INTRODUÇÃO.
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AUTORIDADE
DA DOUTRINA ESPÍRITA.
CONTROLE
UNIVERSAL DOS ENSINAMENTOS DOS ESPÍRITOS.
SEXTA
PARTE.
Suponhamos, portanto, que
agrade alguns espíritos ditar, com título qualquer, um livro de sentido
contrário; suponhamos ainda que, com uma intenção agressiva, com a finalidade
de desacreditar a doutrina Espírita, a malevolência faça surgir comunicações
apócrifas, ou seja, falsas, sem autenticidade. Que influência poderiam ter
esses escritos, se são desmentidos em todos os lugares pelos Espíritos? É da
adesão destes últimos que seria preciso se certificar antes de se lançar um
sistema em seu nome. Do sistema de um só ao de todos, existe a distância que
vai da unidade ao infinito. Que poder teriam, até mesmo, todos os argumentos
dos difamadores sobre a opinião das massas, se milhões de vozes amiga, vindas
do espaço, vem de todos os cantos do Universo, e no seio de cada família,
contradizendo os difamadores e confirmando os princípios espíritas com clareza?
A experiência, sobre este assunto, já não confirmou a teoria? Em que se
transformam todas essas publicações que deveriam, supostamente, destruir o
Espiritismo? Qual foi a que, pelo menos, lhe diminuiu a marcha? Até hoje, não
se tinha prestado a devida atenção a essa questão sob este ponto de vista, sem
dúvida um dos mais sérios e importantes.
È que cada um desses
difamadores contou consigo mesmo, mas não contou com os Espíritos?
O princípio da concordância
ainda é uma garantia contra as alterações que o Espiritismo poderia sofrer
pelas seitas que quisessem se apoderar dele em seu proveito e acomodá-lo a seu
bel-prazer. Quem quer que tentasse fazê-lo, desviá-lo do seu objetivo
providencial, fracassaria, pela simples razão de que os Espíritos, pela
universalidade de seus ensinamentos, farão cair por terra toda modificação que
se desvie da verdade.
De tudo isso resulta uma
verdade fundamental: é que aquele que quisesse se colocar contra a corrente de
idéias estabelecidas e aprovadas poderia causar uma pequena perturbação local e
momentânea, mas jamais dominar o conjunto no presente momento, e muito menos no
futuro.
Disso ainda resulta que as
instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos da Doutrina Espírita ainda não
elucidados não se tornarão lei, mas ficarão isoladas e, por, conseguinte,
apenas devem ser aceitas com todas as reservas e a título de esclarecimento.
Daí a necessidade de se
dedicar a maior prudência em lhes dar publicidade e, no caso de acreditarmos
ser útil publicá-las, é importante apenas apresentá-las como opiniões
individuais, mais ou menos prováveis, mas tendo, em todos os casos,
necessidades de confirmação. È preciso obter esta confirmação antes de
apresentar um princípio como verdade absoluta, se não quisermos ser acusados de
leviandade ou credulidade refletida.
Fonte:
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição -
Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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