DIA: 00.00.00. 06º. AULA. ORAÇÕES E PRECES.
“É através da oração, a Bênção Divina te fará perceber onde guardas também contigo a brecha triste do lado fraco.“
EMMANUEL
A PRECE
A Prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil, muitas vezes fecunda. É, por excelência, o refúgio dos aflitos, dos corações magoados.
Nas horas de acabrunhamento, de pesar íntimo e de desespero, quem não achou na prece à calma, o reconforto e o alivio de seus males? Um diálogo misterioso se estabelece entre alma sofredora e potência evocada. A alma expõe suas angústias, seus desânimos: implora socorro, apoio, indulgência, uma voz secreta responde; é a voz dÁquele donde dimana toda a força para as lutas deste mundo, todo o bálsamo para as nossas feridas, toda a luz para as nossas incertezas. E essa voz consola, reanima, persuade; traz-nos a coragem, a submissão, a resignação estóica. E então nos erguemos menos tristes, menos atormentados; um raio de sol divino luziu em nossa alma, fez despontar nela a esperança.
Há homens que desdenham a prece, que a acham banal e ridícula. Esses jamais oraram, ou talvez nunca tenham sabido orar. Ah! sem dúvida, se só se trata de padre-nossos proferidos sem convicção, de responsos tão vãos quanto intermináveis, de todas essas orações classificadas e numeradas, que os lábios balbuciam, mas nas quais o coração não toma parte, pode-se compreender tais críticas; porém nisso não consiste a prece. A prece é uma elevação acima de todas as coisas terrestre, um ardente apelo às potências superiores, um impulso, um vôo para as regiões que não são perturbadas pelos murmúrios, pelas agitações do mundo material e onde o ser bebe as inspirações que lhe são necessárias. Quanto maior for o seu alcance, tanto mais sincero é seu apelo, tanto mais distintas e esclarecidas se revelam as harmonias, as vozes, as belezas dos mundos superiores. É como uma janela que se abre para o Invisível, para o Infinito, e pela qual ela percebe mil impressões consoladoras e sublimes. Impregna-se, embriaga-se e retempera-se nessas impressões, como num bando fluídico e regenerador.
Nos colóquios da alma com a Potência suprema a linguagem não deve ser preparada ou organizada com antecedência; sobretudo não deve ser fórmula, cujo tamanho é proporcional ao seu importe monetário, pois isso seriam uma profanação e quase um sacrilégio. A linguagem da prece deve variar, segundo as necessidades, segundo o estado do espírito humano. É um grito, um lamento, uma efusão, um cântico de amor, um manifesto de adoração, ou um exame de seus atos, um inventário moral que se faz sob a vista de Deus, ou ainda um simples pensamento, uma lembrança, um olhar erguido para o céu.
Não há horas para prece. Sem dúvida, é conveniente elevar-se o coração a Deus no começo e no fim do dia. Mas, se vos sentirdes indispostos, não ore; é melhor não fazer nenhuma prece do que orar somente pelos lábios.
Em compensação, quando sentirdes vossa alma enternecida, agitada por um sentimento profundo, pelo espetáculo do infinito, deveis fazer a prece, mesmo que seja à beira dos oceanos, sob a claridade do dia, ou debaixo da cúpula brilhante das noites; no meio dos campos e dos bosques sombreados, no silêncio das florestas, pouco importa; é grande e boa toda causa que, produzindo lágrimas em nossos olhos ou dobrando os nossos joelhos, faz também irromper do nosso coração um hino de amor, um brado de admiração para com a Potência eterna que guia os nossos passos por entre os abismos.
Seria um erro julgar que tudo podemos obter pela prece, que sua eficácia é assaz grande para desviar as provações inerentes à vida. A lei de imutável justiça não se curva aos nossos caprichos. Os males que desejaríamos afastar de nós são muitas vezes a condição necessária do nosso progresso. Se fossem suprimidos, o efeito disso seria tornar estéril a nossa vida. De outro modo, como poderia Deus atender a todos os desejos que os homens exprimem nas suas preces? À maior parte destes seria incapaz de discernir o que convém, o que é proveitoso. Alguns pedem a fortuna, ignorando que esta, dando um vasto campo para as suas paixões, seria uma desgraça para eles.
Na prece que diariamente dirige ao Eterno, o sábio não pede que o seu destino seja feliz; não deseja qual a dor, as decepções, os reveses lhe sejam afastados. Não! o que ele implora é o conhecimento da lei para poder melhor cumpri-la; o que ele solicita é o auxílio do Altíssimo, o socorro dos Espíritos benévolos, a fim de suportar dignamente os maus dias. E os bons Espíritos respondem ao seu apelo. Não procuram desviar o curso da justiça ou entravar a execução dos decretos divinos. Sensíveis aos sofrimentos humanos, que conheceram e suportaram, eles trazem a seus irmãos da Terra a inspiração que os sustém contra as influências materiais; favorecem esses nobres e salutares pensamentos, esses impulsos do coração que, levando-os para altas regiões, os libertam das tentações e das armadilhas da carne. A prece do sábio, feita com recolhimento profundo, isolada de toda a preocupação egoísta, desperta essa intuição do dever, esse superior sentimento do verdadeiro, do bem e do justo, que o guiam através das dificuldades da existência e o mantém em comunicação íntima com a grande harmonia universal.
Mas, a potência soberana não só representa a justiça; é também a bondade, imensa, infinita e caritativa. Ora, por que não obteríamos por nossas preces tudo o que a bondade pode conciliar com a justiça? Podemos pedir apoio e socorro nas ocasiões da angústia, mas somente Deus pode saber o que é mais conveniente para nós e, na falta daquilo que lhe pedimos, nos enviara proteção fluídica e resignação.
Logo que uma pedra fende as águas, vêem-se as superfícies destas vibrar em ondulações concêntricas. Assim também o fluído universal vibra pelas nossas preces e pelos nossos pensamentos, com a diferença de que a vibração das águas é limitada, enquanto que a do fluído universal se sucede ao infinito. Todos os seres, todos os mundos estão banhados nesse elemento, assim como nós o estamos na atmosfera terrestre. Dai resulta que o nosso pensamento, quando é atuado por grande força de impulsão, por sua vontade perseverante, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica se estabelece entre umas as outras e permite que os Espíritos elevados nos influenciem e respondam aos nossos chamados, mesmo que estejam nas profundezas do espaço.
Também sucede o mesmo com todas as almas sofredoras. A prece opera nelas qual magnetização à distância. Penetra através dos fluidos espessos e sombrios que envolvem os espíritos infelizes; atenua suas magoas e tristezas. É a flecha luminosa, a flecha de ouro rasgando as trevas. É a vibração harmônica que dilata e rejubila a alma oprimida. Quanta consolação para esses Espíritos ao sentirem que não estão abandonados, quando vêem seres humanos se interessando ainda por sua sorte! Sons, alternativamente poderosos e ternos, se elevam como um cântico na extensão e repercutem com tanto maior intensidade quanto mais amorosa for à alma donde emanam. Chegam até eles, comovem-nos e penetram profundamente. Essa voz longínqua e amiga lhes dá a paz, a esperança e a coragem. Se pudéssemos avaliar o efeito produzido por uma prece ardente, por uma vontade generosa e enérgica sobre os desgraçados, os nossos votos seriam muitas vezes a favor dos deserdados, dos abandonados do espaço, desses em quem ninguém pensa e que estão mergulhados em sombrio desânimo.
Orar pelos Espíritos infelizes, orar com compaixão, com amor, é uma das formas mais eficazes de caridade. Todos podem exercê-las, todos podem facilitar o desprendimento das almas, abreviarem o tempo de perturbação por que eles passam depois da morte, atuando por um impulso caloroso do pensamento, por uma lembrança benévola e afetuosa. A prece facilita a desagregação corporal, ajuda o Espírito a libertar-se dos fluídos grosseiros que o ligam à matéria. Sob a influência das ondulações magnéticas projetadas por uma vontade poderosa, o torpor cessa, o Espírito se reconhece e se assenhoreia a si próprio.
A prece por outrem, pelos nossos parentes, pelos infortunados e enfermos, quando feita com sentimentos sinceros e fé ardente, pode também produzir efeitos salutares. mesmo quando as leis do destino lhes são um obstáculo, quando a provação deve ser cumprida até o fim, a prece não é inútil. Os fluídos benéficos que traz em si acumulam para, no momento da morte, recair sobre o perispírito do ser amado.
“Reuni-vos para orar”, disse o apóstolo Paulo. A prece feita em comum é um feixe de vontades, de pensamentos, raios, harmonias e perfumes, que se dirige mais poderosamente ao seu alvo. Pode adquirir uma força irresistível, uma força capaz de agitar, de abalar as massas fluídicas. Que alavanca poderosa para a alma entusiasta, que dá ao seu impulso tudo quanto há de grandioso, de puro e de elevado em si! Nesse estado, seus pensamentos irrompem como corrente impetuosos, de abundantes e potentes eflúvios. Tem-se visto, algumas vezes, a alma em prece, desprender-se do corpo e inebriada pelo êxtase, seguir o pensamento fervoroso que se projetou como seu precursor sobre o infinito. O homem traz em si um motor, incomparável, de que apenas sabe tirar medíocre proveito. Entretanto, para fazê-lo agir bastam duas coisas: a fé e a vontade.
Considerada sob tais aspectos, a prece perde todo o caráter místico. O seu alvo não é mais a obtenção de uma graça, de um favor, mas sim a elevação da alma e as relações desta com as potências superiores, fluídicas e morais. A prece é o pensamento inclinado para o bem, são o fio luminoso que liga os mundos obscuros aos mundos divinos, os Espíritos encarnados às almas livres e radiantes. Desdenhá-la seria desprezar a única força que nos arranca ao conflito das paixões e dos interesses, que nos transporta acima das coisas transitórias e nos une ao que é fixo permanente e imutável no Universo.
Em vez de repelirmos a prece, por causa dos abusos ridículos e odiosos de que foi objeto, não será melhor nos utilizarmos dela com critério e medida? É com recolhimento e sinceridade, é com sentimento que se deve orar. Evitemos as fórmulas banais usadas em certos meios. Nessas espécies de exercícios espirituais, apenas a nossa boca se move, pois a alma se conserva muda. No fim de cada dia, antes de nos entregarmos ao repouso, perscrutemos a nós mesmos, examinemos cuidadosamente as nossas ações. Saibamos condenar o que foi mau, a fim de o evitarmos, e louvemos o que melhor foi feito de bom e útil. Solicitemos a Sabedoria Suprema que nos ajude a realizar em nós e ao nosso redor a beleza moral e perfeita. Longe das coisas mundanas, elevemos os nossos pensamentos. Que nossa alma se eleve alegre e amorosa para o Eterno. Ela descerá então dessas alturas com tesouros de paciência e de coragem, que tornarão fácil o cumprimento dos seus deveres e da sua tarefa de aperfeiçoamento.
E se, em nossa incapacidade para exprimir os sentimentos, é absolutamente necessário um texto, uma fórmula, digamos:
“Meu Deus, vós que sois grandes, que sois tudo, deixai cair sobre mim, humilde, sobre mim que não existo senão pela vossa vontade, um raio de divina luz. Fazei que, penetrado do vosso amor, me seja fácil fazer o bem o que eu tenha aversão do mal; que animado pelo desejo de vos agradar, meu espírito vença os obstáculos que se opõem à vitória da verdade sobre o erro da fraternidade sobre o egoísmo; fazei que, em cada companheiro de provações, eu veja um irmão, assim como vedes um filho em cada um dos seres que de vós emanam e para vós devem voltar. Dai-me o amor do trabalho, que é o dever de todos sobre a Terra, e, com auxilio do archote que colocaste ao meu alcance, esclarecei-me sobre as imperfeições que retardam meu adiantamento nesta vida e na vindoura.“
Unamos nossas vozes às do infinito. Tudo ora, tudo celebra a alegria de viver, desde o átomo que se agita na Lua até o Astro imenso que flutua no éter. A adoração dos seres forma um concerto prodigioso que se expande no espaço e sobe a Deus. É a saudação dos filhos ao Pai, é a homenagem prestada pelas criaturas ao Criador. Interrogai a Natureza no esplendor dos dias de sol, na calma das noites estreladas. Escutem as grandes vozes dos oceanos, os murmúrios que se elevam no seio dos desertos e da profundeza dos bosques, os acentos misteriosos que desprendem da folhagem repercutem nos desfiladeiros solitários, sobem as planícies, os vales, franqueiam as alturas e espalham-se pelo Universo. Por toda parte, em todos os lugares, considerando, ouvireis o cântico admirável que a Terra dirige à grande Alma. Mais solene ainda é a prece dos mundos, o canto suave e profundo que faz vibrar a imensidade e cuja significação sublime somente os Espíritos elevados podem compreender. (“Depois da Morte - Leon Denis- FEB). (6)
VALOR DA ORAÇÃO (PRECE)
“... Orai a Deus, é pensar nele; é aproximar-se dele,...“ (1) (*)
“A prece “É um dos recursos eficientes que eleva e reorganiza a harmonia” cosmo psíquica” dos homens, pois abranda as manifestações animais instintivas, afasta os pensamentos opressivos, dissipa a melancolia, suaviza a angústia e alivia o sofrimento da alma.” (2) (*)
O homem tem como destino a angilitude, e quando ora, religa-se a Deus, despertando as forças sublimes do seu Espírito. Entretanto dependem do grau espiritual e das intenções, a liberação e o aproveitamento dessa Energia Divina.
Alguns Espíritos evoluídos purificaram-se pelo exercício da prece, outros através do sofrimento e, da resignação.
A prece também “educa” o nosso Espírito para a compreensão dos ensinamentos de Jesus, conseqüentemente prepara-nos para o desencarne, que um dia certamente ocorrerá. (*)
EFICIÊNCIA DA PRECE
“Nem uma folha cai da árvore se Deus não o permitir.” Ele conhece nossas dificuldades, mas precisamos tornar receptivos as suas bênçãos. É através dos nossos atos que mostramos o nosso esforço para evoluir. Quando oramos, colocamos as nossas dificuldades e a disposição de melhorarmos a nossa conduta. Então devemos colaborar, com muito estudo e trabalho, praticando o Evangelho. “Ajuda-te e o céu te ajudará.” (*)
Mas precisamos estar atentos e entender o auxílio de Deus. Pois nem sempre o que pedimos é o melhor para nós. E a resposta também vem por diversos caminhos. (*)
Muitas vezes, a resposta às nossas preces vem em forma de intuição. Assim, através do nosso próprio esforço conseguiremos resolver os nossos problemas. (1) (*)
O QUE SÃO AS PRECES.
A prece é um canal divino, no momento em que oramos nos aproximamos de Deus ”... favorecendo o amparo de benfeitores espirituais, que em nome de Deus, nos sustentam e inspiram a caminhada.” (3)
Emitimos vibrações que são captadas por espíritos afins, e estes sintonizam com o nosso padrão mental. Mas devemos lembrar que as boas ações são as melhores preces. (*)
“Nenhum homem jamais orou sem aprender alguma coisa.”
Emerson
A QUE SE DESTINAM.
Todas as preces são para Deus, sejam diretamente dirigidas a ele, ou aos Bons Espíritos, que são apenas seus intermediários.
As preces podem conter um pedido, um agradecimento ou louvor. “Podemos orar por nós mesmos, pelos outros, vivos ou mortos.” (5)
Quando oramos devemos refletir sobre o que realmente necessitamos, pois muitas vezes, os nossos problemas são causados por nós mesmos. Somos nós que travamos o nosso caminho e não o percebemos.
A prece dirigidas aos desencarnados, contribui para suavizar os sofrimentos e causar certo alívio, e, se o Espírito manifestar arrependimento então é socorrido pelos benfeitores.
Vejamos na comunicação de um espírito infeliz, pelo qual se tinha orado: “Sim, oremos juntos. A prece faz tanto bem... Estou mais aliviado, não sinto tão pesado o fardo que me acabrunha. Vejo um resquício de esperança luzindo-me aos olhos e, exclamo: bendito a mão do senhor e seja feita a sua vontade!” (4) (Caridade).
QUANDO E A ONDE SÃO USADAS.
Nesses momentos em que nos recolhemos em nosso íntimo, conversando com Deus, ao acordar pela manha, agradecendo o sono restaurador. Por mais simples que seja a nossa vida e por mais dificuldades que possamos ter. É no momento que retornamos ao convívio dos encarnados que nos preparamos; com paciência, compreensão, perdão, persistência, amor ao próximo, para a labuta diária.
À noite quando retornamos ao leito de dormir, oramos agradecendo pelo dia, pelas alegrias, pelas dificuldades vencidas, e pedindo o amparo e compreensão.
Mas se durante o dia sentimos a necessidade de nos fortalecermos. São necessário alguns minutos de introspecção, e sentiremos as vibrações do amor de Deus a nos envolver.
Porém, se a melhor prece são as boas ações, devemos colocar os nossos melhores sentimentos em tudo o que fizermos, com o sincero desejo de auxiliar as pessoas.
Jesus nos disse que uma das condições para, o momento da prece, é “orar em secreto”. Não há necessidade de se colocar em evidência, em altos brados. Deus, que tudo sabe , ouve o coração. (*)
BENEFICIOS QUE TRAZEM
A prece nos oferece proteção, ponteiras fluídicas, nos permitindo perturbações vindas de espíritos malfeitores.
À medida que fazemos da prece, um hábito diário, os bons pensamentos começam a fazer parte de nós, e passamos a agir de acordo. Tornamos-nos mais fortes contra as tentações do mal.
Passamos a vibrar num nível superior, onde a maldade, o egoísmo, os vícios, e tudo o que nos deprime e faz mal, não alcança, e nem perturba o nosso Espírito.
O nosso corpo material também se beneficia com a prece, pois “... harmonizando o campo mental e magnético do homem, acelera o poder defensivo das bactérias, ativa os processos imunológicos e vitaliza os agentes defensivos contra surtos e epidemia”. (2)
Conclui-se então, que a prece é o remédio e o preventivo para os nossos males físicos e espirituais, nos trazendo o equilíbrio e serenidade para enfrentarmos as provações das nossas vidas e subir mais um degrau na Evolução.
O QUE OCORRE NA SUA AUSÊNCIA
Pois se através da oração nos colocamos receptivos aos fluídos dos Bons Espíritos, com sua proteção e inspiração, devemos lembrar que na ausência da prece, se não nos religarmos a Deus, estaremos abertos e “a mercê “de outras influências, que podem não ser boas. “... os maus Espíritos apenas se aproveitam de nossas tendências ciosas, nas quais nos entretêm, para nos tentarem.” (5)
A nossa imprevidência contribui para isso.
Muitas vezes quando nos recolhemos para dormir, vencidos pelo cansaço do trabalho diário ou pela preguiça mental, não oramos. Sabemos que durante o sono o nosso espírito se liberta.
“A Fé é a divina claridade da certeza.”
EMMANUEL
A PALAVRA, O SENTIMENTO.
Quando estamos em prece, não há obrigação de fazermos orações decoradas. Pois que não existem fórmulas mágicas e sim sentimentos verdadeiros.
Nesse momento, podemos expor os nossos mais íntimos pensamentos, as palavras podem ser simples, as idéias claras e concisas. Pois o que importa é o sentimento sincero e humilde, através de uma reflexão do nosso modo de agir com o nosso próximo.
Existem pessoas que oram muito, supondo que longas preces têm mais valor. E terminada a oração, voltam à maledicência, aos mexericos, a inveja.
Não é, pois, só a ausência da prece, que nos deixa suscetíveis, mas as nossas intenções, e, sentimentos durante e após a prece. “Orai e Vigiai.”
HIGIENE DO PENSAMENTO
“O Espírito ao liberar suas energias no ato da prece, ele melhora a sua freqüência vibratória espiritual, higieniza a mente expurgando os maus pensamentos e libera maior cota de luz interior”. (2)
No momento em que expomos as nossas dificuldades e erros, com sinceridade, e perdoamos os nossos devedores, limpamos nossa mente, tirando os maus pensamentos e preenchendo com os bons, pois nos dispomos a melhorarmos. (Reforma Íntima.)
MANEIRA DE ORAR
“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”
ALLAN KARDEC
(“O livro dos Espíritos”, Parte terceira, Cap.II, questão 659)
PRECES DE AGRADECIMENTO
Quantas vezes fazemos um pedido a Deus, recebemos auxílio, e no alvoroço da alegria, esquecemos de parar por um momento para agradecer.
Quantas vezes pedimos, e por não recebermos o auxílio de maneira esperada, pois não entendemos os caminhos da Providência Divina, não agradecemos. Pois o que no momento nos parece prejudicial, no futuro entenderemos o porquê de não termos recebido o que esperávamos.
Um simples agradecimento por termos uma casa, um lugar para descansar da jornada diária. Agradecermos por termos um corpo perfeito, e, se este não for perfeito como a grande maioria, devemos agradecê-lo pela oportunidade de permitir que o nosso Espírito habite-o.
Agradecer por termos a oportunidade de conhecermos através do Espiritismo (Doutrina espírita) o Caminho a Verdade e a verdadeira Vida.
EXERCÍCIOS:
1º. Para quem devemos orar?
2º. Como devemos orar?
3º. Quais as intenções que nos fazem orar?
4º. Como entendes o valor da oração?
5º. De a sua opinião sobre o assunto. Como você praticas as suas oração?
6º. Quando você começou a praticar as orações? Quais os resultados que você sentiu?
7º. Quais as finalidades das orações?
8º. Quando devemos orar?
9º. Quais os fatores que interferem na eficácia da oração?
10º. O que devemos solicitar nas nossas orações?
11º. Qual o Alvo das nossas orações?
12º. O que ocorre com o homem quando se liga a Deus?
13º. O Que é a Oração?
14º. Que benefícios recebemos através da oração?
BIBLIOGRAFIA:
1º. AUTOR: Allan Kardec- Livro- O Livros dos Espíritos-Tradução de Guillon
Ribeiro-28º Edição-1960- Pág. 308, 312-Editora F.E.B -Rio de Janeiro- RJ.
2º. AUTOR: Ramatis - Psicografada por Hercílio Maes - Livro - Elucidações do Além- Pág.103, 120- 7º Edição -1995 -Editora Freitas Bastos - Rio de Janeiro- RJ.
3º. AUTOR: Richard Simonétti - Livro - Uma Razão Para Viver- Pág.88,93 18º Edição-
1995- Editora Gráfica São João Ltda - Bauru-SP.
4º. AUTOR: Allan Kardec - Tradução M. Quintão - Livro- O Céu e o Inferno- Pág. 343-
15º Edição- 1946- Editora F.E.B. - Rio de Janeiro. RJ.
5º. AUTOR: Allan Kardec- Tradução José Herculano Pires- Livro- O Evangelho Segundo
o Espiritismo- Cap. 27 e 28- 49º Edição-1997-LAKE Livraria Allan Kardec Editora- São Paulo-SP.
6º. AUTOR. Leon Denis- Livros- Fragmentos de Obras,SER,DESTINO,DOR- 4º Edição
1977- Pág. 159 a 168- Edível- Editora Cultural Espírita Ltda.- São Paulo- SP.
(*) (Neste trabalho recebemos a colaboração da Irmã Kátia Regina Sacco.)
RHEDAM. (
rhedam@gmail.com)