condições para atingirmos o amor abalam nossas convicções do passado, contrariam quase todos  os nossos ideais humanos, porque sempre queremos fazer  o que nos agrada e não a vontade d'Aquele que nos sustenta  a todos.
Continuemos a ouvir mais o pregador destemido do Evangelho: O amor jamais acabará, mas as profecias passarão, as línguas cessarão, e a ciência será abolida, porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. É de se notar o afeto que Paulo tem pelo amor. Ele busca nos segredos da própria vida os valores do amor, mostrando-nos a transitoriedade daquilo que o progresso modifica, eternizando a essência do coração.
Para compreendermos melhor a sua dissertação, ele prossegue no mesmo valor evangélico, assim dizendo: Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Quem está acompanhando com atenção o que se refere ao amor, compreenderá a seqüência dos seus pensamentos no ato de amar, ensinando-nos como se deve amar. Mais adiante, remata: Porque agora vemos como em um espelho, obscuramente; mas então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; mas então, conhecerei com perfeição como sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,  porém, o maior desses três é o amor. O homem que abriu seus olhos espirituais no caminho de Damasco via os problemas da humanidade face a face, mas obscuramente, como os próprios homens o conheciam. Mas depois que ele encontrou o amor na figura do Cristo e passou a amar, conheceu as necessidades do mundo e começou a ser conhecido tal como era, na exuberância dessa elevada faculdade. E três caminhos se abriram, como por encanto, à sua frente, sendo que o maior era o do meio: a fé e a esperança dos lados e, no centro, alimentando todos os outros, estava o amor o maior de todos - o sol de todos os sóis da vida. Esse caminho do apóstolo Paulo deve ser o mesmo do médium que se entregou ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, passando a ser chamado médium do amor, na pureza que podem e devem chegar os nossos sentimentos convertidos em uma só luz, aquela que se chama Amor.

            Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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