Mensagens do Mês de Janeiro Dia: 29
“As lutas e desafios se nos avolumam na marcha.
Perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e
tranqüilidade das quais não prescindimos para seguir adiante”
Bezerra de Menezes.
INCOMPREENSÃO.
“Fiz-me
fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por
todos os meios, chegar a salvar alguns.” – Paulo. (ICORÍNTOS, 9:22.)
A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a
treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o
íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos do teu caminho.
Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e
observa-lhe os princípios, antes da ação.
Descer para ajudar é a arte divina de quantos
alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.
A luz ofuscante produz a cegueira.
Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o
coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.
Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu
socorro não se faça destrutivo.
Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a
pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a
desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à
produção de utilidades para vida.
Não te faças demasiado superior diante dos inferiores
ou excessivamente forte perante os fracos.
Das escolas não se ausentam todos os aprendizes,
habilitados em massa, e sem alguns poucos cada ano.
Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas
exige também o senso das proporções.
Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável,
mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador
que sabe amparar e esperar e repetir.
Não clames, pois, contra a incompreensão, usando
inquietude e desencanto, vinagre e fel.
Há méritos celestiais naquele que desce ao pântaro sem
contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.
O bolo de matéria densa reveste-se de lodo, quando
arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do
abismo e dele se retira sem alterar-se.
Que seria de nós se Jesus não houvesse apagando a
própria claridade, fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos
a missão redentora? Aprendamos com ele a descer auxiliando sem prejuízo de nós
mesmos.
É, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva
declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez
fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios,
chegar a erguer alguns.
Fonte: Livro “FONTE VIVA” - EMMANUEL. Francisco C.
Xavier. - 10a. Edição - Editora FEB. - Rio de Janeiro, R - 1982.
Nenhum comentário:
Postar um comentário