QUADRAS.
Ai
de quem busca o deserto
De
torturas da descrença:
Morrer
é sentir de perto
A
vida profunda e imensa.
Depois
da miséria humana
Sobre
a Terra transitória,
Lastimo
quanto se engana
O
Ouro da falsa glória.
Dinheiro
do mundo vão,
Mentiras
da vaidade,
Não
trazem ao coração
A
luz da felicidade
Bem
pobre é a cabeça tonta
Dos
perversos e usuários,
Que
morrem fazendo conta
Nas
cruzes de seus rosários.
É
ditosa no caminho,
Alegre
como ninguém,
A
mão terna do carinho
Que
vive espalhado o bem.
Angústias,
derrotas, danos,
Tudo
isso tenho visto.
Só
não vejo desenganos
Na
estrada de Jesus-Cristo.
BELMIRO BRAGA.
Nasceu
a 7 de janeiro de 1870, em Juiz de Fora, Minas, e ai desencarnou em 1937.
Iniciou-se na vida comercial e foi, depois, notário público. Poeta,
comediógrafo e jornalista nato. Popularizou-se, sobretudo, pela singeleza e
espontaneidade da sua musa. Era membro realce da Academia Mineira de Letras, da
qual foi um dos fundadores. Chamaram-lhe – “Rouxinol Mineiro”.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO – Autores Diversos -
Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
Nenhum comentário:
Postar um comentário