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quinta-feira, 14 de abril de 2011

FRAGMENTOS DE FILOSOFIA ESPÍRITA.

            Para esclarecer, ajudar o estudo e a compreensão da filosofia dos Espíritos encontramos este resumo no livro Fragmentos de Obras de Leon Denis, Ser, Destino e Dor, 4º edição, 1977, da Editora Edicel, São Paulo, SP, nas páginas 169 a 172.

I. - Uma inteligência divina rege os mundos. Nela identifica-se a Lei, lei imanente, eterna, reguladora, à qual seres e coisas estão submetidos.

II. - Assim como o homem, sob seu invólucro material, continuamente renovado, conserva sua identidade espiritual, esse eu indestrutível, essa consciência em que se reconhece e se possui, assim também o Universo, sob suas aparências mutáveis, se possui e se reflete numa unidade central que é o seu Eu. O eu do Universo é Deus, lei viva, unidade suprema onde confiam e se harmonizam todas as relações, foco imenso de luz e de perfeição donde irradiam e se expandem, por todas as Humanidades, Justiça, Sabedoria, Amor!

III. - No Universo, tudo evolve e tende para um estado superior. Tudo se transforma e se aperfeiçoa. Do seio doas abismos à vida se eleva a princípio confusa, indecisa, animando formas inumeráveis cada vez mais perfeitas, depois se desabrocha no ser humano, adquire então consciência, razão, vontade, e constitui a alma ou Espírito.

IV. - A alma é imortal. Coroamento e síntese das potências inferiores da Natureza, ela contém em gérmen todas as faculdades superiores está destinada a desenvolvê-las pelos seus trabalhos e esforços, encarnando em mundos materiais, e tende a elevar-se, através de vidas sucessivas, de degrau em degrau, para a perfeição.
            A alma tem dois invólucros: um, temporário, o corpo terrestre, instrumento de luta e de prova que se desagrega no momento da morte; o outro permanente, corpo fluídico que lhe é inseparável e que progride e se depura com ela.

V. - A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento. Não há felicidade, nem mal eternos. A recompensa ou o castigo consistem na e extensão ou no encurtamento das nossas faculdades, do nosso campo de percepção, resultante do bom o do mau uso que houvermos feito do nosso livre arbítrio, e das aspirações ou tendências que tivermos nós desenvolvidos. Livre e responsável, a alma traz em si a lei dos seus destinos; prepara no presente as alegrias ou as dores do futuro. A vida atual é a conseqüência, a herança das nossas vidas precedentes e a condição das que se lhe devem seguir.
            O Espírito se esclarece se engrandece em potências intelectuais e morais, à medida do trajeto efetuado e da impulsão dada a seus atos para o bem e para a verdade.



VI. - Uma estreita solidariedade une todos os Espíritos, idênticos na sua origem e nos seus fins, diferentes somente por sua situação transitória, uns no estado livre, no espaço, outros, revestidos de um invólucro perecível, mas passando alternadamente dum estado a outro, não sendo a morte mais que uma fase de repouso entre duas existências terrestres. Gerados por Deus, seu pai comum, todos os Espíritos são irmãos e formam uma imensa família. Uma comunhão perpétua e de constantes relações liga os mortos aos vivos.

VII. - Os Espíritos se classificam no espaço em virtude da densidade do seu corpo fluídico correlativa ao seu grau de adiantamento e de depuração. Sua situação é determinada por leis exatas; essas leis exercem no domínio moral uma ação análoga à que as leis de atração e de gravidade executam na ordem material. Os Espíritos culpados e maus são envolvidos em espessa atmosfera fluídica, que os arrasta para mundos inferiores, onde devem encarnar para se despojarem das suas imperfeições. A alma virtuosa, revestida dum corpo sutil, etéreo, participa das sensações da vida espiritual e eleva-se para mundos felizes onde a matéria tem menos império, onde reinam a harmonia e a bem-aventurança. A alma, na sua vida superior e perfeita, colaborou com Deus, coopera na formação dos mundos, dirige suas evoluções, vela pelo progresso das Humanidades, pela execução das leis eternas.

VIII. - O bem é a lei suprema do universo e o alvo da elevação dos seres. O mal não tem vida própria; é apenas um efeito de contraste. O mal é o estado de inferioridade, a situação transitória por onde passam todos os seres na sua missão para um estado melhor.

IX. - Como a educação da alma é o objetivo da vida, importa resumir os seus preceitos em palavras:
            Comprimir necessidades grosseiras, os apetites materiais; aumentar tudo quanto for intelectual e elevado; lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos; iniciar seus semelhantes nos esplendores do Verdadeiro e do Belo; amar a verdade, a benevolência, tal é o segredo da felicidade no futuro, tal é o Dever!
Do livro “Depois da Morte” Léon Denís, Edição FEB.

                                                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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