SONETO A UM SERVIDOR.
Ainda que todos te persigam, vida afora
Ouve a mensagem pura, da língua altaneira,
Insistindo na sublimada sementeira,
Sema dúvida que destrói e nos devora.
Medita e planifica, agindo sem demora
A benefício da Humanidade inteira
Exaltando a doutrina sã e verdadeira
Luz dos cimos, que edifica e aprimora.
Guarda, pois, sereno, teu coração de crente
Batalhando pelo ideal grandiloqüente
Repelindo o orgulho, a vaidade e o egoísmo.
Assinalando no Brasil, Pátria do bem,
Gigante do porvir, esperança do Além,
A glória do esperanto e do Espiritismo!
CRUZ E SOUZA.
Catarinense. Funcionário público, encarnou em 1861 e desprendeu-se em 1898, no Estado de Minas. Poeta de emotividade delicada, soube, mercê de um simbolismo inconfundível, marcar sua individualidade literária. Sua vida foi toda de dores.
(Homenagem a Ismael Gomes Braga, a frente do esperanto no Brasil. Após sua morte física, poema recebido em carta datada em 27 de março de 1954).
Fonte. Revista
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
“O REFORMADOR”. - No. 1.864 - julho de 1984. - Editora FEB. - Rio de janeiro, RJ.
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