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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

- POEMAS ESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - QUADRAS. - BELMIRO BRAGA. (CHICO XAVIER.)

                                               QUADRAS.

            Ai de quem busca o deserto
            De torturas da descrença:
            Morrer é sentir de perto
            A vida profunda e imensa.

            Depois da miséria humana
            Sobre a Terra transitória,
            Lastimo quanto se engana
            O Ouro da falsa glória.

            Dinheiro do mundo vão,
            Mentiras da vaidade,
            Não trazem ao coração
            A luz da felicidade

            Bem pobre é a cabeça tonta
            Dos perversos e usuários,
            Que morrem fazendo conta
            Nas cruzes de seus rosários.
           
            É ditosa no caminho,
            Alegre como ninguém,
            A mão terna do carinho
            Que vive espalhado o bem.

            Angústias, derrotas, danos,
            Tudo isso tenho visto.
            Só não vejo desenganos
            Na estrada de Jesus-Cristo.   

                                                                       BELMIRO BRAGA.
            Nasceu a 7 de janeiro de 1870, em Juiz de Fora, Minas, e ai desencarnou em 1937. Iniciou-se na vida comercial e foi, depois, notário público. Poeta, comediógrafo e jornalista nato. Popularizou-se, sobretudo, pela singeleza e espontaneidade da sua musa. Era membro realce da Academia Mineira de Letras, da qual foi um dos fundadores. Chamaram-lhe – “Rouxinol Mineiro”.

Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO – Autores Diversos - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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