“Sem a preexistência da alma, o homem é levado a crer que
Deus o beneficiou excepcionalmente, quando crê em Deus; quando não Crê, rende
graças ao acaso e ao seu próprio mérito. A preexistência, iniciando-o na vida
anterior da alma, lhe ensina a distinguir a vida espiritual infinita, da vida
corpórea, temporária; sabe, por aí, que as almas saem iguais das mãos do
Criador; que têm um mesmo ponto de partida e um mesmo objetivo, que ele mesmo
não chegou ao que é senão depois de ter, por muito tempo e penosamente,
vegetado como os outros nos graus inferiores; que não há, entre as mais
atrasadas e as mais avançadas, senão uma questão de tempo; que as vantagens de
nascimento são puramente corpóreas e independentes do Espírito; que o simples proletário.
Se não considera senão a vida corpórea, vê as desigualdades sociais do momento;
elas o ferem; mas se leva seus olhares sobre o conjunto da vida do Espírito,
sobre o passado e o futuro, desde o ponto de partida até o ponto de chegada,
essas desigualdades se apagam, e reconhece que Deus não favoreceu a nenhum de
seus filhos em prejuízos dos outros; que fez parte igual a cada um e não
aplainou o caminho mais para uns do que para outros; que aquele que é menos
avançado do que ele sobre a Terra, pode chegar antes dele, se trabalha mais do
que ele pelo seu aperfeiçoamento; reconhecem, enfim, que cada um não chegando
senão pelos seus princípios de justiça e uma lei da Natureza, diante das quais
cai o orgulho do privilégio”.
ALLAN
KARDEC.
Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a.
Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.
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