PROVAS E
EXPIAÇÕES.
A
provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do
trabalho e da edificação espiritual.
A
expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
A
inflexibilidade e a dureza para a lei de provas e expiação, não existe para a
misericórdia Divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode
dispensar na lei, em benefício do homem, quando a sua existência já demonstre
certas expressões do amor que cobre a multidão dos pecados.
Conquistada
a consciência e os valores racionais, todos os espíritos são investidos de uma
responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os
que praticam seus legítimos deveres morais, aumentando os seus direitos divinos
no patrimônio universal.
Colocada
por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a
alma nem sempre sabe agir em correlação com seus bens recebidos do Criador,
caindo pelo orgulho e pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a
harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experi6encia penosas, a fim
de restabelecer o equilíbrio da sua existência.
A
Terra é um plano de vida e de evolução como outro qualquer, e, nas esferas mais
variadas, a alma pode cair, em sua rota evolutiva, porquanto precisamos
compreender que a sede todos os sentimentos bons ou maus, superiores ou
indignos, residem no âmago do espírito imperecível e não na carne que se
apodrecerá com o tempo.
Na
provação coletiva verificam-se a convocação dos Espíritos encarnados,
participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro.
O
mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente,
através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas da dívida do
pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes intitulais
“dolorosos acaso” às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no
momento acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas
mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais.
O
ateísmo ou a incredulidade absoluta não existe, a não ser no jogo de palavras
dos cérebros desesperados, nas teorias do mundo, no íntimo, todos os de
vivência do ser, que lhes é inata. Essa idéia superior pairará acima de todos
os negativismos e sairá vitoriosa de todos os decretos de força que se
organizem nos Estados terrenos, porque constitui a luz da vida e a mais
preciosa esperança das almas.
Receberemos
a dor de acordo coma as necessidades próprias, com vistas ao resgate do passado
e à situação espiritual do futuro.
No
capítulo da ofensa, quando a recebemos de alguém que se encontra dentro do
nosso nível de compreensão e do plano evolutivo, é certo que se trata de
provação bem amarga, indispensável ao nosso processo de regeneração própria.
Existem,
porém, no mundo, as pedradas da ignorância e da má-fé, partidas dos sentimentos
inferiores, e convém que o cristão esteja preparado e sereno, de modo a não
recebê-las com sensibilidade doentia, mas com o propósito de trabalho e esforço
próprio, conhecendo que as mesmas fazem parte do seu plano de vida temporária,
a aonde veio para se educar, colaborando ao mesmo tempo na educação de seus
semelhantes.
Relativamente
ao suicídio é oportuno repetir que a obra de Deus é a do amor e do bem, de
todos os planos de vida, e devemos reconhecer que, se muitos Espíritos
reencarnam com a prova das tentações ao suicídio e ao crime, é porque esses
devem agir como alunos, que havendo perdido uma prova em seu curso, voltam ao
estudo da mesma no ano seguinte, até obterem conhecimento e superioridade da
matéria. Muitas almas efetuam a repetição de um mesmo esforço e, por vezes,
sucumbem que possamos, de modo algum, imputar a Deus o fracasso de suas esperanças,
porque a provid6encia Divina concede a todos os seres as mesmas oportunidades
de trabalho e habilitação.
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