INTRODUÇÃO.
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NOTAS HISTÓRICAS.
PEAGEIROS:
Eram
os cobradores de baixa categoria encarregados principalmente da cobrança dos
pedágios nas entradas das cidades. Suas funções assemelham-se às dos
alfandegários e cobradores de taxas sobre as mercadorias. Sofriam a reprovação
dirigida aos publicanos em geral. É por esta razão que, no Evangelho,
encontra-se frequentemente o nome de publicano associado ao de pessoa de má
vida. Esta classificação não se refere a pessoas devassas ou aos vagabundos;
era um termo de menosprezo, sinônimo de pessoas de má companhia, indignas de se
relacionar com pessoas de bem.
FARISEUS:
(Do Hebraico parasch, divisão, separação.).
A
tradição constituía uma parte importante da teologia judaica consistia na
reunião das sucessivas interpretações dadas sobre o significado das Escrituras
e que haviam se tornados artigos de dogma. Entre os doutores, isso era motivo
de intermináveis discussões, falando-se na maioria das vezes de simples
questões de palavras ou de formas, parecida com as discussões teológicas e com
a sutileza da escolástica da classe média. Surgiram das diferentes seitas, e
cada uma pretendia ter a exclusividade da verdade e, como quase sempre
acontece, detestando-se cordialmente umas às outras.
Entre
essas seitas, a mais influente era a dos fariseus, que teve por chefe Hilel,
doutor judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre que se ensinava
que a fé só era dada pelas escrituras. Sua origem remonta 180 ou 200 a.C. Os
fariseus foram perseguidos em diversas épocas, notadamente sob os domínios de
Hircano, sumo pontífice e rei dos judeus. Aristóbulo e Alexandre, reis da Síria.
Entretanto, este último, tendo devolvido suas honras e seus bens, em com que
eles retomassem o poder, conservando-o até a ruína Jerusalém, no ano de 70 da
era cristã, época em que os fariseus desapareceram em consequência da dispersão
do povo israelita.
Os
fariseus tinham um papel ativo nas discussões religiosas. Cumpridores rigorosos
das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente de
partidarismo, inimigos dos inovadores, eles fingiam ter uma grande severidade
de princípios, mas, sob as aparências de uma devoção miraculosa, escondiam
costumes corruptos, muito orgulho e, acima de tudo, um desejo excessivo de
dominação. Para eles, a religião era mais um meio de vencer na vida que um
objeto de fé sincera. Possuíam apenas aparência e a orientação de virtude, mas,
naquela época, exerciam uma grande influência sobre o povo, aos olhos do qual
passavam por santos personagens. Eis porque eram muito poderosos em Jerusalém.
Acreditavam,
ou pelo menos diziam acreditar, na Providência, na imortalidade da alma, na
eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. (Ver Cap. Nº 4:4.) Jesus,
que, acima de tudo, ensinava a simplicidade e as qualidades do coração, que
preferia da lei o Espírito que vivifica à letra que mata, esforçou-se durante
toda a sua missão em desmascarar essa hipocrisia e criou, consequentemente,
inimigos enfurecidos entre eles, razão pela qual se uniram aos príncipes dos
sacerdotes para amotinar o povo contra Ele e crucificá-lo.
Fonte:
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição -
Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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