A CIVILISAÇÃO BRASILEIRA.
No livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO”, o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, através da psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, nos relata a seguinte passagem espiritual, histórica, sobre “A CIVILISAÇÃO BRASILEIRA“.
Nestas terras de Santa Cruz, floresciam as cidades. Com o feudalismo das capitanias, as cidades e vilas litorinas já estavam nos seus primórdios, e destacavam-se os núcleos de Salvador e São Vicente, devidos as facilidades encontradas pelos colonizadores, com auxílio dos Caramurus e Ramalhos, que precederam suas ações junto aos indígenas.
Mesmo assim, Portugal, não decidia enviar os seus elementos valiosos para o trabalho na colônia, enviava criminosos, e homens sem escrúpulos. Os nativos procuravam esconderem-se nos recantos desconhecidos das florestas, fugindo da escravidão e às torturas injustificáveis provocadas pelo homem branco. O atrito entre raças causava quadros dolorosos e lamentáveis.
Tomé de Souza, foi substituído por Duarte da Costa, que como governador geral, trouxera alguns missionários concitados por Ismael.
Nessa época, os franceses desejam aproveitar as belezas da baia de Guanabara, e estabeleceram ai uma feitoria, nos lugares em que Gonçalo coelho havia estado na época do descobrimento. Em 1555, Nicolau de Villegaignon aportou na baia, protegido pelo Almirante Coligny, favorito do Rei D. Henrique II de França, fundando uma colônia na ilha de Sergipe. Das árvores de Uruçumirim, onde hoje é a praia elegante do Flamengo, os Tamoios valentes contemplavam, receosos, a intromissão dos europeus. Mas, Villegaignon, com a mentalidade religiosa e honesta, conseguia confiança dos naturais, concedendo-lhe o mesmo tratamento dos seus companheiros. Os indígenas recebem carinhosamente a orientação de paicolás e tronaram-se devotados colaboradores de sua obra.
Os franceses apoderam-se da costa, e, D. Duarte, na Bahia, lhes observava os movimentos impossibilitado de tomar quaisquer providências. Portugal não enviava ninguém para conservação e defesa das novas terras. Villegaignon, localizado na Guanabara, edifica sua obra, mas os padres calvinistas, inutilizaram muitas vezes o seu trabalho através das discussões estéreis. Em 1559, Villegaignon, volta à França para angariar recursos oficiais, sem jamais retornar ao Brasil, ficando seus compatriotas abandonados na colônia nascente.
Em 1558, assumiu o governo geral Men de Sá, combatendo sem tréguas a influência estrangeira. Com a sua energia, expulsa os franceses do Rio de Janeiro, destruindo as fortificações. Imediatamente a retirada do governador, voltam os franceses dispostos a reassumir suas posições de Sergipe, com auxílio dos Tamoios, formando a maior confederação indígena, que já existiu em terras brasileiras, dirigidas por Cuhambebe, contra as perversidades dos colonizadores portugueses. O governador geral sente a necessidade de criar uma povoação no local, que ficasse como sentinela da costa, a fim de eliminar os resquícios das influências francesas. Estácio de Sá, sobrinho do governador, é incumbido de comandar uma guarnição que ali se planta, defendendo a cidade, a povoação se reparte em pequenas guarnições de militares, junto ao Pão de Açúcar e numa das ilhas. O combate, assume proporções aspérrimas e rudes. Men de Sá reúne todas a forças disponíveis, e, ataca todas as fortificações que existiam onde hoje e a praia de Flamengo e a Ilha do Governador, obtém completa vitória sobre o inimigo, mas, permitiu que se consumassem crueldades com os vencidos.
Os portugueses transferem a cidade, definitivamente, fundada no Morro de São Januário, mais tarde Castelo, homenageando o mártir do Cristianismo, denominaram de São Sebastião, outro sobrinho do governado assumiu a administração.
Ismael e suas falanges, nas esferas superiores choravam sobre os lamentáveis acontecimentos, como o suplício imposto a João de Bolés pelos elementos de maior confiança dos maiorais da espiritualidade.
A cidade do Rio de Janeiro fica sob a proteção espiritual de Sebastião, o grande filho de Narbonne, martirizado pela sua fé, cristão no tempo de Deocleciano, em 288 de nossa era. Estácio de Sá, reúne as falanges encarregadas do progresso da região, sob a proteção do patrono da cidade. Estácio de Sá muitas vezes voltou a se corporificar na Pátria do Evangelho, para viver na paisagem predileta dos seus olhos. A sua personalidade adquiriu elementos de ciência e virtude, e, ainda há poucos anos encontramos no benemérito Osvaldo Cruz.
Após luta sanguinolentas nas praias da baia mais bela do mundo, onde os vícios europeus desencadeando, guerras religiosas, lutavam entre si, estendendo sua crueldade até o Novo Mundo, Ismael, sentiu a necessidade de estabelecer uma diretriz para a organização econômica da terra do Cruzeiro. Depois de longos planejamentos de ação no plano invisível, o sábio mensageiro do Senhor discrimina as funções de cada região brasileira. A sede do pensamento brasileiro, o coração da terra moça e bravia, a planta das duas usinas mais poderosas, onde se guardará o manancial das suas forças orgânicas. São encontradas em sei senos quilômetros de extensão desde o Paraíba do Sul e nas cabeceiras do São Francisco, cuja corrente lançara, pelo percurso de três mil quilômetros, todas as sementes de brasilidade mais pura. Ainda hoje constituem as características mais fortes do povo fraternal da Terra do Cruzeiro.
Ismael, também aproveitou os núcleos de Piratininga, que se expandiram através dos bandeirantes. A hegemonia da intelectualidade carioca e fluminense desde os tempos da cidade de São Sebastião. São Paulo e Minas de hoje foram as regiões escolhidas como as duas fontes poderosas que guardariam o potencial da energias orgânicas da terra, formando os primeiros índices de etnologia brasileira. Cada estado tem sua função essencial no corpo ciclópitico da Pátria que representa o coração geográfico do mundo, mas em São Paulo e Minas Gerais se assentaram, por determinação do invisível, os elementos indispensáveis à organização da Pátria esplendida. Ambos serão ainda por muito tempo, os responsáveis pela balança política e econômica, e, os dínamos mais poderosos da sua produção. Os espíritos infelizes e perturbados, inimigos da obra de Jesus, agem de preferência nos bastidores administrativos dos dois grandes estados, provocando vaidade nos homens públicos, conduzindo muitas vezes as lutas fraticidias, no intuito de atrasar a vitória divina do Evangelho, no coração de todas as almas. Em 1932, um distinto jornalista da época rasga a bandeira nacional na capital paulista, em seu discurso sem palavras, Jose de Anchieta e seu colaborador João de Bolés, co a atenção dos obreiros do além, reúnem-se no Colégio de Piratininga, pedindo a Jesus, que derrame seu balsamo de humildade sobre os revoltados piratininganos, e Ismael estende o seu lábaro de perdão e de concórdia sobre os movimentos fratricidas, reúne irmãos de dois grandes Estados centrais do país, para a realização da sua obra em prol do Evangelho.
As fraques e vaidades humanas, muitas vezes tem levado a separação e a ruína as coletividades dos dois grandes Estados, fomentada pelos inimigos do além, muito em breve quando as sombras da confusão da modernidade invadirem os céus da Pátria, os dois compreenderão a imperiosa necessidade de se unirem sempre, como irmãos muito amados e novos símbolos de Castor e Pólux, expandirão junto as suas energias étnicas, modeladores da terra do Evangelho, absorvendo nos seus surtos as expressões excessivamente indiáticas do Amazonas, ao Norte, e , as platinas influências nas planícies do Rio Grande, por cumprirem, de mãos dadas, os imperativos de sua grande missão histórica.
Fonte: Livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO” - autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, - psicografia do médium FRANCISCO C. XAVIER, - Editora FEB - Rio de Janeiro, RJ.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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