SEGUNDA PARTE.
DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.
CAPÍTULO IV.
TEORIA
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS.
74. D. As
respostas seguintes nos foram dadas pelo Espírito de São Luís e foram depois
confirmadas por muitos outros:
16. A mesa
animada age com inteligência? Ela pensa?
Ela não pensa mais que um bastão com a qual fazeis um
sinal inteligente, mas a vitalidade de que está animada lhe permite obedecer ao
impulso de uma inteligência. Sabei, pois, bem, que a mesa que se move não se
torna Espírito, e que não tem, por si mesma, nem pensamento e nem vontade.
Nota. Muitas vezes, serve-se de uma expressão análoga
na linguagem usual, dizendo-se de uma roda que gira com velocidade, que está
animada de um movimento rápido.
17. Qual é a
causa preponderante na produção destes fenômeno: o Espírito ou o fluido?
O Espírito é a causa; o fluido é o instrumento; as
duas coisas são necessárias.
18. Que papel desempenha a vontade do médium nesse caso?
Chamar os Espíritos e secundá-los no impulso dado ao fluido.
Ação da
vontade é sempre indispensável?
Ela ajuda a força, mas não é sempre
necessária, uma vez que o movimento pode ocorrer contra e malgrado essa
vontade, e isso é uma prova de que há uma causa independente do médium.
Nota. O contato das mãos nem sempre
é necessário para fazer mover um objeto. O mais frequentemente, o é para dar o
primeiro impulso, mas, uma vez que o objeto está animado, pode obedecer à
vontade sem contato material; isto depende, seja da força do médium, seja da
natureza dos Espíritos. Um primeiro contato não é mesmo sempre indispensável;
disso temos a prova nos movimentos e deslocamentos espontâneos, que não se
sonha provocar.
19. Por que todo
mundo não pode produzir o mesmo efeito, e por que os médiuns não tem a mesma
força?
Isso depende do organismo e da maior ou
menor facilidade com a qual a combinação dos fluidos pode se operar; depois, o
Espírito do médium simpatiza mais ou menos com os Espíritos estranhos que nele
encontram a força fluídica necessária. Ocorre com esta força, como com a dos
magnetizadores, ser maior ou menor. Sob esse aspecto, há pessoas que são
inteiramente refratárias; outras, nas quais a combinação não se opera senão por
um esforço de sua vontade; outras, enfim, nas quais ocorre tão naturalmente e
tão facilmente, que nem desconfiam disso, e serve de instrumentos sem o
saberem, como já dissemos.
(Veja-se, adiante, o capítulo das
manifestações espontâneas).
Nota. O magnetismo, sem nenhuma dúvida, é o princípio
desses fenômenos, mas não como se o entende geralmente; a prova é que há
magnetizadores muito poderosos que não fariam mover uma mesinha, e pessoas que
não podem magnetizar, mesmo crianças, a quem basta pousarem os dedos sobre uma
mesa pesada para fazê-la agitar-se; logo, se a força medianímica não está em
razão da força magnética, é que há uma outra causa.
20. As pessoas
ditas elétricas podem ser consideradas como médiuns?
Essas pessoas tomam em si mesmas o fluido necessário à
produção do fenômeno, e podem agir sem o concurso de Espíritos estranhos. Não
são médiuns, no sentido dado a essa palavra; mas, pode ser também que um
espírito as assista e aproveite as suas disposições naturais.
Nota. Essas pessoas seriam como os sonâmbulos que
podem agir com ou sem o concurso de um Espírito estranho. (veja, no capítulo
dos médiuns, a parte relativa aos médiuns sonâmbulos).
Fonte,
“Livro dos Médiuns“,
Allan Kardec, no Capítulo IV na questão 50, da 18º. edição, abril de 1991,
páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)
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