A VIDA FUTURA XII.
“Ensinam-nos que seremos
felizes ou infelizes, conforme houvermos vivido bem ou mal. Mas, isso é tão
vago! Em que consistem essa felicidade e essa infelicidade? O quadro que de uma
e outra nos traçam tão em desacordo está com a idéia que fazemos da justiça de
Deus, tão cheio de contradições, de inconseqüências, de impossibilidades
radicais, que involuntariamente a dúvida se apresenta, senão a incredulidade absoluta.
Ao demais, pondera-se que os que se enganaram com relação aos lugares indicados
para moradas futuras também podem ter sido induzidos em erro, quanto às
condições que estatuem para a felicidade e para o sofrimento. Aliás, como
seremos nesse outro mundo? Seremos seres concretos ou abstratos? Teremos uma
forma ou uma aparência? Se nada de material tivermos, como poderemos
experimentar sofrimentos materiais? Se os ditosos nada tiverem que fazer, a
ociosidade perpétua, em vez de uma recompensa, será um suplício, a menos que se
admita o Nirvana do budismo, que não é mais desejável do que aquela ociosidade.”
ALLAN
KARDEC.
Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a.
Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.
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