VIDA
E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
76 º. Parte. –
Para darmos aos nossos leitores uma ideia dos continuados pedidos de S.O.S.
endereçados aflitivamente ao Espírito Bezerra, diremos o que ele, aliás, nos
transmitiu mediunicamente: “Em certo dia
do ano de 1951, eu me encontrava absorto das atrações terrenas, atendendo a
lides espirituais afetas às minhas responsabilidades de obreiro humílimo da
Estância Bendita, em região do Espaço próximo à cidade de S. Sebastião do Rio
de Janeiro, quando enérgica vibração mental, partida da Terra e emitida por
alguém cujas irradiações plenamente se harmonizavam com as minhas, repercutiu
em meu sensório espiritual, causando-me surpresa pela intensidade da força
positiva com que me buscava. Voltei-me, pressuroso, a indagar quem assim pensava
em mim, terna e confiantemente, em oração singela... e um vulto de mulher, doce
e triste, apresentou-se à minha visão psíquica assestada para o local onde
provinha o chamamento.
E Bezerra de Menezes então nos relata toda uma comovente
história a respeito desse chamamento, história essa que foi psicografada pela
médium Yvonne A. Pereira, e que ele deu o nome de A Tragédia de Santa Maria.
Vamos, nesse particular, citar mais um caso interessante
e bastante instrutivo, em que figura o Espírito do nosso Bezerra de Menezes,
caso esse que nos foi transmitido pelo Espírito de Hilário Silva, através da
Psicografia de Francisco Cândido Xavier:
“Perante o enorme
ajuntamento de sofredores desencarnados, no Plano Espiritual, o Dr. Bezerra de
Menezes, apóstolo da Doutrina Espírita no Brasil, rematava a preleção.
“Falara, com muito brilho, acerca
dos desregramentos morais.
“Destacara os males da alma e os
desastres do espírito.
“Dispunha-se à retirada, quando fino
ironista o investiu:
- “Escute, doutor.
O senhor disse que a calúnia é um braseiro no caluniador. Eu caluniei e nada
senti. O senhor disse que o destruidor de lares terrestres carrega a lâmina do
arrependimento a retalhar-lhe o coração. Destruiu diversos lares e nada senti. O
senhor disse que o criminoso tem a nuvem do remorso a sufocá-lo. Eu matei e
nada senti...
- “Meu filho, - disse o pregador -,
que sente um cadáver quando alguém lhe incendeia o braço inerte?
- “Nada – disse, rindo, o opositor sarcástico
-, pois cadáver não reage.
E a conversação prossegui:
- “Que sente um cadáver
se lhe enterram um espinho no peito?
- “Coisa alguma.
- “Que sente um
cadáver se o mergulham num lago de piche?
- “absolutamente
nada, ora essa! O cadáver é a imagem da morte.
Doutor Bezerra fitou o triste interlocutor e meneando
paternalmente a cabeça, concluiu:
- “pois olhe, meu
filho, quando alguém não sente o mal que pratica, em verdade carrega consigo à
consciência morta. É um morto-vivo.
*
Ainda recentemente esse bondoso amigo espiritual, em
mensagem medianímica, veio lembrar-nos, como habitualmente o faz, que “para
extinguir a chaga da cobiça, que “para exterminar o monstro do egoísmo, que
promove a guerra; para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e
para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente
é o Evangelho de Jesus no coração humano”.
*
Bezerra de Menezes é para todos os que mourejam em terra
do “Coração do Mundo”, a âncora de
salvação, quando a borrasca do infortúnio os atinge.
Milhões de vozes pedem diariamente o seu socorro...
Milhões de corações, a todos o instante, agradecem a esse grande benfeitor as
dádivas do seu amor!
Bezerra de Menezes vive nos corações de todos os espiritistas
do Cruzeiro do Sul.
Se no Espiritismo planetário Allan Kardec é, indiscutivelmente, o seu maior expoente; para o
Espiritismo, no Brasil, Adolfo Bezerra de Menezes é, sem favor algum o Kardec
brasileiro.
OBRIGADO
Dr. BEZERRA, POR NÓS E POR TODOS OS BRASILEIROS, DESTA E DE OUTRAS ERAS. Dr.
Humberto.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora
FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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