CAPÍTULO
IV.
SISTEMAS.
36.
Quando os estranhos fenômenos do Espiritismo começaram a se produzir,ou por
melhor dizer, se renovaram nestes últimos tempos, o primeiro sentimento que
despertaram foi o da dúvida sobre a sua própria realidade, e ainda mais sobre a
sua causa. Logo que foram averiguados por testemunhos irrecusáveis e pelas
experiências que cada um pôde fazer, sucedeu que cada um os interpretou à sua
maneira, segundo suas idéias pessoais, suas crenças ou suas prevenções; daí,
vários sistemas que uma observação mais atenta viria reduzir ao seu justo
valor.
Os
adversários do Espiritismo acreditavam encontrar um argumento nessa divergência
de opiniões espíritas não estavam de acordo entre si. Era uma razão bem pobre,
se refere que os passos de toda ciência nascente são necessariamente incertos,
até que o tempo haja permitido colecionar e coordenar os fatos que podem
fundamentar a opinião, á medida que os fatos se completam e são melhor
observados, as idéias prematuras se apagam e a unidade se estabelece, pelo
menos pelos pontos fundamentais, se não em todos os detalhes. Foi o que ocorreu
com o Espiritismo, não podia escapar a lei comum e devia mesmo, por sua
natureza, se prestar mais, do que toda outra coisa, à diversidade de interpretações.
Pode-se mesmo dizer que, a esse respeito, foi mais rápido do que outras ciências
mais antigas, a Medicina, por exemplo, que divide ainda os maiores sábios.
Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição -
Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM.
(rhedam@gmail,com)
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