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sábado, 9 de junho de 2012

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA No. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO No. 34. - ESTUDANDO O BEM E O MAL. - EMMANUEL. (CHICO XAVIER.)


                                   ESTUDANDO O BEM E O MAL.

            Para que sejamos intérpretes dos genuínos do bem, não basta desculpar o mal.
            É imprescindível nos despreocupemos dele, em sentido absoluto, relegando-o à condição de efêmero acessório do triunfo real das Leis que nos regem.

            Evitando comentários complexos em no culto à simplicidade, recorremos a natureza.

            Vejamos, por exemplo, o apelo vivo da fonte.
            Quantas vezes terá sido injuriada a água que hoje nos serve à mesa?
            Do manancial ao vaso limpo, difícil trajetória cumulou-a de vicissitudes e provações.
            O leito duro de pedra e areia...
            A baba venenosa dos répteis...
            O insulto dos animais de grande parte...
            O enxurro dos temporais...
            Os detritos que lhe foram arrojados ao seio...

            A fonte, entretanto, caminhou despretensiosa, sem demorar-se em qualquer consideração aos sarcasmos da senda, até surpreender-nos, diligentes e pura, aceitando o filtro que lhe apura as condições, a fim de que nos assegure saciedade e conforto.

            Segundo observamos, na lição aparentemente infantil, o ribeiro não somente olvidou as ofensas que lhe foram precipitadas à face.
            Movimentou-se, avançou, humilhou-se para auxiliar e perdoou infinitamente, sem imobilizar-se um minuto, porque a imobilidade para ele constituiria adesão ao charco, no qual ao invés de servir, converter-se-ia tão-só em veículo de corrupção.
            É por isso que o ensinamento cristão de caridade envolve o completo esquecimento de todo mal.

            “Que a vossa mão esquerda ignore o bem praticado pela direita’.
            Semelhantes palavras do Senhor induzem-nos a jornadear na Terra, exaltando o bem, por todos os meios ao nosso alcance, com integral despreocupação de tudo o que represente vaidade nossa ou incompreensão dos outros, de vez que em qualquer boa dádiva somente a Deus se atribui a procedência.

            Procurando a nossa posição de servidores fiéis da regeneração do mundo, a começar de nós mesmos, pela renovação dos nossos hábitos e impulsos, olvidemos a sombra e busquemos a luz, cada dia, conscientes de que qualquer pausa mais longa na apreciação dos quadros menos dignos que ainda nos cercam será nossa provável indução ao estacionamento indeterminado no cárcere do desequilíbrio e do sofrimento.

                                                                       EMMANUEL (CHICO XAVIER.)

Fonte: Livro “MEDIUNIDADE E SINTONIA” - EMMANUEL (Francisco C. Xavier.) - Editora CEU - São Paulo, SP. - 1986.


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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