TEMOS
O QUE DAMOS.
Podes guardar o pão párea muitos dias, ainda que o
excesso de tua casa signifique ausência do essencial entre os próprios
vizinhos; todavia, quanto puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam
debalde o fogão sem lume.
Podes conservar armários repletos de vestes inútil, ainda
que a traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de
andrajos; no entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro
que sente frio.
Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo
te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha
de recurso aos irmãos em necessidades.
Podes alinhar perfume e adornos para uso à vontade, ainda
que pagues caro a hora do abuso, mas, sempre que possas, estende a migalha de
remédio aos doentes em abandono.
Um dia, que sertã noite em teus olhos, deixarás pratos
cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia da grande
sombra; entretanto, não viajarás de todos nas trevas, porque as migalhas de
amor que tiveres distribuído estarão multiplicadas em tuas mãos como benção de
luz.
Meimei. (Chico Xavier)
- O Espírito de Verdade - FEB.
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