Médiuns,
saibamos servir sempre, sem perguntar, ainda que reconheçamos a imposição do
raciocínio e da lógica no desempenho das próprias obrigações.
A
mistificação é o mal trazido conscientemente ao trabalho.
Quem
situa a existência na Seara do Cristo, entregando-lhe o coração, não pode
alegar-se embusteiro.
Que
dá de si mesmo em amor puro e devotamento incessante é canal para os
reservatórios do Bem Eterno e, entre nós, doador real do bem, perante a
sabedoria divina, é o Cristo, nosso Divino Mestre.
Sejam
quais forem os implementos da usina, os transformadores que alteram as
correntes elétricas ou os fios que conduzem a energia, a luz que verte da
tomada humilde é a resposta da Força Maior às solicitações humanas.
Quem
serve com sinceridade, portanto, conservar-se indene de toda suspeita no campo
da luta, embora os fenômenos sejam motivo de discussões por vezes proveitosas,
daqueles que os procuram.
Diante
dos corações que choram das mães padecentes, dos enfermos necessitados, dos
tristes que desesperam das crianças em abandono e dos pobres espíritos
revoltados que jazem nas trevas, apresentando o impositivo de ação constante em
favor dos reclamam apoio e carinho, proteção e socorro, de permeio com os
irmãos ainda jugulados pela influência da ignorância e da obsessão, o médium,
realmente, não pode congelar as oportunidades da instrução e do alívio, da
ajuda moral e da assistência fraterna, em nome da dúvida que nada constrói, sob
pena de fazer-se descaridoso e infiel a si mesmo.
Trabalhemos.
Mediunidade
é o instrumento. Tenhamo-lo tão limpo e tão exato quanto possível, para que os
administradores do bem nos utilizem nas boas obras – mas boas obras que são, em
verdade, a única maneira de traduzir a fé viva que abraçamos no levantamento do
mundo melhor;
Fonte: Livro “MAIS LUZ” - ANTONIO GONÇALVES DA SILVA -
BATUÍRA, psicografado por Francisco Cândido Xavier - 4a. Edição -
Editora GEEM - São Bernardo do Campo, SP - 1976.
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