VIDA
E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
66 º.
Desse artigo, que se acha reproduzido no Dicionário Biobibliográfico Cearense,
do Barão de Studart, extraímos os seguintes tópicos:
“Espírito lúcido, com a melhor educação acadêmica,
todavia, não deixou de ter suas quedas. Da escola ultramontana, em princípio,
foi descendo na escala das crendices humanas, até declarar-se espírita, nos
últimos dias de sua existência, já materialmente enfraquecida pelos insultos da
idade, logo intelectualmente decaída.
***
“Deve ter morrido, com 70 anos, comparado aos seus
camaradas que sobrevivem.”
Nota-se perfeitamente que o autor desse artigo traiu o seu
sentimento ultramontano fanático, e daí o desvirtuar a verdade dos fatos para,
de certo modo, justificar a razão por que, no seu entender, Bezerra de Menezes
foi descendo na escala das crendices humanas, até declarar-se espírita, nos
últimos dias de sua existência.
Colocou, assim, o Espiritismo na categoria das piores
crendices.
Acontece que Bezerra contava com 55 anos de idade, quando
publicamente se confessou adepto a Terceira Revelação, e só desencarnou aos 69
anos de idade. Gozava de plena faculdade mental e estava seu espírito
perfeitamente lúcido, quando de seu decesso, como lúcida partiu para a Espiritualidade
sua genitora D. Fabiana de Jesus Maria Bezerra, com 91 anos de idade, conforme
informação do Barão de Studart.
O nosso querido Bezerra foi educado na religião católica,
mas dentro de alguns anos foi ele sentido ser um contrra-senso muitos dos
dogmas, preceitos e ensinamentos da Igreja Romana, até que um dia teve a
ventura de banhar-se nas caudais luminosas do Cristianismo espírita.
Preferiu a luz que o fazia compreender e sentir Jesus em
toda a sua extraordinária simplicidade e sublime amor, e por isso, desprezou a
sombra que deformava a personalidade ímpar do Cristo!
A justiça de Deus, que até então lhe era incompreensível,
através do ortodoxismo claudicante, ostentou-se radiante ao seu entendimento,
por força das vidas múltiplas.
Bendita queda, abençoada descida de Bezerra de Menezes na
escala d suposta crendice do Espiritismo, pois que sua alma continua lembrada,
estimada e respeitada como um símbolo de fé, de amor e de caridade.
*
Fonte:
- Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”, - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª.
Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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