CAPACIDADE
MEDIÚNICA.
A capacidade
mediúnica depende muito mais do que pensamos, da harmonia dos corpos
espirituais que, de certa forma, estão acoplados uns aos outros. Todos os
centros de forças transferem suas energias uns aos outros, chegando até às
glândulas endócrinas que, por seu turno, enriquecem o sangue que mantém vivo
todo o mundo celular, para que a vida se expresse no fulgor que lhe é próprio.
Esse mecanismo
inteligente da vida do homem, senão do Espírito, é que faculta o exercício de
atributos como a mediunidade na sua amplitude. Quando obedece às leis naturais,
a capacidade mediúnica tem tal alcance que é capaz de motivar a esperança e a
fé nos corações que intentam buscá-las. Muitos combatem a mediunidade, porque
somente conhecem os seus rudimentos.
Os médiuns de
alta capacidade, cujos dons vibram em alta expressão espiritual, trabalham em
silêncio, onde o amor se faz presente pelo ambiente oferecido pelos que
participam. Pedimos a quem não conhece a função da mediunidade evangélica, que
estude conosco a mediunidade amadurecida, pois encontrará recursos grandiosos
para a sua própria paz e verá se abrirem, à sua frente, caminhos diversos, onde
há verdadeiramente a alegria de viver. Queiramos ou não, estamos constantemente
servindo de instrumentos para comunicações do desconhecido, em diversas
modalidades.
Mediunidade não existe
somente na área espiritualista. Não, ela é força universal, que se expressa em
todos os campos da vida, onde quer que seja, esperando que os homens dêem a ela
a direção correspondente à sua natureza divina. O homem maduro, despertado na
condição de instrumento da Divindade para a Terra, permanece na qualidade de
medianeiro e recolhe no suprimento maior as intuições para beneficiar a
humanidade. Uma vez despertados, devemos procurar entender o que podemos fazer
da nossa força mediúnica em favor da paz de todas as criaturas.
A mediunidade é
tão antiga quanto a humanidade, mas foi com Jesus que se abriu a escola de
educação de todos os dons dos Espíritos e dos homens, pois Ele deixou o código
da divina instrução para todos, estabelecendo a disciplina para todos os
sentimentos. Mas não ficou somente aí; enviou depois o Consolador que prometera
na figura grandiosa da doutrina dos Espíritos, na certeza de educar os poderes
dos seres humanos, dando rumo certo às suas faculdades espirituais. Através
dela, a capacidade mediúnica vem se transformando em um sol para beneficiar a
todos, conseguindo despertar outras qualidades maiores para enfrentarmos as
adversidades com o calibre das nossas forças.
A mediunidade
desperta, igualmente, o entendimento entre as criaturas, na esfera que Jesus
chama de "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo". O médium não pode esquecer a honestidade ante seus companheiros, o
perdão frente aos que o ofendem e a caridade para com os que sofrem. Estamos
procurando e trabalhando para que os homens entendam a mediunidade como ela é,
na sua feição primorosa, qual é vista pela dignidade espiritual, e não como
propalam os contraditores, que desconhecem as leis de Deus.
Os
que combatem o intercâmbio dos Espíritos com os homens estão servindo de
médiuns, sem notarem que, por eles, estão se comunicando as trevas. Negando o
próprio exercício a que se servem de instrumentos, são cegos e surdos, pois
sentem a luz do sol da verdade e negam sua claridade. No entanto, para todos
eles devemos ofertar o perdão e compreendê-los na escala evolutiva em que se
encontram. Todos caminhamos para a frente e, algum dia, eles haverão de
compreender a lei de Deus que regula todas as faculdades humanas.
Meu irmão, usa o
teu talento mediúnico na difusão da fraternidade, que se consubstancia na paz.
Usa a proficiência das tuas faculdades no discernimento, para que a vida se
mostre sempre formulando esperanças. Usa a tua honestidade mediúnica na
linguagem do silêncio, para que os teus companheiros confiem nos valores
espirituais que em ti apartaram. Usa tuas experiências confirmadas no amor às
criaturas como fonte inesgotável do bem, para que esse bem mostre a todos que
Deus e Jesus existem, sempre nos amparando e dando sem nada nos pedirem.
Cada um de nós
tem a sua capacidade mediúnica, que pode expandir-se cada vez mais,
infinitamente. Cabe a nós estimulá-la. Devemos abrir as nossas próprias veredas
e, mesmo com os pés sangrando nos espinhos, com as mãos machucadas pelas farpas
e encontrando contradições nos caminhos, jamais devemos esmorecer, pois os
contrastes transformam-se em revigoramento, quando aprendemos a amar tudo e
todos como filhos de Deus.
A mediunidade
opera em todas as faixas da vida. Estamos esperando que a ciência do mundo
descubra essa verdade, para usar esse instrumento esperançoso, que deve
manter-se afastado do interesse exagerado pelo ouro e firmar-se no amor aos que
sofrem. Se os pássaros e os peixes não plantam nem colhem e nenhum deles morre
de fome, o Senhor não iria se esquecer dos homens - seus filhos mais velhos -
pelo entendimento que já mostram.
Ainda estamos
longe da verdadeira capacidade mediúnica e, para tanto, pedimos a Deus suas
bênçãos, a fim de que sejamos ajustados nos caminhos de Jesus e na educação que
o Evangelho nos propõe, para sermos médiuns da felicidade e da alegria, do amor
e da caridade em favor de todas as criaturas.
Livro:
“SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª
edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..
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