NA SENDA RENOVADORA.
Não alegues a suposta ingratidão dos outros para desertar da Seara do Bem.
Na engrenagem da vida, cada qual de nós é peça importante com funções específicas.
Considera o poder de auxiliar que te foi concedido.
Ninguém recebe o conhecimento superior tão-só para o proveito próprio.
Saibamos dividir o tesouro da compreensão em parcelas de bondade.
Recorda que te apóias no concurso de muitos corações que te escoraram, um dia, no recinto doméstico, sem aguardar o brilho de qualquer premiação.
Revisa as sendas trilhadas e redescobrirás na base da tua riqueza de espírito um amigo anônimo encanecido entre a dificuldade e abnegação, ou a assistência de um companheiro que muitas vezes te haverá desculpado as fraquezas e as incompreensões, a fim de que amadurecesses o entendimento da vida.
Reflete nisso e concluirás que Deus jamais te falhou no instante preciso.
Reconhecerás que essa mesma Divina Providência que te resguardou pelo devotamento de braços alheios, espera agora sejas a aproteção dos nossos irmãos mais fracos.
Não sonegarás benevolência onde repontem agravos.
Lembrar-te-ás da Infinita Bondade do Criador, que improvisa o oásis na aridez do deserto tanto quanto cultiva o jardim na amargura do pântano, e amáras sempre, aprendendo a distribuir os talentos de tuas aquisições espirituais.
Ninguém consegue adivinhar os prodígios do amor que nascerão de um simples gesto de bondade perante um coração que as circunstâncias menos felizes relegaram por muito tempo à secura, tanto quanto ninguém pode prever a alegria dos frutos que virão de uma simples semente nobre, lançada ao solo por muito tempo largado à negligência.
Seja qual for o contratempo que se te erija em obstáculo na estrada a percorrer, age para o bem.
Ambientando a fé no próprio íntimo, alterou-se-te a paisagem no dia-a-dia.
Faze dela instrumento de trabalho e lâmpada acesa no caminho.
Quando assinalaste a verdade que te ilumina o espírito, tiveste o coração automaticamente induzido a integrar a legião dos companheiros do Cristo e diante do Cristo nenhum de nós poderá esquecer-lhe a inesquecível convocação:
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei“.
EMMANUEL (CHICO XAVIER.)
Fonte: Livro “MEDIUNIDADE E SINTONIA” - EMMANUEL (Francisco C. Xavier.) - Editora CEU - São Paulo, SP. - 1986.
RHEDAM.(rhedam@gmail.com)
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