DIA. 00.00.00. 3º. AULA. CONTINUAÇÃO - CONSOLADOR PROMETIDO.
A CODIFICAÇÃO DO ESPIRITISMO
O desenvolvimento da codificação kardequiana basicamente começou em 1855 na residência da família Baudin. Nesta casa havia duas médiuns, Julie e Caroline Baudin de 14 e 16 anos de idade respectivamente. Através da “cesta-pião”, um mecanismo oriundo das mesas girantes, Allan Kardec fazia perguntas aos Espíritos, que respondiam através da escrita. Todo o trabalho era revisado várias vezes. Outra médium o ajudou muito. Chamava-se Japhet. As questões mais graves relativas à Revelação eram revistas com o auxílio de até dez médiuns.
A cesta-pião era uma cestinha que trazia um lápis em seu centro. Sobre ela, os médiuns impunham as mãos para que se movimentasse. Com o tempo, foi substituida pela mão do sensitivo, dando origem à conhecida psicografia. Das consultas feitas aos médiuns, nasceu “O Livro dos Espíritos, lançado em 18 de abril de 1857” . Na sua vida espírita, Allan Kardec dedicou-se intensivamente ao trabalho de expansão e divulgação da Boa Nova. Viajou por 693 cidades, de diversos países, proferindo aproximadamente 50 palestras. Em meio a estes compromissos, fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, entidade destinada a estudar, entender e explicar a fenomenologia espírita.
Em janeiro de 1858, o mestre lionês abraçou uma nova atividade dentro do Espiritismo. Inaugurou a “Revista Espírita”, um mensário cujo objetivo era o de informar e debater questões ligadas à Doutrina. Assim, teve início à imprensa doutrinária, que buscava separar o real do fantasioso, a verdade da falsidade dentro do movimento espírita.
Obras da Codificação:
Allan Kardec, buscando orientar os adeptos da Doutrina, lançou cinco obras básicas,
conhecidas como o “Pentateuco Kardequiano”. Nele, reuniu os ensinamentos da Espiritualidade superior, analisando-os e codificando-os, de forma a ficarem claros e interessantes.
Livro dos Espíritos (1857).
Trata-se de uma obra de caráter filosófico que procura explicar de forma racional os porquês da vida. Divide-se em quatro tópicos: “As causas primárias”, “Mundo espírita ou dos Espíritos”, “As leis morais”, e “Esperanças e consolações”. É colocado como a espinha dorsal do Espiritismo, já que todas as outras obras partem de seus princípios.
Livro dos Médiuns (1861).
Busca orientar a conduta prática daqueles que têm a função de intermediar o mundo espiritual com o material. Mostra aos médiuns os inconvenientes da mediunidade, os perigos provindos de uma faculdade descontrolada e como proceder para se obter contatos proveitosos junto à Espiritualidade. Demonstra ainda, as conseqüências morais e filosóficas decorrentes das relações entre o invisível e o visível.
O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864).
É a parte religiosa da Doutrina. Ensinam a moral cristã através de comentários sobre as principais passagens da vida de Jesus Cristo, feitos por Kardec e pelos Espíritos. Demonstra que as parábolas do Evangelho, que aos olhos humanos parecem fantasia, na verdade exprimem o mais profundo código de conduta de que se têm notícia.
O Céu e o Inferno (1865).
Neste livro, através da evocação dos Espíritos, Allan Kardec apresenta a verdadeira face do desejado “céu“, do temido “inferno“, como também do chamado “purgatório”. Põe fim às penas eternas, demonstrando que tudo no Universo evolui, e que a mesquinharia do sofrimento infinito, nada mais é do que ilusão. Comunicações dos Espíritos desencarnados, de cultura e hábitos diversos, são analisadas e comentadas pelo Codificador, mostrando a situação de felicidade ou sofrimento ao chegarem ao mundo espiritual.
A Gênese (1868).
Esta obra mostra como foi criado o mundo, como apareceram às criaturas, e como é o Universo. É a parte científica da Doutrina. Explica a Criação, colocando Ciência e Religião face a face.
O Gênesis bíblico é estudado e vista como verdadeira. Os sete dias narrados nas Escrituras como se fossem o tempo que o Criador teria gasto com a formação do Universo, nada mais são do que eras geológicas, que seguem a ordem evolutiva comprovada pela Ciência em suas pesquisas. Os chamados “milagres” praticados por Jesus são demonstrados
como modificações de elementos da natureza por uma vontade poderosa e não como fatos inexplicáveis.
O TRÍPLECE ASPECTO DA DOUTRINA
Desde as primeiras manifestações em torno da Codificação da Doutrina, os Espíritos deixaram claro que o Espiritismo tinha em si três faces: Religião, Ciência e Filosofia.
São do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Candido Xavier, a afirmativa que esclarece perfeitamente o significado tríplice do Consolador.
“Em Espiritismo a Ciência indaga, a Filosofia conclui e O Evangelho ilumina”.
Princípios básicos da Doutrina
São considerados princípios básicos da Doutrina, a existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte, a reencarnação, a lei de causa e efeito, a comunicação entre os dois mundos e a elevação moral e intelectual progressivas. O Espiritismo é marcado pela realização do culto interior. Nele, o homem procura conhecer-se e trabalhar pelo seu progresso moral e intelectual. Nada há de exterior nas práticas espíritas. Tudo só depende do pensamento, para qual o fundo é tudo e a forma nada. (6)
RESUMO DA DOUTRINA DOS ESPÍRITOS
Os seres que se manifestam designam-se a si mesmos, como dissemos pelo nome de Espíritos ou Gênios, e dizem alguns pelo menos, que viveram como homens na Terra. Constituem o mundo espiritual, como nós constituímos, durante a nossa vida, o mundo corporal. Resumimos em poucas palavras os pontos principais da doutrina que nos transmitiram, a fim de mais facilmente responder a certas objeções:
“Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.
Criou o Universo, que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.
Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.
O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo.
O mundo corporal é secundário; pode deixar de existir ou nunca ter existido, sem alterar a essência do mundo espírita.
Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível e sua destruição pela morte os devolve à liberdade.
Entre as diferentes espécies de seres corporais Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de desenvolvimento, o que lhes dá superioridade moral e intelectual perante as demais.
A alma é um Espírito encarnado e o corpo é apenas o seu invólucro.
Há no homem três coisas: 1º) O corpo ou ser material, semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo principio vital; 2º) A alma ou ser imaterial, espírito encarnado no corpo; 3º) o liame que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
O homem tem assim duas naturezas: pelo corpo participa da natureza dos animais, dos quais possui os instintos; pela alma participa da natureza dos Espíritos.
O liame ou periespírito que une o corpo ao Espírito é uma espécie de invólucro semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no seu estado normal, mas que ele pode tornar acidentalmente visível e mesmo tangível, como se verifica nos fenômenos de aparição.
O Espírito não é, portanto um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber. É um ser real, definido, que em certos casos pode ser apreciado, pelos nossos sentidos da vista, da audição e do tato.
Os Espíritos pertencem a diferentes classes, não sendo iguais em poder e inteligência, saber ou moralidade.
Os da primeira ordem são os Espíritos Superiores que se distinguem pela perfeição, pelos conhecimentos e pela proximidade de Deus a, pureza dos sentimentos e o amor do bem: são os anjos ou Espíritos puros. As demais classes se distanciam mais e mais dessa perfeição. Os das classes inferiores são inclinados às nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho etc., e se comprazem no mal. Nesse número há os que não são nem muito bons, nem muito maus; antes perturbadores e intrigantes do que maus; a malícia e a inconseqüência parecem ser as suas características: são os Espíritos estouvados ou levianos.
Os Espíritos não pertencem eternamente à mesma ordem. Todos melhoram, passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse melhoramento se verifica pela encarnação, que a uns é imposta como uma expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova a que devem submeter-se repetidas vezes até atingirem a perfeição absoluta; é uma espécie de peneira ou depurador de que eles saem mais ou menos purificados.
Deixando o corpo, a alma volta ao mundo dos Espíritos, de que havia saído para reiniciar uma nova existência material após um lapso de tempo mais ou menos longo durante o qual permanecera no estado de Espírito errante.
Devendo o Espírito passar por muitas encarnações, inclui-se que todos nós tivemos muitas existência e que teremos ainda outras mais ou menos aperfeiçoadas, seja na Terra ou em outros mundos.
A encarnação dos Espíritos ocorre sempre na espécie humana. Seria um erro acreditar que a alma ou espírito pudesse encarnar num corpo de animal.
As diferentes existências corporais do Espírito são sempre progressivas e jamais retrógadas, mas a rapidez do progresso depende dos esforços que fazemos para chegar à perfeição.
As qualidades da alma são as do Espírito encarnado. Assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito e o homem perverso a de um Espírito impuro.
A alma tinha a sua individualidade antes da encarnação e a conserva após a separação do corpo.
No seu regresso ao mundo dos Espíritos a alma reencontra todos os que conheceram na Terra e todas as suas existências anteriores se delineiam na sua memória, com a recordação de todo bem e todo o mal que tenha feito.
O Espírito encarnado está sob a influência da matéria. O homem que supera essa influência, pela elevação e purificação de sua alma, aproxima-se dos bons Espíritos com os quais estará um dia. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros aproxima-se dos Espíritos impuros, dando preferência à natureza animal. Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo. Os espíritos não-encarnados ou errantes não ocupam nenhuma região determinada ou circunscrita; estão por toda parte, no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos sem cessar. É toda uma população invisível que se agita em nosso redor.
Os Espíritos exercem sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até agora inexplicados ou mal explicados, que não encontram solução racional.
As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos convidam ao bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação; os maus nos convidam ao mal: é para eles um prazer ver-nos sucumbir e cair no seu estado.
As comunicações ocultas verificam-se pela influência boa ou má que eles exercem sobre nós sem o sabermos, cabendo ao nosso julgamento discernir as más e boas inspirações. As comunicações ostensivas realizam-se por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, na maioria das vezes através dos médiuns que lhes servem de instrumentos.
Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou pela evocação. Podemos evocar todos os Espíritos: os que animaram homens obscuros e dos personagens mais ilustres, qualquer que seja a época em que tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou inimigos e deles obterem, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a situação em que se acham no espaço, seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que tenham a permissão de fazer-nos.
Os Espíritos são atraídos na razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores gostam das reuniões sérias em que predominam o amor do bem e o desejo sincero de instrução e de melhoria. Sua presença afasta os Espíritos inferiores, que encontram, ao contrário, livre acesso e podem agir com intensa liberdade entre as pessoas frívolas ou guiadas apenas pela curiosidade, e por toda parte onde encontrem maus instintos. Longe de obtermos bons conselhos e informações úteis desses Espíritos, nada mais devemos esperar do que futilidades, mentiras, brincadeiras de mau gosto ou mistificações, pois freqüentemente se servem de nomes veneráveis para melhor nos induzirem ao erro.
Distinguir os bons e maus espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, cheia da mais alta moralidade, livre de qualquer paixão inferior, seus conselhos revelam a mais pura sabedoria e têm sempre por alvo o nosso progresso e o bem da humanidade. A dos Espíritos inferiores é inconseqüente, quase sempre banal e mesmo grosseira; se dizem às vezes coisas boas e verdadeiras, dizem com mais freqüência falsidades e absurdos, por malícia ou ignorância; zombam da credulidade e divertem-se à custa dos que os interrogam, linsojeando-lhes a vaidade e embalando-lhes os desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na perfeita acepção do termo, não se verificam senão nos centros sérios, cujos membros estão unidos por uma íntima comunhão de pensamentos dirigidos para o bem.
A moral dos Espíritos superiores se resume como a do Cristo, nessa máxima evangélica: “Fazer aos outros os que desejamos que os outros nos fizessem”, ou seja, fazer o bem e não o mal. O homem encontra nesse princípio a regra universal de conduta, mesmo para as menores ações.
Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que deste mundo, se liberta da matéria pelo desprezo das futilidades mundanas e o cultivo do amor ao próximo, aproxima-se da natureza espiritual; que cada um de nós deve tornar-se útil segundo as faculdades e os meios que Deus nos colocou nas mãos para nos provar, que o Forte e o Poderoso devem apoio e proteção ao Fraco porque aquele que abusa da sua força e do seu poder para oprimir o seu semelhante, viola a lei de Deus. Eles ensinam, enfim, que no mundo dos Espíritos nada pode estar escondido: o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas reveladas; a presença inevitável e incessante daqueles que prejudicamos é um dos castigos que nos são reservados; ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos correspondem penas e alegrias que nos são desconhecidas na Terra.
Mas eles nos ensinam também que não há faltas irremissíveis que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio necessário nas diferentes existências que lhe permitem avançar, na via do progresso, em direção à perfeição que é o seu objetivo final.
Este é o resumo da Doutrina Espírita, como ela aparece no ensinamento dos Espíritos superiores. (7)
Resumo dos Princípios Essenciais da Filosofia dos Espíritos:
I. __ Uma inteligência divina rege os mundos. Nela identifica-se a Lei, lei imanente, eterna, reguladora, à quais seres e coisas estão submetidos.
II. __ Assim como o homem, sob seu invólucro material, continuamente renovado, conserva sua identidade espiritual, esse eu indestrutível, essa consciência em que se reconhece e se possui, assim também o Universo, sob suas aparências mutáveis, se possui e se reflete numa unidade central que é o seu Eu. O eu do universo é Deus, lei viva, unidade suprema onde confinam e se harmonizam todas as relações, foco imenso de luz e de perfeição donde irradiam e se expande, por todas as Humanidades, Justiça, Sabedoria, Amor!
III. __ No Universo, tudo envolve e tende para um estado superior. Tudo se transforma e se aperfeiçoa. Do seio dos abismos a vida se eleva a princípio confusa, indecisa, animando formas inumeráveis cada vez mais perfeitas, depois se desabrocha no ser humano, adquire então consciência, razão, vontade, e constitui a alma ou Espírito.
IV. __ A alma é imortal. Coroamento e síntese das potências inferiores da Natureza, ela contém em germe todas as faculdades superiores, está destinada a desenvolvê-las pelos seus trabalhos e esforços, encarnando em mundos materiais, e tende a elevar-se, através de vidas sucessivas, de degrau em degrau, para a perfeição.
A alma tem dois invólucros: um, temporário, o corpo terrestre, instrumento de luta e de prova que se desagrega no momento da morte; o outro permanente, corpo fluídico que lhe é inseparável e que progride e se depura com ela.
V. __ A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento. Não há felicidade, nem mal eternos. A recompensa ou o castigo consistem na extensão ou no encurtamento das nossas faculdades, do nosso campo de percepção, resultante do bem ou mau uso que havermos feito do nosso livre arbítrio, e das aspirações ou tenências que tivermos em nós desenvolvidos. Livre e responsável, a alma traz em si a lei dos seus destinos; preparam no presente as alegrias ou as dores do futuro. A vida atual é a conseqüência, a herança das nossas vidas precedentes e a condição das que se lhe devem seguir.
O Espírito esclarece, se engrandece em potências intelectuais e morais, à medida do trajeto efetuado e da impulsão dada a seus atos para o bem e para a verdade.
VI. __ Uma estreita solidariedade une todos os Espíritos, idênticos na sua origem e nos seus fins, diferentes somente por sua situação transitória, uns no estado livre, no espaço, outros, revestidos dum invólucro perecível, mas passando alternadamente de um estado a outro, não sendo a morte mais que uma fase de repouso entre duas existências terrestres. Gerados por Deus, seu pai comum, todos os espíritos são irmãos e formam uma imensa família. Uma comunhão perpétua e de constantes relações liga os mortos aos vivos.
VII. __ Os Espíritos se classificam no espaço em virtude da densidade do seu corpo fluídico correlativa ao seu grau de adiantamento e de depuração. Sua situação é determinada pelas leis exatas; essas leis exercem no domínio moral uma ação análoga à que as leis de atração e de gravidade executam na ordem material. Os Espíritos culpados e maus são envolvidos em espessa atmosfera fluídica, que os arrasta para mundos inferiores, onde devem encarnar para se despojarem das suas imperfeições. A alma virtuosa, revestida dum corpo sutil, etéreo, participa das sensações da vida espiritual e eleva-se para mundos felizes onde a matéria tem menos império, onde reinam a harmonia e a bem-aventurança. A alma, na sua vida superior e perfeita, colabora com Deus, coopera na formação dos mundos, dirige suas evoluções, vela pelo progresso das humanidades, pela execução das leis eternas.
VIII. __ O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. O mal não tem vida própria; é apenas um efeito de contraste. O mal é o estado de inferioridade, a situação transitória por onde passam todos os seres na sua missão para um estado melhor.
IX. __ Como a educação da alma é o objetivo da vida, importa resumir os seus preceitos em palavras:
Comprimir necessidades grosseiras, os apetites materiais; aumentar tudo quanto for intelectual e elevado; lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos; iniciar seus semelhantes nos esplendores do Verdadeiro e do Belo; amar a verdade, a benevolência, tal é o segredo da felicidade no futuro, tal é o Dever! (*) (8)
* Transcrito da Obra de Leon Denis, “Depois da Morte”.
Síntese dos Princípios Doutrinários do Espiritismo
O Universo inteiro, no mínimo e no máximo, esta sujeita a uma evolução constante e progressiva.
Há evolução para o Princípio material; há evolução para o princípio psíquico.
A base da evolução, a Alma é um simples elemento de vida, uma inteligência em germe. É a força difusa que associa e mantém as moléculas minerais numa forma definida.
No cimo da evolução, a Alma é um princípio vivo, consciente e livre, guardando apenas, da sua associação à matéria, o mínimo orgânico necessário à conservação da sua individualidade.
No curso da sua evolução progressiva, a Alma passa por organismos cada vez mais aperfeiçoados, numa série imensa de encarnações e desencarnações.
A memória de estados precedentes fica mais ou menos latente, durante cada encarnação, para reaparecer após a morte, tanto mais extenso quanto mais evoluído for o indivíduo.
A Alma conserva intacta a sua individualidade, mercê da sua união indissolúvel com o organismo fluídico, chamado CORPO ASTRAL ou PERISPÍRITO, que evolui com ela.
O PERÍSPIRITO é o Princípio intermediário entre a matéria e o Espírito, cuja finalidade é tríplice:
Manter indestrutível e intacta a individualidade;
Servir de substrato ao corpo físico, durante a encarnação;
Constituir o laço de união entre o Espírito e o corpo físico, para a transmissão recíproca das sensações de um e das ordens do outro.
Na morte natural, o Espírito abandona o corpo por este lhe ser inútil à sua evolução.
No nascimento, o Espírito toma posse de um organismo novo para dar continuidade ao se progresso.
Durante as fazes da vida espiritual, o Espírito pode manifestar-se, em certas condições, cujo estudo é objeto do Espiritismo experimental.
Dr. Gustavo Geley
Médico e antigo Diretor do Instituto Metapsíquico de Paris.
EXERCÍCIOS:
1º. Quem anunciou a vinda do Consolador prometido?
2º. Como foi feita anunciação da vinda do Consolador prometido?
3º. Quem é o Consolador prometido por Jesus?
4º. Descreva o que entendeste como Consolador prometido?
5º. Em sua opinião o que é o Advento do Espírito de Verdade?
6º. Cite os trechos do Evangelho, em que Jesus , fala do Consolador Prometido.
7º. Descreva o que é o Dia de Pentecostes. Aconteceu alguma coisa no plano espiritual neste dia?
8º. Quando foi publicado o Livro dos Espíritos?
9º. Do que trata o Evangelho Segundo O Espiritismo?
10º. Descreva o nome das obras da codificação?
11º. Como você entende o Tríplice aspecto da Doutrina Espírita?
12º. De a sua opinião sobre o seu entendimento da origem e natureza dos Espíritos?
13º. Defina o que entendes por Espiritismo.
BIBLIOGRAFIA:
1º. AUTOR: Allan Kardec - Tradução Guillon Ribeiro - Livro- O Evangelho Segundo O
Espiritismo - Pág.134 a 138. - Cap. VI. Nº s: 3, 4, 5, 6, 7, 8. - 86º Edição -1982 -
Federação Espírita Brasileira- Rio de Janeiro RJ.
2º. AUTOR: Allan Kardec - Tradução Guillon Ribeiro - Livro A Gênese - Pág.385 a 389 -
Cap. XVII - nº s- 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42 - Cap. I - nº 30. - 21º Edição - 1979 -
Federação Espírita Brasileira - Rio de Janeiro - RJ.
3º. AUTORES: Diversos - Livro - Curso Preparatório de Espiritismo - Cap. 20 - Pág. 107 e
108, Cap. 3 - Pág. 22 a 24 - 10 º Edição -Janeiro 1998 - Livraria e Editora
Humberto de Campos - FEESP - São Paulo. SP.
4º. AUTORES: Diversos- Livro - Curso Básico de Espiritismo 1º ano- Cap. 1 - Pág. 19 a
25 - Cap.6 - pág. 68 a 70 - Cap. 4 - Pág. 47, 48 - 4º Edição 1992 - Livraria e Editora Humberto de Campos - FEESP - São Paulo - SP.
5º. AUTORES: Diversos - Livro - Curso Básico de Espiritismo 2º ano- Cap.17- Pág. 127 à
129 - 2º Edição – 1992. - Livraria e Editora Humberto de Campos - FEESP-
São Paulo-SP.
6º. AUTORES: Diversos – Livro Espiritismo Para Iniciantes - Cap. 3 - pág. 29 a 36 - 3º Edição 1993 - FACE - Grupo Espírita Bezerra de Menezes - São José do Rio Preto-SP.
7º. AUTOR: Allan Kardec - Tradução José Herculano Pires - Livro dos Espíritos - Introdução nº VI- Pág. XXII a XXVII – LAKE - Livraria Editora Allan Kardec 54º Edição – 1994 - São Paulo. SP.
8º. AUTOR: Léon Denis - Livro- Fragmentos de Obras - SER, DESTINO, DOR – Pág. 169 a 172 - 4º Edição – 1977 – EDICEL - Editora Cultural Espírita Ltda. - São Paulo. SP.
9º. AUTOR: Antonio J Freire - Livro - Ciência e Espiritismo - Pág. 25 - 2º Edição -
F. E. B. - Rio de Janeiro. RJ.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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