GRAVIDEZ
NA ADOLESCÊNCIA.
POR QUE ISSO OCORRE?
Primeiramente, podemos dizer que
para o jovem não basta informação: é preciso manutenção.
Outro fator é a qualidade da
informação recebida, A jornalista Regina Castro lembra que “a educação do
adolescente foi entre a mídia e ao consumo”. O que temos na mídia são 5% de
reportagens sérias e programas bem-intencionados e 95% de confusão e sensualismo,
desde filmes, novelas e programas para adolescentes destacando o sexo sem amor
até livros ensinando técnicas de conquistas e prazeres na cama, semelhando a
livros ensinando a caçar e cozinhar, com tal frieza e hipocrisia, que chega a
envergonhar os que valorizam o sentimento e a humanidade. Falar em valores da
família chega a ser difícil.
A prática física do sexo também
passou a ser uma obrigação social, e os que buscam pensar e agir diferente são
por vezes discriminados pelos outros jovens. O sexo hoje está universalizando e
os valores vigentes apontam para um desejo sexual desequilibrado, prazer sem
preço, promiscuidade, obrigatoriamente do sexo no namoro, satisfação de
fantasias, infidelidade, e resvala amiúde na prostituição feminina, masculina e
homossexual.
A iniciação sexual, que era mais
possível aos rapazes, e a idade varia dos 13 aos 16 anos, hoje reduziu o prazo
para começar, estando iguais as possibilidades para meninas e meninos, e a
idade dos 10 aos 14 anos.
Iniciando mais cedo e estando
suscetíveis a influências, os adolescentes são vítimas das induções
psicológicos sexuais negativas na atualidade, tais como o mau exemplo dos pais,
ao mercado de ofertas, a literatura de estímulo, às revistas especializadas, ao
forte mercado do sexo e da pornografia,
as festas de cada dia cada vez mais liberais, à utilização de drogas e álcool,
à moda sensualista, à proliferação dos disque-sexo, ao uso da Internet como
busca do prazer sexual, às fitas de vídeo facilmente locáveis, ao interesse
comercial em se explorar tão rentável faixa de público consumidor entre outras.
Muito se fala de prazer e pouco se
fala de responsabilidade, de conseqüências de nossos atos sexuais, acabando por
construir-se na maior propaganda enganosa de nossos tempos.
Com o materialismo tão em voga como
hoje, sentimos o esquecimento dos valores morais e éticos por parte da
sociedade e mesmo das famílias, culminando com o amor livre, tão pregado quão
praticado em meio a juventude, trazendo compromissos espirituais sérios e prejuízos
morais para toda a Humanidade.
Eis aí o reflexo de nossa
imperfeição: usamos mal os recursos criadores do sexo em nossas vidas
pregressas e modernamente usamos a liberdade que recebemos para consertar
nossos erros, de modo a complicá-los ainda mais.
O principal motivo para que ocorra
esse problema está na educação do lar.
Pais abandonaram seus filhos ao
aprendizado do mundo. Quando mais necessitam de esclarecimento e orientação
quanto à própria sexualidade, deixam mães e pais que aprendam tudo na escola,
na rua, na mídia, nos livros, com os outros. Achamos interessante a expressão
“órfãos de educação sexual”, que define bem a situação. A TV, com seus péssimos
exemplos em maioria, é hoje a maior fonte de aprendizado sobre sexo.
Na mesma reportagem Regina Castro
coletou que os jovens se informam sobre sexo mais em conversas com amigos (90%
dos jovens que responderam à pesquisa), em informações em revistas (76%),
programa de TV (63%), conversa com os pais (50%). Indagados sobre qual seria a
melhor forma, a maioria preferiria as conversas com os pais.
Os pais devem participar mais das
descobertas de seus filhos.
Certos espíritos afinizam-se mais
com os jovens descuidados e os “hipnotizam”, buscando abrir a porta da
reencarnação, provocando a gravidez indesejada e inesperada nas adolescentes,
que, imaturas e desamparadas de melhor orientação educativa dentro do ambiente
doméstico, acabam por cair na cilada do prazer fácil e sem medir conseqüências
físicas, morais espirituais.
Outros experimentam a prática sexual
com a desculpa de que precisam testa em todas as tentativas de afeição para
saber se há amor entre os parceiros, pois, se não der certo o relacionamento, é
porque não deveriam permanecer juntos. Querem tentar até achar o par ideal para
casar... Pobre ilusão! E os que ficam casados 20, 30 e 40 anos e depois se
separam, qual a desculpa? Não tiveram tempo para se conhecer? Não se mede
afeição pela prática física do sexo, mas por inúmeras variantes (entre elas o
sexo, sem dúvida) mais complexas.
Nunca achar que somente poderá
ocorrer com a filha dos outros, ou, se achar que poderá ocorrer com a nossa,
tentar resolver o problema com censuras, agressões verbais, violência, expulsão
de casa.
E sobretudo jamais olvidar que nós
recebemos nossos filhos hoje, no mesmo ponto em que os deixamos no passado,
elucidando-nos Emmanuel que “a filha detida nos desregramentos do coração é a
jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade”.
Fonte: Livro “UM DESAFIO CHAMADO
FAMÍLIA” - autor Joamar Zanelini Nazareth - 3 a. Edição - Minas Editora -
Araguari, MG - 2000.
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