CAPÍTULO
II.
O
MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL.
13.
O Espiritismo não aceita, pois, todos os fatos reputados maravilhosos ou
sobrenaturais; longe disso, demonstra a impossibilidade de um grande número
deles e o ridículo de certas crenças que constituem, propriamente falando, a
supertição. È verdade que, no que ele admite, há coisas que, para os
incrédulos, são puramente maravilhosos, ou seja, da supertição; que seja da superstição;
que seja, mas, ao menos, não discuti senão esses pontos, porque sobre os outros
não há nada dizer, e estareis procurando convencer quem já está convertido. Em
atacando o que ele mesmo refuta, provais vossa ignorância da coisa, e vossos
argumentados se perdem. Mas onde se detém a crença do Espiritismo, dir-se-á?
Lede, observai, e o sabereis. Toda ciência não se adquire senão com tempo e o estudo;
ora, o Espiritismo, que toca nas mais graves questões filosofia, a todas as ramificações
de ordem social, que abraça, ao mesmo tempo, o homem físico e o homem moral, é,
ele próprio, toda uma ciência, toda uma filosofia que não pode ser apreendida
em algumas horas, como todas as outras ciências; haveria tanta puerilidade em
ver todo o Espiritismo em uma mesa girante, como em ver toda a física em certos
jogos infantis. Para todo aquele que não quer se deter na superfície, não são
preciso horas, mas meses e anos para sondar-lhes todos os arcanos. Que se
julgue, por aí, o grau do saber e do valor da opinião daqueles que se arrogam o
direito de julgar, porque viriam uma ou duas experiências, o mais frequentemente,
a guisa de distração e de passatempo. Eles dirão, sem dúvida, que não têm tempo
disponível para dar todo o tempo necessário a esse estudo; seja nada os
constrange a isso; mas, então, quando não se tem tempo para aprender uma coisa,
não se ocupe em falar sobre ela, menos ainda em julgá-la, se não quiser ser
acusado de leviandade; ora, quanto mais se ocupa uma posição elevada na
ciência, menos se é desculpável por tratar levianamente um assunto que não se
conhece.
Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec -
18 º edição - Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras,
SP.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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