A REGÊNCIA E O SEGUNDO REINADO
Ninguém supos que o imperador abandonasse o país inesperadamente. Os conservadores queriam que ele regenerasse o seu ambiente, afastando-se de certas influências políticas. O resultado da abdicação foi à desordem, em todos os recantos, provocando descontentamento.
Alguns políticos, intuídos felizmente pelo invisível organizarão uma regência, incumbida de manter a instabilidade da ordem e das instituições.
Interinamente, a regência, começou a pacificação na Bahia, em Minas, e em Pernambuco, onde portugueses eram assassinados, em desforras.
Os distúrbios militares proliferaram em toda parte, exigindo muitos sacrifícios e dedicações dos verdadeiros patriotas.
Desde de 7 de abril, o exército, tinha como atitude a revolta e a indisciplina. O norte vivia sobre regime de sangue morte.
O povo de Pernambuco, humilhado, ferido nos seus brios e tradições, pela soldadesca amotinada, veio a campo, travando fortes combates, onde pereceram e foram presos, centenas de indisciplinados. A guerra civil continuou anos a fio, nas matas estendendo-se as praias, como rastro de miséria e de sangue. Muitos governadores foram trucidados pela caravana da confusão e de desordem.
Nunca a Pátria do Evangelho, atravessará tão perigosa situação, sob o ponto de vista social e político.
O partidarismo envenena todos os ambientes, com suas paixões desenfreadas e, não fossem os mananciais do pensamento e da economia, fixados por Ismael nas regiões do rio de janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais, que asseguraram a própria estabilidade nacional, talvez o Brasil não pudesse resistir ao elemento embrutecedor, que supriria para sempre a unidade territorial.
Após quatro anos de luta, a regência é entregue a um homem enérgico e prudente, o eclesiástico Diogo Antonio Feijó, iniciando sua obra de honestidade e civismo, sob a direção das falanges do infinito. Permaneceu pouco tempo no governo. Em 1835, instaurou-se o movimento republicano no Rio Grande do Sul, chefiado por Bento Gonçalves, queria organizar uma república separada do país. Consumiu grande coeficiente de energia racional, só termina raia mais tarde sob ação pacificadora do segundo reinado.
Em 1836, funda-se o partido conservador, uma aliança dos liberais e dos restauradores, assim caminha a nova nação para o parlamentarismo. Feijó não se resignou com as providências levadas a efeito. Pensava não ser possível governar eficientemente num regime com excessiva liberdade. Renunciou ao cargo, chamado ao poder Araujo Lima, autoridade suprema das forças oposicionistas.
A nação não contava mais com a palavra conciliatória de Evaristo da Veiga, que após cumprir seu período terrestre, foi incorporar as hostes esclarecidas do Infinito.
A imprensa mal ensaiava os primeiros passos no Brasil, não podia ser o órgão de esclarecimentos da nação e, a luta prosseguiu ensangüentando todas as fronteiras.
A fusão dos objetivos dos liberais e conservadores constituem a base da opinião livre, que embelezou o regime parlamentar do segundo reinado, estruturando a Câmara com o modelo Inglês.
Em 1840, os liberais solicitaram a declaração da maior idade do imperador, com quinze anos incompletos. Era um golpe nos dispositivos constitucionais, Mas todos os políticos reconheciam nele a elevada madureza de raciocínio e de caráter. É procurado no paço imperial, imediatamente assentimento. Em poucos dias, D. Pedro II, foi declarado maior, entre as mais sãs esperanças do país e sob confiança dos mentores do alto, que seguiam sua trajetória ao trono.
A regência assinalou no tempo, como uma das mais belas escolas de honradez e de energia do povo brasileiro. Vivia em atrito pela antipatia popular pelas medidas que cumpria executar; como instrumento de conciliação, entre os separatistas do Sul, da opinião partidárias das cidades centrais e as ondas tumultuárias das lutas do Norte, todos os homens que passaram pela regência, compelidos aos mais elevados atos de renúncia pelo coletivo, verdadeiros heróis, conservado intacto para as gerações futuras, o patrimônio territorial e a escola das instituições no objetivo da luminosa civilização do evangelho, sob a luz da caridade do Cruzeiro.
Em 1841, foi coroado o jovem imperador.
Adolescente, D. Pedro II sempre assistido pelas numerosas legiões do bem recebia o cetro e a coroa consciente da responsabilidade gravíssima sobre os ombros.
A primeira preocupação foi pacificar o ambiente intoxicado de sedições e rebeldias. Prestigiou Caxias, leva a Paz nas províncias de São Paulo e Minas, após desfechos de venda Grande e Santa Luzia. Passado algum tempo coma sua política de moderação e tolerância, tranqüiliza o Rio Grande do Sul, com anistia plena e honras militares a todos os chefes.
Esgotado o Brasil, pela ação corrosiva das revoluções, o país regenerava as suas forças dentro de um longo período de paz, no qual as falanges esclarecidas de Ismael, inspirando a generosa autoridade do imperador, trabalharia as bases do pensamento republicano, sobre as idéias de liberdades e de fraternidade a caminho das grandes realizações do porvir.
Fonte: Livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. – Autor Espiritual Humberto de Campos. – Médium. Francisco C. Xavier. – Editora da FEB. – Rio de Janeiro, RJ.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com).
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