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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUM. - SEGUNDA PARTE. - DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS. - CAPÍTULO IV. - TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS. - ITEM N º. 74. - ALLAN KARDEC

                                        SEGUNDA PARTE.

            DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.

                                                CAPÍTULO IV.

TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS.


74. D.  As respostas seguintes nos foram dadas pelo Espírito de São Luís e foram depois confirmadas por muitos outros:

16.  A mesa animada age com inteligência? Ela pensa? 

Ela não pensa mais que um bastão com a qual fazeis um sinal inteligente, mas a vitalidade de que está animada lhe permite obedecer ao impulso de uma inteligência. Sabei, pois, bem, que a mesa que se move não se torna Espírito, e que não tem, por si mesma, nem pensamento e nem vontade.

Nota. Muitas vezes, serve-se de uma expressão análoga na linguagem usual, dizendo-se de uma roda que gira com velocidade, que está animada de um movimento rápido.

17.  Qual é a causa preponderante na produção destes fenômeno: o Espírito ou o fluido?    

O Espírito é a causa; o fluido é o instrumento; as duas coisas são necessárias.

18.  Que papel desempenha a vontade do médium nesse caso?

Chamar os Espíritos e secundá-los no impulso dado ao fluido.

Ação da vontade é sempre indispensável?      

            Ela ajuda a força, mas não é sempre necessária, uma vez que o movimento pode ocorrer contra e malgrado essa vontade, e isso é uma prova de que há uma causa independente do médium.

            Nota. O contato das mãos nem sempre é necessário para fazer mover um objeto. O mais frequentemente, o é para dar o primeiro impulso, mas, uma vez que o objeto está animado, pode obedecer à vontade sem contato material; isto depende, seja da força do médium, seja da natureza dos Espíritos. Um primeiro contato não é mesmo sempre indispensável; disso temos a prova nos movimentos e deslocamentos espontâneos, que não se sonha provocar.

19.  Por que todo mundo não pode produzir o mesmo efeito, e por que os médiuns não tem a mesma força?  

Isso depende do organismo e da maior ou menor facilidade com a qual a combinação dos fluidos pode se operar; depois, o Espírito do médium simpatiza mais ou menos com os Espíritos estranhos que nele encontram a força fluídica necessária. Ocorre com esta força, como com a dos magnetizadores, ser maior ou menor. Sob esse aspecto, há pessoas que são inteiramente refratárias; outras, nas quais a combinação não se opera senão por um esforço de sua vontade; outras, enfim, nas quais ocorre tão naturalmente e tão facilmente, que nem desconfiam disso, e serve de instrumentos sem o saberem, como já dissemos.

(Veja-se, adiante, o capítulo das manifestações espontâneas).

Nota. O magnetismo, sem nenhuma dúvida, é o princípio desses fenômenos, mas não como se o entende geralmente; a prova é que há magnetizadores muito poderosos que não fariam mover uma mesinha, e pessoas que não podem magnetizar, mesmo crianças, a quem basta pousarem os dedos sobre uma mesa pesada para fazê-la agitar-se; logo, se a força medianímica não está em razão da força magnética, é que há uma outra causa.

20.  As pessoas ditas elétricas podem ser consideradas como médiuns? 

Essas pessoas tomam em si mesmas o fluido necessário à produção do fenômeno, e podem agir sem o concurso de Espíritos estranhos. Não são médiuns, no sentido dado a essa palavra; mas, pode ser também que um espírito as assista e aproveite as suas disposições naturais.

Nota. Essas pessoas seriam como os sonâmbulos que podem agir com ou sem o concurso de um Espírito estranho. (veja, no capítulo dos médiuns, a parte relativa aos médiuns sonâmbulos).

          Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, no Capítulo IV na questão 50, da 18º. edição, abril de 1991, páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     


                                   RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)

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