O LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO XII.
PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA
DIRETA PNEUMATOFONIA.
149.
Tal o resultado a que nos
conduziu o fenômeno da tabaqueira, descrito no capítulo VII, no 116, e sobre o
qual nos estendemos longamente, porque nele percebemos oportunidade para
perscrutarmos uma das mais importantes leis do Espiritismo, lei cujo
conhecimento pode esclarecer mais de um mistério, mesmo do mundo visível. Assim
é que, de um fato aparentemente vulgar, pode sair a luz. Tudo está em observar
com cuidado e isso todos podem fazer como nós, desde que se não limitem a
observar efeitos, sem lhes procurarem as causas. Se a nossa fé se fortalece de
dia para dia, é porque compreendemos. Tratai, pois, de compreender, se
quiserdes fazer prosélitos sérios. Ainda outro resultado decorre da compreensão
das causas: o de deixar riscada uma linha divisória entre a verdade e a superstição.
Considerando a escrita direta do ponto de vista das vantagens
que possa oferecer, diremos que, até ao presente, sua principal utilidade há
consistido na comprovação material de um fato sério: a intervenção de um poder
oculto que, nesse fenômeno, tem mais um meio de se manifestar.
Todavia, raramente são extensas as comunicações que por essa
forma se obtêm. Em geral espontâneas, elas se reduzem a algumas palavras ou
proposições e, às vezes, a sinais ininteligíveis. Têm sido dadas em todas as
línguas: em grego, em latim, em sírio, em caracteres hieroglíficos, etc., mas
ainda se não prestaram às dissertações seguidas e rápidas, como permite a
psicografia ou a escrita pela mão do médium.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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