EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO.
CAPÍTULO IX.
4. Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da
mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a
violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar
para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava — homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o
lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno
aquele que disser a seu irmão: És louco.
Evidente se torna que aqui,
como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas em
que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão
severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário
à lei de amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e
manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na
benevolência recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a
animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para
com o próximo é a lei primeira de todo cristão.
Fonte: O
Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec – Tradução Guillon Ribeiro – 131
a. Edição - Editora FEB – Rio de Janeiro, RJ – janeiro 2013.
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