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segunda-feira, 4 de abril de 2011

- DEUS - PARTE IV.

                                                          - DEUS - PARTE IV.

                                   COMO VOCÊ SENTE A PRESENÇA DE DEUS?

            EMMANUEL, há muito tempo, já me ensinou que cada um de nós tem o direito de crer ou não crer nisso ou naquilo”.
                                                                                                          Chico Xavier.

            Se reuníssemos um número de pessoas com os mesmos princípios cristãos em torno de um único assunto: - “Como você sente a presença de Deus”?
            Ouviríamos um número de respostas diferentes, tanto quanto a quantidade de participantes presentes no grupo.
            Estas respostas teriam uma variação muito grande, pois, as pessoas presentes responderiam conforme o ensinamento religioso que seus pais ofereceram através do ensino familiar, ou pela crença que professam no exato momento desta reflexão.
            Amalgamaram seus sentimentos de Deus da forma que lhes foi e vem sendo ensinado a si e os seus familiares desde os tempos mais remotos pelos seus antepassados.
            Se perguntássemos a alguns deles: - “Porque credes em Deus”?
            As respostas seriam dos mais variados tipos e muitas seriam as razões expostas neste diálogo. Mas qual seria a verdadeira razão de credes em Deus? Qual a essência de praticarem essa crença em Deus? Que nem ao menos conheceram esse Deus a que se reportam?
            Neste caso, ficamos a sós a frente de nós mesmos. As formas são variáveis, mas o fundo, a essência dessa crença é única para todas as religiões. Aquela que não professar essa verdade estará saindo do rumo dos seus objetivos que é a evolução do homem, embasada na sua transformação ética e moral pelo raciocínio lógico de cada um, através de suas escolhas.
            O que nos leva a crer em Deus?
            Eis ai nós todos, diante de uma situação embaraçosa de cada ser. Se pensarmos racionalmente encontraremos como fator principal o “medo”.
            Por que o medo?
            Pois, tememos a tudo e a todos. Temos medo da fome, da sede, do acidente físico, do erro, da crítica, da pobreza, da morte, de não sermos amados, da dor, da doença, da velhice, da inferioridade material diante daqueles que parecem possuir mais do que nós, temos medo de perder nossas vaidades, de nos obrigarmos a ser menos egoístas, de desvencilharmos do nosso orgulho, se temos alguma responsabilidade de dirigir ou coordenar pessoas advindas pelas conquistas pessoais, que muitos usam como sinônimo de poder, de ser maior ou mais importante diante dos outros, tememos perder essa condição pessoal.
            Na realidade queremos um Deus, único, mas, só para nós, que seja nosso servo e fiel escudeiro, a disposição vinte e quatro horas do dia para nos servir, e, aí dele se não fizer e não favorecer os nossos desejos e as nossas intenções. Correrá Ele o risco de deixarmos de crer n’Ele. Que infelicidade nossa com essa maneira de pensar.
            A todos quantos pensam dessa maneira acreditando que o seu Deus vai digladiar-se com o Deus do seu opositor, enganam-se. Desconhecem ou esquecem que Deus é Pai, e Ele é imparcial, não toma partidos de mesquinhas disputas levadas a cabo por filhos corruptos e corruptores que sofrem efeitos vindos de aflições e causas de eras passadas ou ainda dessa mesma existência.
            Pois, as causas são as suas irresponsabilidades para consigo mesmo ou para com outros seres com os quais convivem. Elas os deixam expostos a conseqüências infelizes e dolorosas, com tempo indeterminado para findar, duradouras até que se cumpra a prova ou expiação proveniente do desequilíbrio e do desajuste que causou a si e a terceiros.   
            Nessa fase da vida conforme o acontecimento dos fatos recorrem imediatamente a Deus, implorando socorro, atenção e até milagres para encontrarem uma solução para os seus problemas.
            Aquele que mais lhe chocam são a dita perda de entes queridos, a morte, que nada mais é que o encerramento de um ciclo de vida, em muitos casos é a libertação de uma alma muitas vezes aprisionado ao um corpo enfermo.
            Oh, Deus tenha compaixão de nós. Elevamos esses lamentos se auto penitenciando para tentarmos comove-Lo de nossos sofrimentos, principalmente se forem enfermidades próprias e de entes queridos muito próximos a nós.
            Nesse momento lembramo-nos daquele Deus esquecido quando tínhamos as horas risonhas da vida, das alegrias passageiras que nos criaram doces ilusões de eternidade, de fartura material que nos possibilitava a desprezar o supérfluos para alimentar os cães, enquanto muitos seres nossos iguais mendigavam não só um pequeno alimento, mas um sorriso, um cumprimento digno, alguns minutos de tempo de nosso desesperado modo de viver que nos faz esquecer que se vive vinte e quatros horas por dia, sessenta minutos por hora, e sessenta segundo por minuto, que a correria insana nos levará aos consultórios de médicos abnegados servos de Deus com intuito de alcançar o pronto restabelecimento do equilíbrio psiquico-físico-espiritual.
            Chegamos muitas vezes a bradar a Deus, a onde estas, que não me vez, não me escuta, sou seu filho, creio em Ti, freqüentava os cultos religiosos, e hoje me deixaste nessa situação.
            Triste inverdade de nossa parte ao pensarmos assim, Ele, o Deus da Vida, sempre esteve presente junto a nós, é que o nosso modo de vida cheio de vaidade, egoísmo e orgulho nos cegou para a realidade verdadeira.
            Nessa situação somos o Fariseu do terceiro milênio, que não descemos do pedestal do orgulho e da vaidade para conversarmos com Deus, e até silenciarmos para ouvi-Lo. Ao invés disso, deveríamos ser como o Samaritano que de joelhos, expressava a sua culpabilidade, pedindo ao Pai resignadamente que se faça cumprir a Lei da sua justiça, oferecendo a ele os efeitos adquiridos pelo merecimento dos erros praticados no passado.
            Mas, pede para que Deus na sua infinita bondade seja complacente para com ele, oferecendo novas oportunidades de se redimir e lhes dando forças suficiente para suportar suas dores, suas expiações, suas provas e seus sofrimentos conquistados pela sua insanidade.
            Nesses dois casos nos defrontamos com exemplos vivos que encontramos no dia a dia de nossa existência, o primeiro expõem a fragilidade do orgulho de sentir-se superior e injustiçado, o segundo a força da humildade aceitando a si próprio, o lugar em que se está devido à própria inferioridade evolutiva, mas desejoso de vencer suas mazelas e suas dores.
            Mas, com essas experiências vividas e vivenciadas, esses efeitos nos são oferecidos como aprendizados, sendo resultados das causas anteriormente praticadas.
            Nesta hora devemos refletir de que maneira podemos modificar essas situações indesejadas, mas, que são de nossa inteira responsabilidade.
            Questionamo-nos a nós mesmos, o que devemos fazer?
            Surge intuitivamente a idéia de que devemos mudar nossa forma de viver, mudando nossa maneira de pensar, de agir, devemos mudar nossos hábitos enraizados em nós há muito tempo, muitos deles se tornaram vícios, outros processos auto obsessivos, nos cegado para a luz da verdade.
            Pensamos sair em busca desse Deus tão aclamado, dito com protetor e desejado por todos os seu seguidores. Mas como encontrá-Lo?
            Mas como nós poderemos chegar até Ele?
            A primeira maneira é nos ligarmos a Ele, elevando os nossos pensamentos e os nossos corações em prece de gratidão e de reconhecimento pela magnânima bondade, pela sua inteligência suprema expressa pela Natureza que está em torno de nós diuturnamente, pelo equilíbrio e organização constante do Universo, que só é maculada pela interferência do homem, tentando fazer-se Deus.
            Esse ato de elevarmos o pensamento até Ele nos oferece uma paz de espírito, nos dá uma força superior que nos revigora os ânimos psíquico, mentais e espirituais. Isso somado as energias vitais que chegam até nós pelo ar, pela água, pelos alimentos e pelo descanso reparador das noites que completam os nossos dias.
            Nessa hora o nosso espírito desprende-se do nosso corpo e vai encontrar-se com os seus queridos que vivem saudosos nos nossos corações. Ou somos levados aos lugares que freqüentaremos para aprender, para auxiliar, seres encarnados e desencarnados que estão necessitados.
            Também poderão nos conduzir para os lugares em que espíritos, nossos irmãos, responsáveis por erros e desenganos do passado expiam suas provas e expiações, como os hospitais do espaço, o umbral, o vale dos suicidas e dos desesperados, para aprendermos que se faz necessário a nossa mudança de pensamentos, hábitos e costumes que depõem contra nós mesmos.
            Ao acordarmos falamos vivi um pesadelo essa noite passada. Na realidade foi o nosso espírito que viveu momentos dolorosos e temerosos, que se lembrados ao acordarmos devemos humildemente rogar a Deus amparo a esses seres enfermos que estão nesses lugares. Pedindo que as nossas preces possibilitem a eles momento de arrependimento e que estejam desejosos da recuperação espiritual. Sendo auxiliados pelos seus anjos de guardas, pelos familiares que os antecederam na erraticidade e equipes espirituais socorristas.
            Desse modo, eles possam ser conduzidos a tratamentos espirituais e depois, prepararem-se para novas encarnações.
            Eis aí a oportunidade de encontrarmos forças para modificarmos o dia a dia de nossas vidas, lembremos sempre o que nos disse Jesus: “Fora da caridade não há salvação”.
            Essa palavra “caridade” tão divulgada em todos os credos Cristãos podemos deduzi-la como sinônimo de “virtude”, ou seja, desprendimento do egoísmo e do interesse materialista que nos escraviza e nos torna orgulhoso, incentiva-nos a termos vontade de errarmos menos sem causarmos prejuízos pessoais ou a terceiros.
            Caridade é um ato de amor, ou seja, doar-se incondicionalmente em favor de uma pessoa sem qualquer interesse ou identificação, simplesmente pelo ato de amar, sem esperar qualquer reconhecimento pessoal.
            No trajeto que teremos a cumprir, a cada ato de amor que praticarmos indiferente aquém quer que seja nos tornando anônimos diante dos homens, estaremos iluminando o nosso caminho e diminuído o peso das dores e dos dissabores que carregamos para cumprirmos as expiações e provas de nossas vidas, com ela andaremos confiantes e resignadamente conquistaremos a vitória sobre nós mesmos.
            Aqui vamos lembrar o Apóstolo Paulo, quando visitou o Templo e lhe foi apresentados os altares dos deuses idolatrados pelo povo, todos tinham nome e imagem. Ao chegar à frente de um altar sem nenhuma imagem, apenas uma inscrição ao Deus desconhecido.
            Paulo, ao ver este altar parou em frente e falou ao seu anfitrião: - “Esse aquém chamais de Deus desconhecido, é o verdadeiro Deus. Pois, não o conhecemos, mas, podemos senti-Lo.
            E nós nesse momento devemos esquecer as imagens que certas mentes criaram tentando supor ser a Imagem de Deus, e lembramos-nos do Deus que nos é desconhecido até o dia em que alcançaremos a evolução máxima, nos tornando seres Superiores e merecedores de vermos a Deus. Até que isso ocorra se faz necessário sentir a presença de Deus através do nosso coração com os olhos espirituais praticando a caridade a todo o nosso próximo.
            Devemos sentir Deus no Homem, nos animais, nas plantas e na Natureza de forma que possamos reconhecê-Lo quando houver uma necessidade de senti-Lo.
            Neste momento devemos nos questionar: - Como sinto a presença de Deus?
            Desejo-lhes: amor, caridade, fé, felicidade, paz, e saúde orgânica e espiritual para todos.
                                                                                  Dr. Humberto.

            Deus é a justiça suprema, portanto, nós devemos a nós mesmos a conseqüência dos nossos desajustes”.                                                                             Chico Xavier.

                                                                           RHEDAM.(rhedam@gmail.com)

2 comentários:

  1. Muito apropriada essa postagem. Textos que trazem os pensamentos de Chico Xavier, são sempre profundos e esclarecedores. Só e espiritismo responde a todas as nossas indagações. Parabéns!

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  2. Parabéns pelo seu belo Blog, excelentes textos. já estou lhe seguindo e voltarei mais vezes.
    beijos
    Mara Bombo

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