VIDA
E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
26 º. Parte.
Comentando os termos dessa mensagem, Bezerra de Menezes escreveu: “Como se vê,
desta simples e natural exposição ressaltam altos ensinos para os que anseia
luz para as causas desconhecidas dos terrícolas.
“O primeiro é que a criatura chamada homem não acaba com
a morte, como pensam os infelizes envolvidos nos meandros desta vida, sem
afeiçoarem seus sentimentos e obras às exigências superiores do mais elevado
viver.
“Do outro mundo – dizem até mesmo alguns que acreditam na
vida futura – ainda ninguém veio dizer alguma coisa.
“Doloroso e cruel o desengano dos que só acreditam no
nada depois da morte!
“Vivem como os que podem facilmente iludir, e um dia se
encontram com a realidade que repeliram como idéias visionárias, e um dia serão
obrigados, pela luz vivíssima da verdade a trespassar-lhes o Espírito, como se
fosse ferro em brasa, ater dó de si mesmos, por terem acumulado a maior responsabilidade:
a negação dAquele a quem deve o ser!
“Horroroso despertar de um sono deleitável!
“Nem lhes vale a atenuante da ignorância, porque mil
bocas Deus lhes tem feito conhecer as maravilhas de sua criação, e ouvir as
vozes, convidando-os verem a apalparem.
“Esta
prova que tivemos, acima transcrita, todos poderão ter. E por que não a
procuram?
“Pensam talvez que, negando o poder de Deus e a sua
responsabilidade, Deus deixa de existir, e eles deixam de ter a quem prestar
contas!
“O segundo ensino, que nos dá aquela comunicação, está na
morte, que pode ser tanto mais dolorosa quanto mais aferrado estiver o Espírito
às coisas materiais, ao passo que mais suave será ela quando o Espírito estiver
convencido da vida futura e da existência de deus, Pai de justiça e de
misericórdia.
“Quem só acreditou na matéria, e a vê extinguir-se, vê
também próxima a sua própria extinção.
“E como o Espírito, por ser imortal, tem horror à
extinção, esforça-se o desgraçado em apegar-se aos últimos liames que ainda o
prendem à vida.
“Daí a horrorosa agonia dos incrédulos, daí a serena
tranqüilidade dos que têm fé, dos que sabem que a morte é apenas uma porta que
separa o mundo do material do espiritual: uma síncope de cujo despertar se leva
mais tempo.”
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora
FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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