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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

- NOTAS ESPIRITUAIS. - HUMILDE CELESTE.


                                    HUMILDE CELESTE.

          Ninguém mais humilde que ele, O Divino Governador da Terra. Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu, sem mágoa, a manjedoura simples.

          Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção; contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.

           Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no entanto, preferiu render-se à autoridade presente em sua época, ensinando que o homem deve entregar ao mundo o que o mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.

           Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e escuso descerrando-lhe aos pés o caminho melhor.

           Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e pura aos ingratos da véspera.

            Podia constranger o espírito de Saulo e receber-lhe as ordens, mas preferiu surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor de si mesmo.

             Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que, quando mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos padrões de Deus.
  
                          Emmanuel (Chico Xavier) - Antologia Mediúnica do Natal.


                                                           RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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