DIA: 00.00.00. 10º. AULA. ORDEM E ESCALA ESPÍRITA.
“ O mundo interior da alma não é menos vasto e grandioso que o seu mundo exterior.”
Leoni Kasseff
ORDENS DE ESPÍRITOS
Os Espíritos são de diferentes ordens, segundo o grau de perfeição a que tenham chegado.
É ilimitado o número dessas ordens, pois não há entre elas uma linha de demarcação traçada como barreira, de maneira que se podem multiplicar ou restringir as divisões, à vontade. Não obstante, se considerarmos os caracteres gerais, poderemos reduzi-las a três ordens principais.
Na primeira ordem podemos colocar os que já chegaram à perfeição: os Espíritos puros.
Na segunda ordem estão os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é a sua preocupação.
Na terceira, os que estão ainda na base da escala: os Espíritos imperfeitos, que se caracterizam pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões que lhes retardam o desenvolvimento.
Os Espíritos da segunda ordem têm o desejo do bem, e também o poder de fazer o bem; de acordo com o grau de perfeição; uns possuem a ciência; outros a sabedoria e a bondade. Todos, entretanto, ainda têm provas a sofrer.
Os Espíritos da terceira ordem não são todos essencialmente maus; uns não fazem nem mal e nem bem; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando encontram ocasião de praticá-los. Há ainda Espíritos levianos ou estouvados, mais travessos do que malignos, que se comprazem mais na malícia do que na maldade, encontrando prazer em mistificar e causar pequenas contrariedades, das quais se riem. (1)
“ Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio em milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito.”(André Luiz, Mundo Maior, cap. 3.)
Da criação à perfeição o princípio inteligente, através dos milênios, utilizando diferentes corpos, apresenta-se em diferentes níveis de desenvolvimento intelectual e moral. (Livro dos Espíritos pergunta. 607 e 607 a )
O princípio inteligente ao ingressar no reino hominal passa a denominar-se Espírito e sua evolução, mais rápida ou demorada a caminho no reino angélico, dependerá, certamente, de sua própria ação, pois “a sabedoria de Deus se mostra na liberdade de escolha que concede a cada um, porque assim cada um tem o mérito de suas obras”. ( Livro dos Espíritos pergunta. 123.)
“ Em sua origem, os Espíritos não têm mais do que uma existência instintiva, possuído apenas a consciência de si mesmos e de seus atos. Só pouco a pouco a inteligência se desenvolve.” ( Livro dos Espíritos 189)
Nesta escalada, pois, os Espíritos recebem diferentes classificações, conforme os resultados de sua ação. Estão entre:
__ a ignorância e a sabedoria,
__ a maldade e a bondade,
__ a imperfeição e a perfeição.
São inferiores ou superiores, conforme o nível da escala que ocupam. (2)
ESCALA ESPÍRITA
A classificação dos Espíritos funda-se no seu grau de desenvolvimento, nas qualidades por eles adquiridas e nas imperfeições de que ainda não se livraram. Esta classificação nada tem de absoluta: nenhuma categoria apresenta caráter bem definido, a não ser no conjunto: de um grau a outro, a transição é insensível, pois nos limites, as diferenças se apagam como nos reinos da Natureza, nas cores do arco-íris, ou ainda nos diferentes períodos da vida humana. Pode-se, portanto, formar um número maior ou menor de classes, de acordo com a maneira por que se considerar o assunto. Acontece, nisto, como em todos os sistemas de classificação científica: os sistemas podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência; mas, seja como for, nada alteram quanto á substância da ciência. Os Espíritos, interpelados sobre isto, puderam, pois variar quanto ao número das categorias, sem maiores conseqüências. Houve quem se apegasse a esta contradição aparente, sem refletir que eles não dão nenhuma importância ao que é puramente convencional. Para eles, o pensamento é tudo: deixam-nos os problemas da forma, da escolha dos termos, das classificações, em uma palavra, dos sistemas.
Ajuntemos ainda esta consideração, que jamais se deve perder de vista: entre os Espíritos, como entre os homens, há os que são muito ignorantes, e nunca será demais estarmos prevenidos contra a tendência a crer que eles tudo sabem, por serem Espíritos. Toda a classificação exige método, análise e conhecimento aprofundado do assunto. Ora, no mundo dos Espíritos, os que têm conhecimentos limitados, são como os ignorantes deste mundo, incapazes de apreender um conjunto e formular um sistema; eles não conhecem ou não compreendem senão imperfeitamente qualquer classificação; para eles, todos os espíritos que lhe sejam superiores são da primeira ordem, pois não podem apreciar as suas diferenças de saber, de capacidade e de moralidade, como entre nós faria um homem rude, em relação aos homens ilustrados. E aqueles mesmos que sejam incapazes, podem variar nos detalhes, segundo os seus pontos de vista, sobre tudo quando uma divisão nada tem de absoluto. Linneu, Jussieu, Toumefort, tiveram cada qual o seu método, e a botânica não se alterou por isso. E que eles não inventaram nem plantas, nem os seus caracteres. Vimos e observamos; julgamos pelas suas palavras e seus atos, e depois os classificamos pelas semelhanças, baseando-nos nos dados que eles forneceram.
Os Espíritos admitem, geralmente, três categorias principais ou três grandes divisões. Na última, aquela que se encontra na base da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela propensão ao mal. Os da segunda se caracterizaram pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo de praticar o bem: são os Espíritos bons. A primeira, enfim, compreende os Espíritos puros, que atingiram o supremo grau de perfeição.
Esta divisão nos parece perfeitamente racional e apresenta caracteres bem definidos; não nos resta senão destacar, por um número suficiente de subdivisões, as nuanças principais
do conjunto. Foi o que fizemos, com o concurso dos Espíritos, cujas benevolentes instruções jamais nos faltaram.
Com a ajuda deste quadro, será fácil determinara a ordem e o grau de superioridade ou inferioridade dos Espíritos com os quais podemos entrar em relação, e, por conseguinte, o grau de confiança e de estima que eles merecem. Esta é de alguma maneira, a chave da ciência espírita, pois só ela pode explicar-nos as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-nos sobre as irregularidade intelectuais e morais dos Espíritos. Observaremos, entretanto que os espíritos não pertencem para sempre e exclusivamente a esta ou àquela classe; o seu progresso se realiza gradualmente, e como muitas vezes se efetua mais num sentido que noutro, eles podem reunir as características de várias categorias, o que é fácil apreciar por sua linguagem e seus atos. (1)
TERCEIRA ORDEM: ESPÍRITOS IMPERFEITOS
Caracteres Gerais: Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão ao mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhe seguem. Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.
Nem todos são essencialmente maus; em alguns, há mais leviandade. Uns não fazem o bem, nem o mal; mas pelo simples fato de não fazerem o bem revelam a sua inferioridade. Outros, pelo contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando encontram ocasião de praticá-lo.
Podem aliar a inteligência à maldade ou à malícia, mas, qualquer que seja o seu desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e os seus sentimentos mais ou menos abjetos.
Os seus conhecimentos sobre as coisas do mundo espírita são limitados, e o pouco que sabem a respeito se confundem comas idéias noções falsas e incompletas daquele mundo; mas o observador atento encontra freqüentemente, nas suas comunicações, mesmo imperfeitas, a confirmação das grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores.
O caráter desses Espíritos se revela na sua linguagem. Todo Espírito que, nas suas comunicações, trai um pensamento mau, pode ser colocado na terceira ordem; por conseguinte, todo mau pensamento que nos for sugerido provém de um Espírito dessa ordem.
Vêem a felicidade dos bons e essa visão é para eles um tormento incessante, porque lhes faz provar as angústias da inveja e do ciúme.
Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea, e essa impressão é freqüentemente mais penosa que a realidade. Sofrem, portanto, verdadeiramente, pelos males que suportam e pelos que acarretaram aos outros; e como sofrem por muito tempo, julgam sofrer para sempre. Deus, para puni-los, quer que eles assim pensem.
Podemos dividir em cinco classes principais.
Décima Classe. ESPÍRITOS IMPUROS __ São inclinado ao mal e fazem objetos de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, insuflam a discórdia e a desconfiança, e usam todos os disfarces, para melhor enganar. Apegam-se às pessoas de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de levá-las à perda, satisfeitos de poderem retardar o seu adiantamento, ao fazê-las sucumbir ante as provas que sofrem.
Nas manifestações. reconhecem-se esses Espíritos pela linguagem: a trivialidade e a grosseria das expressões, entre os Espíritos como entre os homens, é sempre um índice de inferioridade moral, senão mesmo intelectual. Suas comunicações revelam a baixeza de suas inclinações e se eles tentam enganar, falando de maneira sensata, não podem sustentar o papel por muito tempo e acabam sempre por trair a sua origem.
Alguns povos os transformaram em divindades malfazejas, outros os designam como demônios, gênios maus, Espíritos do mal.
Quando encarnados, inclinam-se a todos os vícios que as paixões vis e degradantes engendram: a sensualidade, a crueldade, a felonia, a hipocrisia, a cupidez e a avareza sórdida. Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo, no mais das vezes sem motivo, e, por ódio ao bem, quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas honestas. Constituem verdadeiros flagelos para a humanidade, seja qual for à posição que ocupem, e o verniz da civilização não os livra do opróbrio e da ignomínia.
Nona Classe. ESPÍRITOS LEVIANOS __ São ignorantes, malignos, inconseqüentes e zombeteiros. Metem-se em tudo e a tudo respondem sem se importarem com a verdade. Gostam de causar pequenas contrariedades e pequenas alegrias, de fazer intrigas, de induzir maliciosamente ao erro, por meio de mistificações e de esperteza. A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente designados pelos nomes de duendes, diabretes, gnomos, trasgos. Então sob a dependência de Espíritos superiores, que deles se servem, muitas vezes como fazemos com os criados.
Nas suas comunicações com os homens, a sua linguagem é muitas vezes espirituosa e alegre, mas quase sempre sem profundidade; apanham as esquisitices e os ridículos humanos, que interpetram de maneira mordaz e satírica. Tomam-se nomes supostos, é mais por malícia do que por maldade.
Oitava Classe. ESPÍRITOS PSEUDO-SÁBIOS __ Seus conhecimentos são bastante amplos, mas julgam saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos em diversos sentidos, sua linguagem tem caráter sério, que pode iludir quanto à sua capacidade e às luzes. Mas isso, freqüentemente, não é mais que um reflexo dos preconceitos e das idéias sistemáticas que tiveram na vida terrena. Sua linguagem é uma mistura de algumas verdades com os erros mais absurdos, entre os quais repontam a presunção, o orgulho, a inveja e a teimosia, de que não puderam despir-se.
Sétima Classe. ESPÍRITOS NEUTROS __ Nem são bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal, tendem tanto para um como para o outro, e não se elevam sobre a condição vulgar da humanidade, que pela moral ou pela inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, saudosos de suas grosseiras alegrias.
Sexta Classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTUBADORES __ Estes Espíritos não formam, propriamente falando, uma classe distinta, quanto às suas qualidades pessoais, podem pertencer a todas as classes da terceira ordem. Manifestam freqüentemente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como golpes, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, do ar, etc. Parece que estão mais apegados a matéria que os outros, sendo os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer pela sua ação sobre o ar, a água, o fogo, os corpos sólidos ou nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não são devidos a uma causa fortuita e física, quando têm um caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir esses fenômenos, mas os Espíritos elevados os deixam, em geral, a cargo dos Espíritos subalternos, mais aptos para as coisas materiais
que para as inteligentes. Quando julgam que as manifestações desse gênero são úteis, servem-se desses Espíritos como auxiliares.
SEGUNDA ORDEM: BONS ESPÍRITOS
Caracteres Gerais. Predomínio dos espíritos sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e seu poder de fazer o bem estão na razão do grau que atingiram: uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais adiantados juntam ao seu saber as qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, segundo sua ordem, os traços da existência corpórea, seja na linguagem, seja nos hábitos, nos quais se encontram até mesmo uma de suas manias. Se não fosse assim, seriam Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o infinito e gozam já da felicidade dos bons. Sentem-se felizes quando fazem o bem e quando impedem o mal. O amor que os une é para eles uma fonte de inefável felicidade, não alterada pela inveja nem pelos remorsos, ou por qualquer das más paixões que atormentam os espíritos Imperfeitos; mas terão ainda de passar por provas, até atingirem a perfeição absoluta.
Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem durante a vida aqueles que se tornam dignos, e neutralizam a influência dos Espíritos Imperfeitos sobre os que não se comprazem nelas.
Quando encarnados, são bons e benevolentes para com os semelhantes; não se deixam; levar pelo orgulho, nem pelo egoísmo, nem pela ambição; não provam ódio nem rancor, nem inveja ou ciúme, fazendo o bem pelo bem.
A esta ordem pertencem os espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstição e de ignorância, foram considerados divindades benfazejas.
Podemos dividi-los em quatro grupos principais:
Quinta Classe: ESPÍRITOS BENÉVOLOS
Sua qualidade dominante é a bondade; gostam de prestar serviços aos homens e os proteger, mas o seu saber é limitado: seu progresso realizou-se mais no sentido moral que no intelectual.
Quarta Classe: ESPÍRITOS SÁBIOS
O que especialmente os distingue é a amplitude dos conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais do que com as científicas, para as quais têm mais aptidão; mas só encaram a ciência pela sua utilidade, livres das paixões que são próprias dos Espíritos imperfeitos.
Terceira Classe: ESPÍRITOS PRUDENTES
Caracterizam-se pelas qualidades morais da ordem mais elevada. Sem possuir conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes permite julgar com precisão os homens e as coisas.
Segunda Classe: ESPÍRITOS SUPERIORES
Reúnem a ciência, sabedoria e a bondade. Sua linguagem, que só transpira benevolência, é sempre digna, elevada, e freqüentemente sublime. Sua superioridade os torna, mais que os outros, aptos a nos proporcionar as mais justas noções das coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que nos é dado conhecer. Comunicam-se voluntariamente com os que procuram de boa fé a verdade, e cujas almas estejam bastante libertas dos liames terrenos, para compreendê-la; mas afastam-se dos que são movidos apenas pela curiosidade, ou que, pela influência da matéria, desviam-se da prática do bem.
Quando, por exceção, se encarnam na terra, é para cumprir uma missão de progresso, e então nos oferece o tipo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.
PRIMEIRA ORDEM: ESPÍRITOS PUROS
Caracteres Gerais: Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, em relação aos espíritos das outras ordens.
Primeira Classe. CLASSE ÚNICA
Percorreram todos os graus da escola e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Havendo atingido a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não tem mais provas nem expiações a sofrer. Não estando mais sujeitos a reencarnação em corpos perecíveis, vivem a vida eterna, que desfrutam no seio de Deus.
Gozam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos nem às necessidades nem às vicissitudes da vida material, mas essa necessidade não é a de uma ociosidade monótona, vivida em contemplação perpétua. São os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da Harmonia universal. Dirigem a todos os espíritos que lhe são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e determinam as suas missões. Assistir os homens nas suas angústias incitá-los ao bem ou à expiação de faltas que os distanciam da felicidade suprema, é para eles uma ocupação agradável. São às vezes designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.
Os homens podem comunicar-se com eles, mas bem presunçoso seria o que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens. (1) (2)
PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS -- ANJOS E DEMÔNIOS
Ao analisar a progressão dos Espíritos, devem-se, a princípio, considerar as seguintes condições:
Primeira __ Espírito e matéria estão sempre associados, pois “qualquer que seja o grau em que se encontre o Espírito esta sempre revestido de um envoltório, ou perispírito, cuja natureza se eteriza, à medida que ele se depura e se eleva na hierarquia espiritual”. (Livro dos Médiuns nº, 55)
Segunda __ Em sua escalada progressiva, para atingir a perfeição, o Espírito deve lutar para que sua natureza espiritual domine sua natureza material. (L. Espíritos, 605)
a) Desenvolvendo a sua inteligência e adquirindo os conhecimentos que o levarão à verdade, passando pelas provas que Deus lhe impõe.
b) Despojando-se de influências da matéria, como sejam as sensações dos órgãos, à qual está ligado necessariamente para sua manifestação como Espírito.
(L. Espíritos, 25, e 605a)
c) Libertando-se de males como o egoísmo, orgulho etc. e conquistando bens, como a caridade, a humildade etc.
Terceira __ Os Espíritos foram criados iguais, simples e ignorantes, porém todos se tornarão perfeitos. Uns chegam mais rapidamente que outros, pois isso depende do livre arbítrio de cada um ( L. Espíritos 127 e 804), conforme age dentro da Lei de Causa e efeito, como nos diz André Luiz, em “Evolução em Dois Mundos “, cap. XII. “Encetando, pois, a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da Lei de Causa e Efeito, encontrando em si mesmo os resultados enobrecedores ou deprimentes das próprias ações.”
Como conseqüência destas condições, tem-se, naturalmente, que entender o seguinte:
1. Não há penas eternas. Os Espíritos não permanecem perpetuamente nas classes inferiores. Depende de cada um apressar ou não o seu avanço.
“Quaisquer que sejam a inferioridade e perversidade dos Espíritos. Deus jamais os abandona. Todos têm seu anjo da guarda ( Espírito Protetor) que por ele vela... Contudo, O Espírito deve progredir por impulso da própria vontade, nunca por qualquer sujeição.” (O Céu e Inferno, cap. VII. Código Penal da Vida Futura, item 20.)
2. O espírito pode permanecer estacionário, mas não retrograda de vez que o conhecimento adquirido não mais se perde. O Espírito, como homem, numa encarnação, pode estar em condição social inferior à outra, porém nada perde do que adquiriu. Seu desenvolvimento moral e intelectual, como Espírito, é o mesmo. (Gênese, cap. XI n.º 48.)
3. Deus não libera os Espíritos das provas que devem sofrer para chegarem à primeira ordem, pois, se o fizesse, teria de criá-los perfeitos e como tal não teriam merecimento para gozar dos benefícios dessa perfeição.
Onde o mérito da luta?
Os Espíritos não precisam necessariamente passar pela fieira do mal para chegarem ao bem, mas sim pela da ignorância.
Todos têm o livre arbítrio para escolher entre o caminho do bem e do mal e é justamente pelo uso correto que fazem deste livre arbítrio que conquistam o mérito para chegar à primeira ordem.
O livre arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire consciência de si mesmo. Não haveria liberdade se a escolha não dependesse da vontade e decisão do espírito em ceder a esta ou àquela influência, boa ou má. (2)
EXERCÍCIOS:
1º. Como classificamos a escala dos espíritos conforme a sua ação?
2º. Em que bases ocorre a classificação da escala espírita?
3º. Como se dividem as escalas da classificação dos espíritos?
4º. Quais as classes que compõem os espíritos da 3º ordem?
5º. Descreva a ordem dos espíritos imperfeitos?
6º. Quais as classes que compões os espíritos da 2º ordem?
7º. Descreva a ordem dos espíritos puros.
BIBLIOGRAFIA:
1º. AUTOR. Allan Kardec- Livro dos Espíritos - Tradução de José Herculano Pires - Pergunta. 96 à 131- 54º Edição - 1994- LAKE - Livraria Allan Kardec Editora - São Paulo SP.
2º. AUTORES. Diversos- Livro Curso Básico de Espiritismo 1º Ano- cap. VI - Pág. 63 à 67-
4º Edição - 1992 - Edições Feesp- Livraria e Editora espírita Humberto de Campos - São Paulo. SP.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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