O LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO
V.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS.
FENÔMENOS
DE TRANSPORTE.
99.
Continuação... Este fenômeno oferece uma particularidade bastante singular, e é
que certos médiuns não obtém senão no estado sonambúlico, e isso se explica
facilmente. Há, no sonambulismo, um desprendimento natural, uma espécie de
isolamento do Espírito e do perispírito, que deve facilitar a combinação dos
fluidos necessários. Tal é o caso dos transportes, dos quais fomos testemunha.
As questões seguintes foram endereçadas ao Espírito que os havia produzido, mas
suas respostas, por vezes, de sua insuficiência; nós as submetemos ao Espírito
Erasto, muito mais esclarecido do ponto de vista teórico, e que as completou
com observações muito judiciosas. Um é o artesão, o outro o sábio, e a própria
comparação dessas duas inteligências é um estudo instrutivo, porque prova que
não basta ser Espírito para tudo compreender.
3. A produção do
fenômeno prende-se à natureza especial do médium, e poderia se produzir por
outros médiuns com mais facilidade e prontidão?
A produção do fenômeno prende-se à natureza especial do
médium, e não poderia se produzir senão com naturezas correspondentes; pela
prontidão, o hábito que adquirimos, correspondendo, frequentemente, com o mesmo
médium, nos é um grande socorro.
4. A influência
das pessoas presentes contribui com alguma coisa?
Quando há incredulidade, oposição, podem nos incomodar
muito; gostamos bem mais de fazer provas com os crentes e pessoas versadas no
Espiritismo; mas não quero dizer que a má vontade poderia nos paralisar
completamente.
5. Onde fostes
buscar as flores e os confeitos que transportastes?
As flores, apanho-as nos jardins, onde me aprazem.
6. E os confeitos?
O confeiteiro terá se apercebido de sua falta?
Apanho-os onde quero; o confeiteiro nada notou, porque
coloquei outros em seu lugar.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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