A Virtude.
A
palavra " Virtude ", nos dicionários, é assim definida: "
disposição firme e constante para a prática do bem".
Vamos
encontrar no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo 17, nas Instruções dos
Espíritos nº 8, ditado pelos Espíritos; de François, Nicolas, Madeleine,
Cardeal Morlot em Paris 1853, o seguinte: ... “ A virtude, no seu mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades
essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, sóbrio, modesto,
são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente são acompanhadas quase sempre de
pequenas falhas morais que as desmerecem e as enfraquecem. Aquele que faz
alarde a sua virtude não é virtuoso,
pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia. E o vício mais oposto é o
orgulho. A virtude realmente digna
desse nome não gosta de se exebir; ela é sentida, mas se esconde no anonimato e
foge da admiração das multidões. São
Vicente de Paulo era virtuoso; o digno Cura de Ars era virtuoso, e muitos
outros não muito conhecidos do mundo, mas conhecido de Deus. Todos esses homens
de bem ignoravam que eram virtuosos; deixavam-se ir pela corrente de suas
santas inspirações e praticavam o bem com total desinteresse e completo
esquecimento de si mesmos.
À
virtude, assim cropreendida e
praticada, é que eu vos convido a praticar, meus filhos a essa virtude verdadeiramente cristã e
verdadeiramente espírita que eu vos convido a consagrar-vos. Afastai de vossos
corações o sentimento do orgulho, da vaidade, do amor- próprio, que sempre
desvalorizam as mais belas qualidades. Não imites o homem que se coloca como um
modelo e se gaba de suas próprias qualidades para todos os ouvidos tolerantes.
Essa virtude com contestação
esconde, muitas vezes, uma multidão de pequenas mesquinharias e odiosos
fraquezas.
Em
princípio, o homem que exalta a si mesmo, que ergue uma estátua à sua própria virtude, essa é a única razão, que ele
aniquila todo mérito efetivo que possa ter. Mas o que direi daquele que dá
valor em parecer aquilo que não é? Compreendo muito bem que o homem que faz o
bem sinta no fundo do coração uma satisfação íntima, mas, uma vez que essa
satisfação se exteriorize para provocar elogios, degenera em amor-próprio.
Vós todos, a quem a fé espirita reanimou com
seus raios, e que sabeis o quanto o homem está longe da perfeição, não façais
nunca uma tolice dessas. A virtude é
uma graça que eu desejo a todos os espíritas sinceros, mas advirto: Mais vale
poucas virtudes com modéstia do que
muitas com orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades se perderam
sucessivamente, e será pela humanidade que deverão um dia redimir-se.
Temos
nas virtudes, aqueles padrões de comportamento que um dia chegaremos a
vivenciar espontaneamente, sem que para isso nos custe algum esforço.
Reagiremos de modo natural, por hábito, com bons sentimentos, sem dificuldades.
É
preciso compreender que a atitude virtuosa deve estar despida de interesse
pessoal, ou das inteções ocultas. A maior qualidade que a virtude pode ter é a
de ser praticada com a mais desinteressada caridade, o que lhe confere
grandiosos mérito.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário