Powered By Blogger

segunda-feira, 13 de maio de 2013

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - CAPÍTULO IV. - SISTEMAS. - 49. Sistema multiespírita ou poliespírita. - ALLAN KARDEC.


                                          CAPÍTULO IV.

                                               SISTEMAS.

            49. Sistema multiespírita ou poliespírita. Todos os sistemas que passamos em revista, sem executar os que são no sentido negativo, repousam sobre algumas observações, mas incompletas ou mal interpretadas. Se uma casa é vermelha de um lado e branca do outro, aquele que não a tenha visto senão de um lado afirmará que é vermelha, um outro que é branca: todos os dois estarão em erro e com a razão; mas aquele que tenha visto a casa de todos os lados dirá que é vermelha e branca, e será o único com a verdade. Ocorre o mesmo com relação à opinião que se faz do Espiritismo: pode ser verdadeira em certos aspectos, e falsa se se generaliza o que não é senão exceção, pelo todo o que não é senão a parte. Por isso dissemos que quem quer estudar seriamente esta ciência deve ver muito e por muito tempo; somente o tempo lhe permitirá apanhar os detalhes, notar as nuanças delicadas, observar uma multidão de fatos característicos que serão para ele raios de luz; mas se se detém na superfície, expõe-se a formar um julgamento prematuro e, por conseqüências gerais que foram deduzidas de uma observação completa, que formam atualmente a crença, pode-se dizer, da universalidade dos espíritas, porque os sistemas restritivos não são mais do que opiniões isoladas.

            1 º. Os fenômenos espíritas são produzidos por inteligências extra-corpóreas, ou melhor dito pelos Espíritos.

            2 º. Os Espíritos constituem o mundo invisível; estão por toda parte; os espaços são por eles povoados ao infinito; estão, sem cessar, ao nosso redor e com eles estamos em contato.

            3 º.  Os Espíritos reagem, incessantemente, sobre o mundo físico e sobre o mundo moral, e são uma das forças da Natureza.

            4 º. Os Espíritos não são seres à parte na criação; são as almas daqueles que viveram sobre a Terra ou em outros mundos, e que deixaram seu envoltório corporal; de onde se segue que as almas dos homens são Espíritos encarnados;e que morrendo nos tornamos Espíritos.

            5 º. Há Espíritos de todos os graus da bondade e da malícia, de saber e de ignorância.

            6 º. Todos estão submetidos à lei do progresso, e todos podem alcançar a perfeição; mas como têm seu livre arbítrio, alcançam-na em um tempo mais ou menos longo, segundo seus esforços e sua vontade.

            7 º. São felizes ou infelizes, segundo o bem ou o mal que fizeram durante sua vida e o grau de adiantamento que atingiram. A felicidade perfeita e sem mescla não é partilhada senão pelos Espíritos chegados ao supremo grau de perfeição.

            8 º. Todos os Espíritos, em circunstâncias dadas, podem se manifestar aos homens; o número dos que podem se comunicar é indefinido.

9 º. Os Espíritos se comunicam por intermédio de médiuns, que lhes servem de instrumentos e de intérpretes.

10 º. Reconhecem-se a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos por sua linguagem; os bons não aconselham senão o bem e não dizem senão coisas boas; tudo neles atesta a elevação; os maus enganam, e todas as suas palavras carregam a marca da imperfeição e da ignorância.
Os diferentes graus que os Espíritos percorrem estão indicados na Escala Espírita (O Livro dos Espíritos, livro II, Cap. I, nº. 100). O estudo dessa classificação é indispensável para apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, suas boas e más qualidades.

            Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.                     

                                   RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário