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domingo, 10 de março de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA. Nº. 17. MÉDIUNS EMEDIUNIDADE. ANEXO. Nº. 66. – OS MÉDIUNS PRINCIPIANTES. - ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.



                         – OS MÉDIUNS PRINCIPIANTES.

                        “A fé no médium novato não é uma condição rigorosa; sem contradita, ela secunda os esforços mas não é indispensável; a pureza da intenção o desejo e a boa vontade bastam”.  (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. XVII)

            No inicio do seu desenvolvimento mediúnico, os médiuns enfrentam muitos conflitos. Às vezes, não tem o menor conhecimento da doutrina e nunca sequer transpuseram as portas de um Centro.
            Depois de tentarem solucionar os seus problemas pelos métodos convencionais (porque os sintomas da mediunidade podem camuflar-se, levando a pessoa a imaginar que esteja doente), eis que recorrem, em última instância, ao Espiritismo.
            Quando acontece assim, esses irmãos chegam completamente desnorteados à casa espírita, ainda sob o guante dos preconceitos religiosos que alimentaram por muito tempo.
            Devidamente orientados para um tratamento espiritual através de passes e reuniões de estudos evangélicos, revelam-se incrédulos, exigindo que o Espiritismo lhes resolva as dificuldades de um instante para outro!
            Perguntam por um Centro que seja mais “forte’...
            Dizem não acreditar na influência dos Espíritos...
            Afirmam que não querem ser médiuns...
            É natural que sejam assim, porque se encontram em desequilíbrio psicológico.
            O dirigente espírita, ou aquele a quem couber a tarefa, necessita ter paciência e conquistar-lhes a confiança.
            Não é de bom alvitre exigir-lhes muitos esforços, no princípio, mas deve-se solicitar a colaboração dos familiares interessados no sentido de não os deixarem faltar às reuniões a que possam comparecer.
            A pouco e pouco, eles irão afinizando-se com a instituição espírita e com os seus freqüentadores, ampliando as suas relações de amizade.
            Assim fica mais fácil.
            Vencidos os primeiros obstáculos, os médiuns principiantes, numa segunda etapa, duvidarão de si mesmos, atribuindo tudo a um produto da mente.
            Começa outra luta, assaz mais difícil que a primeira.
            É necessário, então, se lhes esclareça que a fé é uma conquista individual, lenta, difícil, mas não impossível.
            É importante dizer-lhes que a mediunidade, a fé não é uma “condição rigorosa”, conforme afirma Allan Kardec: que ela se lhes desenvolverá naturalmente, à medida que perseverarem; e que eles próprios, com o correr do tempo, terão oportunidade de testemunhar a independência de seus pensamentos sobre os pensamentos dos Espíritos que vierem a comunicar-se por seu intermédio.
            Outro recurso de grande valia para os médiuns iniciantes é conhecer os casos dos médiuns mais antigos que lutaram com as mesmas dificuldades e hoje são figuras de respeito no movimento espírita.
            Os médiuns principiantes assemelham-se a frágeis sementes que não dispensam o carinho do jardineiro para florescerem. Todavia é preciso auxiliá-los de tal forma que, mais tarde possam caminhar com os próprios pés, evitando uma dependência psicológica nociva em todos os sentidos.
            Os que aparecem no Centro Espírita com sintomas de mediunidade, não devem ser convidados, de imediato, para essa ou aquela reunião mediúnica. Primeiro, faz-se indispensável certo período preparatório, cuja duração dependerá de inúmeros fatores, mas, basicamente, do próprio aproveitamento do interessado.

Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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