O
MÉDIUM E O GUIA.
Todos somos guiados
por Espíritos que respiram em esfera superior à nossa. Eles são nossos guias
espirituais, e essa seqüência de assistência se verifica em ordem ascendente e
descendente.
Cada criatura
humana tem seus acompanhantes espirituais e mais especificamente um responsável
que a acompanha desde o nascimento ou, por vezes, a orienta desde eras
incontáveis por ligações asseguradas pela simpatia.
De qualquer
forma, estamos todos ligados uns aos outros e todos em Deus. Mas quando falamos
em guias e anjos de guarda, lembramo-nos logo da mediunidade e é dessa
vinculação de um para com o outro que queremos falar.
Cada médium tem
seu guia espiritual. Ele deve afinar-se com essa entidade e os meios de ambos
se tornarem mais afins são a conduta reta, a amplitude dos dons de amar, e o
trabalho em favor do aperfeiçoamento das qualidades elevadas da vida.
Pedimos que
prestes bastante atenção no que falamos, porque o dizemos por experiência
própria junto àqueles a quem assistimos. Quando o médium está afinado com a
caridade em todos os seus aspectos, quando ele começa a sentir o amor por todas
as criaturas, quando reconhece o valor do perdão e sempre ajuda sem o interesse
da gratidão, esse médium, mesmo que não tenha a faculdade de se comunicar
conosco diretamente, sente a nossa aproximação, pela faculdade do amor, que
registra na consciência a presença espiritual. Não é pela faculdade
desenvolvida do medianeiro o nosso maior interesse. É pelo que ele faz dos dons
que possui, de pensar, de falar, de viver e, ainda mais, é pela sua compreensão
do valor da auto-educação.
Guias
espirituais todos temos, pois isso é uma lei nascida da misericórdia de Deus.
Carece saber se respeitamos esses companheiros da espiritualidade maior, não os
envergonhando com os nossos feitos. É de importância grandiosa que os
convidemos para assistirem o que pensamos e o que falamos e, sentindo as suas
presenças, passemos a pensar e a falar com mais segurança. Não podemos ignorar
as nossas companhias espirituais. Elas são visíveis. Percebemos os seus pensamentos
permeando os nossos, a nos chamar, como a voz interior, para trilharmos a senda
da verdade. E o médium espírita não pode se esquecer dessa realidade.
Guia algum se
afasta do seu tutelado. O assistido é quem muda o comportamento, caindo em
vibrações diferentes daquelas que o ajudam. Se o de baixo se esforça para
subir, o de cima se empenha em descer, para se dar o encontro. Compreendamos,
pois, que do movimento do bem é que surge a luz do entendimento. A comunicação
mediúnica dá-se por afinidade de valores, pelo caráter dos ideais. Se queres
comunicar-te com os Espíritos superiores, eleva as tuas qualidades da forma
como ensina o Evangelho de Jesus e alcançarás as vibrações mais puras daqueles
que vivem e irradiam o amor.
O
médium que já compreendeu sua missão de instrumento dos Espíritos da verdade
pode dizer: eu e meu guia espiritual somos um, como dizia Jesus, ao se referir
ao Pai. Se queremos que os outros respeitem nossos direitos, é justo que
devamos igualmente compreender o nosso dever de gratidão para com aqueles que
nos orientam desde o princípio da nossa formação, os nossos benfeitores que não
nos perdem de vista, com o carinho de sempre, com um amor que não se agasta, e
fios de amizade que não se quebram. É dever de todos nós em todos os passos que
percorrermos na vida.
Todos temos
nossos guias espirituais. Somente Deus não precisa de assistência de outros
deuses, por ser o soberano de toda a criação. Pelo que fazes, poderás notar
qual é a ligação mais segura que tens e a qualidade de Espíritos que com mais
facilidade se comunicam contigo.
A luz atrai luz
e as trevas atraem trevas. Esta é a lei de justiça divina e humana. Mediunidade
não é brincadeira que se encontra espalhada em parques de diversões. É
faculdade divina, que fazendo parte da nossa vida, pode nos dar mais esperança
ou toldar a nossa visão da luz.
Jesus ordena
descer todas as orientações cabíveis aos médiuns, para que eles, pelos seus
próprios esforços, alcancem a sua glória. A estabilidade, depois que Deus já
abençoou, é conquista de cada ser e a libertação ou escravidão é conforme o
plantio de cada alma.
Médium, podes
abrir os canais para perceberes as instruções espirituais dos teus guias pela
oração, esquecendo o que é material, entregando-te totalmente ao amor e fazendo
da caridade um dever.
Procura melhorar
a cada dia que passa, em todos os sentidos, e notarás a verdade do que falamos.
Se já melhoraste, esforça-te para melhorar ainda mais, e seja melhoraste mais,
não percas a seqüência do aprimoramento, para que possas sentir no centro do
coração uma luz desabrochar, à qual poderás chamar de Cristo interno. Ele te
libertará para sempre das trevas da ignorância. É desnecessário pedires por
intermédio de outros médiuns a outros guias espirituais, pois já tens os teus.
Basta que te aproximes deles pelo que eles são, marcando a tua conduta pelos
sinais do amor e da caridade.
Livro:
“SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª
edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..
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