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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - SEGUNDA PARTE. - DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS. - CAPÍTULO IV. - TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS. - 74. - ALLAN KARDEC.

                                        SEGUNDA PARTE.

            DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.

                                                CAPÍTULO IV.

TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS.

74. C.  As respostas seguintes nos foram dadas pelo Espírito de São Luís e foram depois confirmadas por muitos outros:

1.      Todos os Espíritos estão aptos para produzir os fenômenos desse gênero? 

- Os Espíritos que produzem essa espécie de efeito, são sempre Espíritos inferiores, que não estão, ainda, inteiramente despojados de toda a influência material.
12. Compreendemos que os Espíritos superiores não se ocupam de coisas que estão abaixo deles; mas, perguntamos se, em razão de serem mais desmaterializados, teriam a força de fazê-lo, se tivessem disso vontade? 


- Eles têm a força moral como os outros têm a força física; quando têm necessidade dessa força, servem-se daqueles que a possuem. Não vos foi dito que se servem dos Espíritos inferiores como fazeis com os carregadores?

Nota.         Foi dito que a densidade do perispírito, se se pode exprimir assim, varia segundo o estado dos mundos; parece que varia também no mesmo mundo segundo os indivíduos. Nos Espíritos avançados moralmente, é mais sutil e se aproxima da dos Espíritos elevados; nos Espíritos inferiores, ao contrário, se aproxima da matéria, e é o que faz com que esses Espíritos de baixo estágio conservem por tempo tão longo as ilusões da vida terrestre; eles pensam e agem como se estivessem ainda vivos; têm os mesmos desejos e, se poderá dizer, a mesma sensualidade. Essa grosseria do perispírito, dando-lhe mais afinidade com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais próprios para as manifestações físicas. Pela mesma razão, um homem do mundo, habituado aos trabalhos de inteligências, cujo corpo é débil e dedicado, não pode erguer um fardo pesado como um carregador. A matéria, nele, se alguma sorte, é menos compacta, os órgãos menos resistentes e tem menos fluido nervoso. O perispírito, sendo para o Espírito que o corpo é para o homem, e sua densidade estando em razão da inferioridade do Espírito, supre nele a força muscular, quer dizer, lhe dá, sobre os fluidos necessários às manifestações, uma força maior do que aqueles cuja natureza é mais etérea. Se um Espírito elevado quer produzir tais efeitos, faz o que fazem, entre nós, as pessoas delicadas manda fazê-lo um Espírito do ofício.

13.  Se compreendemos bem o que disseste o princípio vital reside no fluido universal; o Espírito toma nesse fluido o envoltório semi-material que constitui seu perispírito, e é por esse meio que age sobre a matéria inerte. É isso? 

- Sim; quer dizer que ele anima a matéria de uma espécie de vida factícia: a matéria se anima da vida animal. A mesa que se move sob vossas mãos vive, como animal; obedece por si mesma ao ser inteligente. Não é este que ergue como o homem faz com um fardo; quando a mesa se eleva, não é o Espírito que a levanta à força de braços; é a mesa animada que obedece ao impulso dado pelo Espírito.

14.  Qual é o papel do médium nesse fenômeno? 

- Já o disse, o fluido próprio do médium se combina com o fluido universal acumulado pelo Espírito; é necessária a união desses dois fluidos, quer dizer, do fluido animalizado com o fluido universal, para dar vida a mesa. Mas, note bem, que esta vida não é senão momentânea, ela se extingue com a ação e , muitas vezes, antes do fim da ação, logo que a quantidade de fluido não é mais suficiente para animá-la.

15.  O espírito pode agir sem o concurso do médium? 

- Pode agir com desconhecimento do médium; quer dizer que muitas pessoas servem de auxiliares dos Espíritos para certos fenômenos, sem disso desconfiarem. O Espírito toma delas, como de uma fonte, o fluido animalizado de que tem necessidade; é assim que o concurso de um médium, tal como entendeis, não é necessário, e é o que tem lugar, sobretudo, nos fenômenos espontâneos.

            Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, no Capítulo IV na questão 50, da 18º. edição, abril de 1991, páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     


                                   RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)

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