OBSESSÃO
E CURA.
Reunião pública de 30/9/60 - Questão nº 254 Parágrafo 5º
Alguém, certa feita, Indagou de grande filósofo como classificaria
o sábio e o Ignorante, e o filósofo respondeu afirmando que considerava um e
outro como sendo o médico e o doente.
No entanto, acrescentamos nós: entre o médico e o doente existe o
remédio.
Se o enfermo guarda a receita no bolso e foge à instrução
indicada, não adianta o esforço do clínico ou do cirurgião que despendem estudo
e tempo para servi-lo.
*
Que a obsessão é moléstia da alma, não há negar.
A criatura desvalida de conhecimento superior rende-se, inerme, à influência
aviltante, como a planta sem defesa se deixa Invadir pela praga destruidora, e
surgem os dolorosos enigmas orgânicos que, muitas vezes, culminam com a morte.
Dispomos, contudo, na Doutrina Espírita, à luz dos ensinamentos do
Cristo, de verdadeira ciência curativa da alma, com recursos próprios à solução
de cada processo morboso da mente, removendo o obsessor do obsidiado, como o
agente químico ou a intervenção operatória suprimem a enfermidade no enfermo,
desde que os interessados se submetam aos impositivos do tratamento.
*
Se conduzes o problema da obsessão com lucidez bastante para compreender
as próprias necessidades, não desconheces que a renovação da companhia
espiritual inferior, a que te ajustas, depende de tua própria renovação.
Ouvirás preleções nobres, situando-te os rumos.
Recolherás, daqui e dali, conselhos justos e precisos.
Encontrarás, em suma, nos princípios espíritas, apontamento certo e exata
orientação.
Entretanto, como no caso da receita formulada por médico abnegado
e culto, em teu favor, a lição do Evangelho consola e esclarece, encoraja e
honra aqueles que a recebem, mas, se não for usada, não adianta.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, - Emmanuel, - Psicografado
por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora F E B, - Rio de Janeiro,
RJ, - Abril de 2000.
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