MEDIUNIDADE
E EVANGELHO.
O
ESSENCIAL.
“5. Há pessoas que não tem nem o tempo e nem a aptidão necessários para
um estudo sério e aprofundado, e que aceitam o que se lhes ensina sem exame. Não
há, para elas, o inconveniente de abonar os erros?
Que pratiquem o bem e não façam o
mal, é o essencial; para isso não há duas doutrinas. O bem é sempre o bem, quer
vós o façais em nome de Allah ou Jeová, porque não há senão um Deus para o
Universo.” (Cap. XXVII – segunda Parte – item 301)
Seja qual for o setor de atividades
a que estejamos engajados, a prática do Bem é o essencial.
Tudo o que fazemos, seja na Terra ou
no além, é com o único objetivo de vivenciarmos o Bem de maneira espontânea e
natural.
O Bem é o ponto para onde convergem,
necessariamente, todas as religiões, por maiores possam ser as divergências
doutrinárias com que se oponham.
O Espírito de Verdade afirma em o
Livro dos Médiuns: “Qualquer que seja, pois, o modo de progressão que se
suponha para as almas, o objetivo final é o mesmo, e o meio de atingi-lo é também
o mesmo: fazer o bem; ora, não há duas maneiras de fazê-lo.”
Médiuns, mediunidade e Espíritos
estão todos a serviço de uma única causa: a evangelização da Humanidade,
alicerçada no “amai-vos uns aos outros”.
Um grande pensador já dissera que
toda a Bíblia fora escrita com o só propósito de ensinar ao homem o Amor!.
Cristo, como se sabe, não formalizou
nenhuma religião sobre a Terra... Ele não se ligou nem ao judaísmo vigente, nem
à filosofia essênica, não aderiu nem ao esoterismo dos egípcios, nem ao modo de
pensar dos gregos... Ignorou o paganismo dos romanos e a idolatria dos hindus
com seus deuses védicos... Proclamou, simplesmente: “Conhecereis a Verdade e a Verdade
vos libertará”, encerrando toda a Lei e os Profetas na síntese inesquecível:
Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”.
Os que forem simpáticos ao Bem,
mesmo sem tempo ou aptidão para um estudo mais aprofundado da Doutrina, haverão
de, naturalmente, simpatizar-se com ela; neste sentido, temos mais espíritas no
mundo do que possamos imaginar...
Mais importante do que ser médium é
ser bom!
De fato, algumas pessoas existem
que, sem maior discernimento, parecem aceitar tudo o que vem dos Espíritos...
aparentemente enganadas, essas pessoas, simples e sem malícia, transformam
naturalmente em Bem todo o mal de que sejam alvo...
Às vezes, crédulas ao extremo, mais
crédulas inclusive do que os próprios médiuns, sem que neles essa credulidade
se confunda com fanatismo, contam com a proteção dos Benfeitores Espirituais
que não permitem que sofram qualquer prejuízo moral.
Todavia, no assunto em pauta,
vabe-nos uma ressalva: embora a prática do Bem seja o essencial, os médiuns não
devem, por isso, desconsiderar a necessidade de estudar a Doutrina, mesmo
porque quem se aprofunda no conhecimento doutrinário se convence cada vez mai
de que a prática do Bem é de fundamental valor no processo da renovação íntima.
Quem vivencia o Bem com consciência
o vivencia em plenitude!
Conhecendo os mecanismos da Lei de
Causa e Efeito, o homem estará sempre desperto para as suas responsabilidades
perante a Vida.
Estudando, quem tenha dificuldades
para fazer o Bem, o fará mesmo contrariando a sua vontade... Compreenderá que
necessita criar dentro de si uma predisposição para o Bem, e isto não
acontecerá sem que ele colocará a inteligência na tarefa de sua própria
iluminação.
Quando fizemos a colocação”force a
sua própria natureza”, entendemos que o homem, embora naturalmente bom por
herança divina, jaz transitoriamente bom por herança desnorteado no que se
refere às suas origens... Talvez devêssemos ter dito “retome a sua natureza”. Aliás,
o processo evolutivo do Espírito através de suas múltiplas experiências, até
que alcance a angelitude, nada mais é do que um retorno à Fonte Inalterável do
Bem de onde, um dia, qual o filho pródigo da parábola do Cristo, saiu para
amealhar às próprias expensas o Conhecimento que lhe outorgasse maioridade
espiritual para voltar à Casa Paterna...
Portanto, a mediunidade é dada aos
médiuns para o intercâmbio do Bem. Os médiuns que se afastarem desse caminho
estarão desvirtuando a mediunidade de sua finalidade básica e, certamente,
responderão por isto.
Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon
Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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