MÃE.
Ó minha santa mãe! era
bem certo
Que entre as preces
maternas estendidas
As tuas mãos sobre os
meus tristtes dias,
Quando na Terra - que
era o meu deserto.
Nos instantes de dor,
bem que eu sentia
As tuas asas de Anjo de
Ternura,
Pairando sobre a minha
desventura
Feita de prantos e
melancolia.
Flor ressequida que eu
era, e tu o orvalho
Que me nutria, pobre
empalecida;
Era a tua alma a luz da
minha vida,
Meu tesouro, meu dúlcido
agasalho!...
Ai de mim sem a tua alma
bondosa,
Que me dava a promessa
da esperança,
Raio de luz, de amor e
de bonança,
Na escuridão da vida
dolorosa.
E que felicidade doce e
pura,
A que senti após a treva
e a morte,
Findo o terror da minha
negra sorte,
Quando vi teu sorriso de
ventura!
Então, senti que as Mães
são mensageiras
De Maria, Mãe de anjos e
de flores,
E Mãe das nossas Mães
cheias de amores,
Nossas meigas e eternas
companheiras!...
- AUTA DE SOUZA. Pág. 135.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO –Autores
Diversos - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
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