O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO XVI.
MÉDIUNS ESPECIAIS.
190. MÉDIUNS
ESPECIAIS PARA EFEITOS INTELECTUAIS.
APTIDÕES
DIVERSAS
Médiuns
audientes: os que ouvem os Espíritos. Muito comuns. (Nº 165.) “Muitos há
que imaginam ouvir o que apenas lhes está na imaginação.”
Médiuns
falantes:
os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns. (Nº 166.)
Médiuns
videntes: os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. A visão
acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito
freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção,
é excepcional. (Nº 167.)
“É uma aptidão a que se
opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar
na palavra dos que dizem ver os Espíritos.”
Médiuns
inspirados: aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos
sugerem idéias, quer relativas aos atos ordinários da vida, quer com relação
aos grandes trabalhos da inteligência. (Nº 182.)
Médiuns de
pressentimentos: pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de
coisas vulgares que ocorrerão no futuro. (Nº 184.)
Médiuns
proféticos: variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos.
Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de
pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são
incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.
“Se há profetas verdadeiros, mais ainda os há falsos, que consideram
revelações os devaneios da própria imaginação, quando não são embusteiros que,
por ambição, se apresentam como tais.” (Veja-se, em O Livro dos Espíritos,
o nº 624. - “Características do verdadeiro profeta”.)
Médiuns
sonâmbulos:
os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos. (Nº 172.)
Médiuns
extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos
Espíritos.
“Muitos extáticos são joguetes da própria imaginação e de
Espíritos zombeteiros que se aproveitam da exaltação deles. São raríssimos os
que mereçam inteira confiança.”
Médiuns
pintores ou
desenhistas:
os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm
trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que
Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais
atrasado estudante.
Os Espíritos levianos se comprazem em imitar. Na época em que
apareceram os notáveis desenhos de Júpiter, surgiu grande número de pretensos
médiuns desenhistas, que Espíritos levianos induziram a fazer as coisas mais
ridículas.
Um deles, entre outros, querendo eclipsar os desenhos de Júpiter,
ao menos nas dimensões, quando não fosse na qualidade, fez que um médium
desenhasse um monumento que ocupava muitas folhas de papel para chegar à altura
de dois andares. Muitos outros se divertiram fazendo que os médiuns pintassem
supostos retratos, que eram verdadeiras caricaturas. (Revue Spirite,
agosto de 1858.)
Médiuns
músicos: os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência
dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e
inspirados, como os há para as comunicações literárias. (Veja-se — Médiuns
para efeitos musicais.)
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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