O LIVRO.
Ei-lo! Facho
de amor que, redivivo, assoma
Desde a taba feroz
em folha de granito,
Da Índia
misteriosa e dos louros do Egito
Ao fausto
senhoril Cartago e de Roma!
Vaso
revelador retendo o excelso aroma
Do pensamento
a erguer-se esplêndido e bendito,
O Livro é o
coração do tempo no Infinito,
Em que a
idéia imortal se renova e retoma.
Companheiro
fiel da virtude e da História,
Guia das
gerações na vida transitória,
É o nume
apostolar que governa o destino,
Com Hermes e
Moisés, com Zoroastro e Buda,
Pensa, corrige,
ensina, experimenta, estuda,
E brilha com
Jesus no Evangelho Divino.
OLAVO
BILAC.
Natural do Rio de janeiro, nasceu em
16 de dezembro de 1865 e aí faleceu em 1918. Considerado, ao seu tempo, o
Príncipe dos Poetas Brasileiros. Sócio fundador da academia Brasileira de
Letras.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA -
Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
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