DIA: 00.00.00. 1º. AULA. RELIGIÕES.
“É tão nocivo o preconceito científico, quanto o preconceito religioso.”
CICERO VALÉRIO
A RELIGIÃO
O termo “Religião” provém do latim “religione” e implica na cresça em forças consideradas sobrenaturais, criadoras do Universo. Sua finalidade é religar a criatura ao Criador através dos ensinamentos da Espiritualidade.
As religiões cristãs fundamentam-se na Bíblia ou Escrituras Sagradas, que falam da Gênese do Universo e do homem. Segundo as narrativas ali encontradas, tem-se a impressão que num dado momento o Espírito separou-se de Deus, “caindo” na dimensão material com a finalidade de conhecer-se e conhecê-Lo.
A Religião é, pois, a crença na existência de princípios não materiais, leis morais e espirituais, que são fundamentos de todas as coisas. Estes princípios emanam da Inteligência Suprema, foram revelados em períodos distintos e precisam se tornar conhecidos por todos. Eles orientam a vida humana na busca do equilíbrio e da paz pessoal e descortinam o destino do homem. (1)
As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários.
Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração a geração através dos mecanismos das palavras. Todavia, com a cooperação dos degredados do sistema da Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos, começando a florescer uma nova era do conhecimento espiritual, no campo das concepções religiosas.
Os Vedas, que contam mais de seis mil anos, já nos falavam da sabedoria dos “Sastras”, ou grandes mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios, nas margens dos rios sagrados da Índia. Vê-se, pois que a idéia religiosa nasceu com a própria Humanidade, constituída o alicerce de todos os seus esforços e realizações no plano terráqueo. (2)
Ao encontrarmo-nos no mundo, sentimos a necessidade de amparo; o futuro se nos apresenta desconhecido e por esta razão, incerto; nem tudo corre segundo as nossas vontades e, por vezes, bem contra ela, fazendo com que reconheçamos nossa pequenez; ocasiões há em que a dor lancinante nos assombra e, na terra, não vemos poder que nos liberte dela; ante a complexidade da vida, percebemos que somos frágeis e pequeninos; dai nasce-nos a idéia religiosa.
A religião é um amparo, uma proteção, um refúgio. Ante as incertezas do futuro, ela nos demonstra que estamos amparados; reconhecendo nossa fragilidade, nela encontramos proteção; e nela nos refugiamos quando o mundo se torna impotente para consolar-nos.
E qual será à base da idéia religiosa, como o homem chegou a tê-la?
Nada mais simples; pela observação. Desde priscas eras, o homem observou que se desenrolaram na face do planeta fatos sobre os quais lhe é impossível intervir; tais fatos se reportam tanto a si próprio, como ao mundo exterior que o cerca; e deduziu então que há uma
Vontade Soberana presidindo a tudo; e assim o homem chegou a perceber Deus.
Nas sociedades emergidas do estado selvagem, Deus é talhado à imagem e semelhança do homem, eivado das mesmas paixões, colérico, vingativo, parcial; dele temos exemplos próximos de nós nos inumeráveis deuses do paganismo e no Jeová dos hebreus; e em nossos dias temos a representação desses Deus, pelas seitas ditas cristãs, nesse ser que se compraz em torturar pecadores em suplícios infernais e eternos qual velho inquisidor, adorado na pompa e no luxo e na suntuosidade dos templos de pedra.
O Cristianismo puro, simples, primitivo, aquele que promana do Evangelho, já nos mostra o verdadeiro caráter de Deus; o Pai bom, o Amigo de todos os instantes, o Trabalhador infatigável que faz germinar a pequenina semente na cova escura, moverem-se as ondas do oceano e resplandecerem os sóis do firmamento. O Deus que para ser adorado prescinde de quaisquer formalidades e por altar quer apenas o coração puro e humilde de seus filhos.
Nasceu assim a Religião que é o conjunto de normas a que a humanidade deve obedecer para crescer espiritualmente, segundo a vontade soberana, paterna, criadora de Deus. Bárbaras, grosseiras e materiais em seus primórdios, essas normas que constituem a Religião, purificam-se à medida que a humanidade avança, até alcançarem à pureza, a simplicidade, a perfeição no Evangelho de Jesus. (3)
FINALIDADE DAS RELIGIÕES
A Ciência terrena promove o progresso material da humanidade. A Religião tem como fim promovê-la em seu adiantamento moral. Deverá demonstrar que os bens materiais São destinados a elevação das criaturas e que foram feitos para a felicidade coletiva. Explica em seus princípios, que o homem não deve tornar-se escravo das paixões. Lembra as palavras do Cristo, dizendo estar o Reino de Deus dentro do homem e que só o esforço pessoal produz a salvação. (1)
NECESSIDADE DA RELIGIÃO
A Religião atua essencialmente sobre o sentimento; é para desenvolvê-lo que necessitamos de Religião.
A ciência desenvolve no homem as qualidades de pesquisa, dando-lhe os meios de aplicar-se a desvendar os segredos da natureza.
A filosofia, ensinando-nos a pensar, desenvolve-nos o raciocínio, a inteligência.
Ciência e filosofia fazem com que cresçamos intelectualmente; somente a religião cultiva-nos o coração, para que nele viceje o sentimento.
Com a ciência procuramos; com a filosofia pensamos; com a religião sentimos.
E quando aprendemos a sentir, traçamo-nos regras de conduta que nos habilitam a respeitar nossos semelhantes e sermos por eles respeitados; nosso caráter se enobrece; descobrimos as leis morais que nos regem a consciência; apura-se-nos o senso da responsabilidade, indicando-nos o Dever. Essa é a obra da religião, sem a qual a consciência humana não teria meios de se aperfeiçoar.
A Religião é, em suma, um instrumento de aprimoramento moral, um caminho que nos conduz aos braços paternais de Deus, um elo de fraternidade a ligar-nos uns aos outros. (3)
ISRAEL
Dos Espíritos degredados da terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
Examinando este povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se grande era a sua existência de Deus, muito grande também era o seu orgulho, dentro de suas concepções de verdade e da vida.
Consciente da superioridade de seus valores, nunca perdeu oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão perfeita com as demais raças do orbe. Entretanto, em honra da verdade, somos obrigados a reconhecer que Israel, num paradoxo flagrante, antecipando-se às conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana e imorredoura. Sem pátria e sem lar, esse povo heróico tem sabido viver em todos os climas sociais e políticos, exemplificando a solidariedade humana nas melhores tradições de trabalho; sua existência histórica, contudo, é uma lição dolorosa para todos os povos do mundo, das conseqüências nefastas do orgulho e do exclusivismo. (2)
A ESCOLHA DE ISRAEL
No reino de Israel sucederam-se as tribos e os enviados do Senhor. Todos os seus caminhos no mundo estão cheios de vozes proféticas e consoladoras, acerca d´Aquele que ao mundo viria para ser glorificado como o Cordeiro de Deus.
A cada século renovam-se as profecias e cada templo espera a palavra de ordem dos Céus, através do Salvador do Mundo. Os doutores da Lei, no templo de Jerusalém, confabulam respeitosos, sobre o Divino Missionário; na sua vaidade orgulhosa esperavam-no no seu carro vitorioso, para proclamar a todas as gentes a superioridade de Israel e operar todos os milagres e prodígios.
E, recordando estes apontamentos da história, somos naturalmente levados a perguntar o porquê da preferência de Jesus pela árvore de David, para levar a efeito as suas divinas lições à Humanidade; mas a própria lógica nos faz reconhecer que, de todos os povos de então, sendo Israel o mais crente, era também o mais necessitado, dada a sua vaidade exclusivista e pretensiosa. “Muito se pedirá de quem muito haja recebido”, e os israelitas haviam conquistado muito, do Alto, em matéria de fé, sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de compreensão, em matéria de humildade e de amor. (2)
A INCOMPREENSÃO DO JUDAISMO
A verdade, porém, é que Jesus, chegando ao mundo, não foi absolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes não esperavam que o Redentor procurasse a hora mais escura da noite para surgir na paisagem terrestre. Segundo a sua concepção, o Senhor deveria chegar ao carro magnificente de suas glórias divinas, trazido do Céu a Terra pela legião dos seus Tronos e Anjos; deveria humilhar todos os reis do mundo, conferindo a Israel o cetro supremo na direção de todos os povos do planeta; deveria operar todos os prodígios, ofuscando a glória dos Césares. E, no entanto, o Cristo sugira entre os animais humildes da manjedoura; apresentava-se como filho de um carpinteiro e, no cumprimento de sua gloriosa missão de amor e de humildade, protegia as prostitutas, confundia-se com os pobres e com os humilhados, visitava as casas suspeitas para de lá arrancar os seus auxiliares e seguidores; seus companheiros prediletos eram os pescadores ignorantes e humildes, dos quais fazia apóstolos bem-amados. Abandonando os templos da Lei, era freqüentemente encontrado ao longo do Tiberíades, em cujas margens pregavam aos simples a fraternidade e o amor, a sabedoria e a humildade. O judaísmo, saturado de orgulho, não conseguiu compreender a ação do celeste emissário. Apesar da crença fervorosa e sincera, Israel não sabia que toda a salvação tem que começar no íntimo de cada um e, cumprindo as profecias de seus próprios filhos, conduziu aos martírios da cruz o divino Cordeiro. (2)
NO PORVIR
As organizações dos doutores da Lei subsistiram no curso incessante dos tempos. Embalde esperaram eles outro Cristo, nestes dois milênios que ora chegam a termo. A realidade é que um sopro de amargura pesou mais fortemente sobre os destinos da raça, depois da ignominiosa tarde do Calvário. As sombras simbólicas, que caíram sobre o Templo de Jerusalém, acompanharam igualmente o povo escolhido em todas as diretivas, pelas estradas longas do mundo, com amplos reflexos no ambiente contemporâneo.
Israel continua a cultuar o Deus Todo-Poderoso dos seus profetas, seus rituais prosseguem em pontos isolados do orbe inteiro.
É talvez a raça mais livre, mais internacionalista, mais fraternal, entre si, mas também a mais altiva e exclusivista do mundo.
Apesar de não ter uma pátria (*) e não obstante todas as perseguições e clamorosa injustiça, experimentadas nas suas jornadas de sofrimento, Israel faz o seu roteiro através das cidades tumultuosas, esperando o Messias da sua redenção e da sua liberdade.
Jesus acompanha-lhe a marcha dolorosa através dos séculos de lutas expiatórias e regeneradoras.
Novos conhecimentos dimanam do Céu para o coração dos seus patriarcas e não tardará muito tempo para que vejamos os judeus compreendendo integralmente a missão sublime do verdadeiro Cristianismo e aliando-se a todos os povos da Terra para a caminhada salvadora, em busca da edificação de um mundo melhor. (2)
(*) Está psicografia foi recebida pelo médium Francisco Candido Xavier, em 1938, ditada pelo Espírito de Emmanuel. Neste tempo ainda não existia o Estado de Israel que foi criado em 1948, quando então era Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ilustre brasileiro Osvaldo Aranha.
DIVERSIDADE DAS RELIGIÕES
Na atualidade observa-se a existência de religiões que se multiplicam a cada dia. Isto se dá devido à cultura e costumes dos povos e pela idade espiritual heterogênea da humanidade.
Muitos são os tipos de espíritos que habitam a terra. Cada um vê Deus o seu modo. Cada um interpretra sua palavra segundo o seu próprio entendimento. E é isso que dá origem às muitas tendências religiosas.
Todas as religiões que promovem o homem são boas. Aconselha-se, no entanto, que as pessoas evitem escolher religiões onde haja deuses e rituais estranhos, sacrifícios e orientação que afaste o homem da vida social.
Com o inegável avanço da Ciência e da tecnologia, torna-se cada vez mais difícil às pessoas aceitarem os dogmas religiosos que confrontam com a razão. A Religião deve modernizar-se, tornar-se mais compreensível aos tempos modernos. Infelizmente no Brasil, ainda há um significativo número de pessoas que estão se entregando material e espiritualmente a seitas que as exploram comercialmente. (1)
MOISÉS
As lendas da Torre de Babel não representam um mito nas páginas do velho Testamento, porque o exílio na Terra não pesou tanto às outras raças degredadas quanto na alma orgulhosa dos judeus, inadaptados e revoltados num mundo que não os compreendia.
Sem procurarmos os seus antepassados, anteriores a Moisés, vamos encontrar o grande legislador hebreu saturando-se de todos os conhecimentos iniciáticos, no Egito antigo, onde o seu espírito recebeu primorosa educação, à sombra do prestígio de Termútis, cuja caridade fraterna o recolhera.
Moisés, na qualidade de mensageiro do Divino Mestre, procura então concentrar o seu povo para a grande jornada em busca da terra da Promissão. Médium extraordinário realizava grandes feitos ante os seus irmãos e companheiros maravilhados. É quando então recebe de emissários do Cristo no Sinai, os dez sagrados mandamentos que, até hoje, representam a base de toda a justiça do mundo.
Antes de abandonar as lutas da Terra, na extática visão da Terra Prometida, Moisés lega à posteridade as suas tradições no Pentateuco, iniciando a construção da mais elevada ciência religiosa de todos os tempos, para as coletividades porvindouras. (2)
Na Bíblia, o Velho Testamento, inicia-se com cinco livros, supondo ser de autoria de Moisés, que são conhecidos como o Pentateuco Mosaico. Estes livros apareceram em torno de 1500 a 1700 anos antes de Cristo. Nele, encontramos ensinamentos que foram os primeiros fundamentos das leis morais. São os Dez Mandamentos.
Estas normas de vida foram o aspecto Divino da revelação, feita pelos Espíritos superiores a Moisés, e estão válidas até os dias de hoje.
- Não adorarás imagens.
- Não usarás o nome de Deus em vão.
- Santificarás um dia da semana.
- Honrarás pai e mãe.
- Não matarás.
- Não cometerás adultério.
- Não furtarás.
- Não mentirás.
- Não desejarás a mulher do próximo.
- Não terás inveja.
Os livros considerados como obra de Moisés são:
Gênesis - Trata da origem e da criação do mundo. Nele, encontramos uma narrativa simbólica onde todas as fases do aparecimento do Universo e da Terra, são descritas com precisão.
Êxodo - Conta os principais episódios ligados à libertação do povo hebreu, escravo no antigo Egito durante quatrocentos anos. Esta alforria teria sido feita através do trabalho missionário de Moisés.
Levíticio - Este livro instruía as relações entre os seguidores do Legislador hebreu e a Divindade. Orientava os cultos, as obrigações e rituais religiosos da época.
Números - Apresenta parte da história da movimentação dos hebreus em direção a Canaã, terra prometida. Nele, existe ainda um censo, realizado com a finalidade de saber quantas almas viajavam pelo deserto, depois que Moisés os libertou da escravidão.
Deuteronômio - Traz um código de leis, promulgadas por Moisés, destinadas a reorganizar a vida social dos hebreus. É nele que se encontra a proibição de contatarmos mediunicamente com os “mortos”. Moisés agiu assim, porque as práticas evocativas eram comuns entre os egípcios.
Segundo historiadores, o missionário levou do Egito para Israel, chamado naquele tempo de Canaã, uma multidão de 400 mil pessoas numa viagem que durou quarenta anos.
Ainda, no Velho Testamento, encontramos outros 34 livros que foram escritos pelos profetas, que falam da vinda futura de um Espírito Excelso que traria o Reino de Deus à humidade. Tais profecias acabaram se concretizando com a encarnação do Mestre Jesus.
Dados históricos:
Adão e Eva - Teriam vivido, segundo as religiões convencionais, há quatro mil anos antes de Cristo.
Idade cientifica da Terra - quatro bilhões e meio de anos.
História da civilização - 100 mil anos.
Berço da Civilização - Mesopotâmia (Iraque); Babilônia (Irã).
Ficou comprovada cientificamente a impossibilidade da história relativa à humanidade ter se iniciado só há quatro milênios. Provou que o homem surgiu em condições primitivas em vários pontos da Terra, há milhões de anos atrás. Seus vestígios foram encontrados por pesquisadores e historiadores. (1)
O JUDAISMO E O CRISTIANISMO
Estudando-se a trajetória do povo israelita, verifica-se que o Antigo Testamento é um repositório de conhecimentos secretos, dos iniciados do povo judeu, e que somente os grandes mestres da raça poderiam interpretá-los fielmente nas épocas mais remotas.
Eminentes espiritualistas franceses, nestes últimos tempos, procuraram penetrar os seus obscuros segredos e, todavia, aproximando-se da realidade com referência às interpretações, não lhes foi possível solucionar os vastos problemas que as suas expressões ofereceram.
Os livros dos profetas israelitas estão saturados de palavras enigmáticas e simbólicas, constituindo um monumento parcialmente decifrado da ciência secreta dos hebreus. Contudo, e não obstante a sua feição esfingetica, é no conjunto um poema de eternas claridades. Seus cânticos de amor e de esperança atravessam as eras com o mesmo sabor indestrutível de crença e de beleza. É por isso que, a par do Evangelho, está o Velho Testamento tocado de clarões imortais, para a visão espiritual de todos os corações. Uma perfeita conexão reúne as duas leis, que representam duas etapas diferentes do progresso humano. Moisés, com a expressão rude da sua palavra primitiva, recebe do mundo espiritual as leis básicas do Sinai, constituindo desse modo o grande alicerce do aperfeiçoamento moral do mundo; e Jesus, no Tabor, ensina a Humanidade a desferir, das sombras da Terra, o seu vôo divino para as luzes do Céu. (2)
MONOTEÍSMO
O que mais admirava, porém, naquelas tribos nômades e desprotegidas, é a fortaleza espiritual que lhes nutria a fé nos mais arrojados e espinhosos caminhos.
Enquanto a civilização egípcia e os iniciados hindus criavam a politeísmo para satisfazer os imperativos da época, contemporizando com a versatilidade das multidões, o povo de Israel acreditava somente na existência do Deus Todo-Poderoso, por amor do qual aprendia a sofrer todas as injúrias e a tolerar todos os martírios.
Quarenta anos no deserto representaram para aquele povo como que um curso de consolidação da fé, contagiosa e ardente.
Segui-lhe Jesus todos os passos, assistindo-o nos mais delicados momentos de sua vida e foram ainda, sob o pálio da sua proteção, que se organizaram os reinos de Israel e de Judá, na Palestina.
Todas as raças da terra devem aos judeus esse benefício sagrado, que consiste na revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres.
O grande legislador dos Hebreus trouxera a determinação de Jesus, com respeito à simplificação das fórmulas iniciativas, para compreensão geral do povo; a missão de Moisés foi tornar acessíveis ao sentimento popular as grandes lições que os demais iniciados eram competidos a ocultar. E, de fato, no seio de todas as grandes figuras da antiguidade, destaca-se o seu vulto como o primeiro a rasgar a cortina que pesa sobre os mais elevados conhecimentos, filtrando a luz da verdade religiosa para a alma simples e generosa do povo. (2)
POLITEÍSMO
A idéia de um Deus único só podia aparecer como resultado do desenvolvimento mental do homem. Incapaz, na sua ignorância, de conceber um ser imaterial sem forma determinada, agindo sobre a matéria, ele lhe havia dado os atributos da natureza corpórea, ou seja, uma forma e uma figura, e desde então tudo o que lhe parecia ultrapassar as proporções da inteligência comum tornava-se para ele uma divindade. Tudo quanto não compreendia devia ser obra de um poder sobrenatural, e disso a acreditar em tantas potências distintas quantos os efeitos pudesse ver não ia mais do que um passo.
Mas em todos os tempos houve homens esclarecidos, que compreenderam a impossibilidade dessa multidão de poderes para governar o mundo sem uma direção superior e se elevaram ao pensamento de um Deus único.
Os fenômenos espíritas sendo produzidos desde todos os tempos e conhecidos desde as primeiras eras do mundo, podem ter contribuído para a crença da pluralidade dos deuses. Porque para os homens, que chamavam Deus a tudo o que era sobre-humano, os espíritos pareciam deuses. E também por isso, quando um homem se distinguia entre os demais pelas suas ações, pelo seu gênio ou por um poder oculto que o vulgo não podia compreender, faziam dele um deus e lhe rendiam culto após a morte.
Nos mundos superiores os animais não conhecem a Deus. O Homem é um deus para eles, assim como os espíritos foram deuses para os homens.
A palavra Deus tinha entre os antigos uma acepção muito extensa; não era, como em nossos dias, uma designação do Senhor da Natureza, mas uma qualificação genérica de todos os seres não pertencentes às condições humanas. Ora, tendo as manifestações espiritas lhes revelado a existência de seres incorpóreos que agem como forças da Natureza, eles o chamaram deuses, como nós os chamamos Espíritos. Uma simples questão de palavras. Com a diferença de que, em sua ignorância entretida deliberadamente pelos que tinham interesse em mantê-la, elevaram templos e altares lucrativos a esses seres, enquanto para nós eles não passam de criaturas nossas semelhantes, mais ou menos perfeitas, despojadas do seu envoltório terreno. Se estudarmos com atenção os diversos atributos das divindades pagãs, reconheceremos sem dificuldade todos os que caracterizam os nossos Espíritos, em todos os graus da escala espírita: seu estado físico nos mundos superiores, todas as propriedades do perispírito e o papel que exercem no tocante às coisas terrenas.
O Cristianismo, vindo aclarar o mundo com a sua luz divina, não podiam destruir uma coisa que está na própria Natureza, mas fez que a adoração se voltasse para aquele que realmente pertence. Quanto aos Espíritos, sua lembrança se perpetuou sob diversos nomes, segundo os povos, e suas manifestações, que jamais cessaram, foram diversamente interpretadas e freqüentemente exploradas sob o domínio do mistério. Enquanto a religião as considerava como fenômenos miraculosos, os incrédulos as tomaram por charlatanice. Hoje, graças a estudos mais sérios, feitos a plena luz, o Espiritismo, liberto das idéias supersticiosas que o obscureceram através dos séculos, nos revela um dos maiores e mais sublimes princípios da Natureza. (4)
O PAPADO
Desde a décima perseguição que o Cristianismo era considerado em Roma como doutrina morta, mas os prepostos do Mestre não descansavam, com o nobre fim de fazer valer os seus generosos princípios. A fatalidade histórica reclamava da sua colaboração nos gabinetes da política do mundo e, ainda uma vez, a indigência dos homens não compreendeu a dádiva espiritual, porque, logo depois da vitória, os bispos romanos solicitavam prerrogativas injustas sobre os seus humildes companheiros de episcopado. O mesmo espírito de ambição e imperialismo, que de longo tempo trabalhava o organismo do Império, dominou igualmente a igreja de Roma, que se arvorou em suserana censora de todas as demais do planeta. Cooperando com o Estado, faz sentir a força das suas determinações arbitrárias. Trezentos anos lutaram os mensageiros do Cristo, procurando ampara-la no caminho do amor e da humildade, até que a deixaram enveredar pelas estradas da sombra, para o esforço de salvação e de experiência, e, tão logo a abandonaram o penoso trabalho de aperfeiçoar-se a si mesma, eis que o imperador Focas favorece a criação do Papado, no ano de 607. A decisão imperial faculta aos bispos de Roma prerrogativas e direitos até então jamais justificados. Entronizam-se, mais uma vez, o orgulho e ambição da cidade dos Césares. Em 610, Focas é chamado ao mundo dos invisíveis, deixando no orbe a consolidação do Papado. Desta data em diante, ia começar um período de 1260 anos de amarguras e violências para a civilização que se fundava. (2)
O ISLAMISMO
Antes da fundação do Papado, em 607, as forças espirituais se viram compelidas a um grande esforço no combate contra as sombras que ameaçavam todas as consciências. Muitos emissários do Alto tomam corpo entre as falanges católicas no intuito de regenerar os costumes da Igreja. Embalde, porém, tentam operar o retorno de Roma aos braços do Cristo, conseguindo apenas desenvolver o máximo dos seus esforços no penoso trabalho de arquivar experiências para as gerações vindouras.
Numerosos Espíritos reencarnaram com as mais altas delegações do plano invisível.
Entre esses missionários, veio aquele que se chamou Maomé, ao nascer em Meca no ano de 570. Filho da tribo dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar na Ásia um movimento forte de restauração do Evangelho do Cristo, em oposição aos abusos romanos, nos ambientes da Europa. Maomé, contudo, pobre e humilde no começo de sua vida, que deveria ser de sacrifico e exemplificação, torna-se rico após o casamento com Khadija e não resiste ao assédio dos Espíritos da Sombra, traindo nobres obrigações espirituais com suas fraquezas. Dotado de grandes faculdades mediúnicas inerentes ao desempenho de seus compromissos, muitas vezes foi aconselhado por seus mentores do alto, nos grandes lances de sua existência, mas não conseguiu triunfar das inferioridades humanas. É por essa razão que o missionário do Islã deixa entrever, nos seus ensinos, flagrantes contradições. A par do perfume cristão que se evola de muitas das suas lições, há um espírito belicoso, de violência e de imposição; junto da doutrina da responsabilidade individual, divisando-se através de tudo isso uma imaginação super excitada pelas forças do bem e do mal, num cérebro transviado do seu verdadeiro caminho. Por essa razão o Islamismo, que poderia representar um grande movimento de restauração do ensino de Jesus, corrigindo os desvios do Papado nascente, assinalou mais uma vitória das Trevas contra a Luz e cujas raízes era necessário extirpar. (2)
A MISSÃO DE PAULO
No trabalho de redação dos Evangelhos, que constituem, sem duvida, o portentoso alicerce do Cristianismo, verificavam-se, nessa época, algumas dificuldades para que se lhes desse o precioso caráter universalista.
Todos os Apóstolos do Mestre haviam saído do teatro humilde dos seus gloriosos ensinamentos; mas, se esses pescadores valorosos eram elevados Espíritos em missão precisaram considerar que eles estavam muito longe da situação de espiritualidade do Mestre, sofrendo as influências do meio a que se foram conduzidos.
Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência dos judaísmos, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feições aristocrática, em face das novas igrejas e associações que se nos fundavam mais diversos pontos do mundo.
É então que Jesus resolve chamar o espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um acontecimento dos mais significativos na história do Cristianismo. As ações e as epístolas de Paulo tornam-se poderoso elemento de universalização da nova doutrina. De cidade em cidade, de igreja em igreja, o convertido de Damasco, com o seu enorme prestígio, fala do Mestre, inflamando os corações. A princípio, estabelece entre ele e os demais Apóstolos uma penosa situação de incompreensibilidade, mas sua influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos inesquecíveis de simplicidade e pureza. (2)
FRANCISCO DE ASSIS
Os apelos do Alto continuaram a solicitar a atenção da Igreja romana em todas as direções. As chamadas “heresias“ brotavam por toda parte onde houvesse consciências livres e corações sinceros, mas as autoridades do Catolicismo nunca se mostraram dispostas a receber semelhantes exortações.
Havia terminado, em 1229, a guerra contra os hereges, cujos embates atravessaram o espaço vinte anos, quando alguns chefes da Igreja consideram a oportunidade da fundação do tribunal da penitência, cujos projetos de há muito preocupavam o pensamento do Vaticano.
Mascarar-se-ia o cometimento com o pretexto da necessidade de unificação desejada dilatar o seu vasto domínio sobre as consciências.
Todavia, se a Inquisição preocupou longamente as autoridades da Igreja, antes da sua fundação, o negro projeto preocupava igualmente o Espaço, onde se aprestaram providências e medidas de renovação educativa. Por isso, um dos maiores apóstolos de Jesus desceu à carne com o nome de Francisco de Assis. Seu grande e luminoso espírito resplandeceu próximo de Roma, nas regiões da Úmbria desolada. Sua atividade reformista verificou-se sem os atritos próprios da palavra, porque o seu sacerdócio foi exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade. A Igreja, todavia, não entendeu que a lição lhe dizia respeito e, ainda uma vez, não aceitou as dádivas de Jesus. (2)
A IGREJA CATÓLICA
Logo depois da desencarnação de Jesus, seus discípulos fundaram a igreja primitiva. Alguns núcleos cristãos foram edificados por eles, dando início à divulgação da Boa nova. Mais tarde, apareceu no cenário histórico à figura de Paulo de Tarso, chamado apóstolos dos Gentios.
Devido a sua profunda dedicação ao Cristo, as atividades se multiplicaram. Sua história pode ser apreciada na Bíblia, através das cartas que escrevia às Igrejas e aos seus discípulos. Neste período as práticas nos templos eram puras e simples, próximas das que hoje usamos nos centros espíritas.
Depois do desaparecimento de Paulo, os cristãos primitivos continuaram sendo perseguidos pelo sistema dominante por muitos anos. Com o edito de Milão, por volta do ano 300 D.C., promulgou-se a igualdade dos cultos, e como garantia desta pacificação, o Estado devolveu aos seguidores de Jesus Cristo, muitos bens materiais que deles haviam sido confiscados.
Após o Concílio de Nicéia, no ano de 325 D.C., fixou-se definitivamente o símbolo da fé. A partir daí, instalou-se a edificação dos templos de altares consagrados ao Senhor, nascendo com eles o Catolicismo.
Em continuidade ao concílio, houve reuniões onde foram debatidos os problemas dado movimento cristão. Datam deste período as mais graves desfigurações da beleza e simplicidade do Evangelho, inclusive em seus aspectos práticos. (1)
DOGMAS
Os dogmas são os pontos fundamentais e indiscutíveis de uma doutrina religiosa. No catolicismo os dogmas foram responsáveis pelo aparecimento dos costumes sacramentais, das confissões, do culto às imagens, da hóstia, da obediência ao papa, dos altares, dos paramentos, batismo, crisma etc. No Espiritismo não há dogmas, uma vez que todos os seus princípios devem ser estudados, discutidos e estão sujeitos à lei do progresso. (1)
OS REFORMISTAS
Depois que a Igreja estabeleceu seus dogmas, pouco a pouco foi se distanciando do seu povo deixando de atender suas necessidades espirituais de conforto e assistência. Com o passar dos anos, voltou-se para atender os interesses das classes dominantes. Frente a isso, surgiram líderes que começaram a lutar contra a política desenvolvida pelo clero, fomentando nos adeptos da fé cristã, um espírito de renovo. Foi o primeiro passo para a reforma. Foi desta revolução que nasceu o Protestantismo. Dentre os homens que trabalharam neste sentido, destacaram-se líderes como:
JOÃO HUSS - (1369-1415)
Defendia a volta da Igreja ao cristianismo primitivo. Trabalhou pela instituição de uma reforma humanística e pela abolição do direito de propriedade, algo parecido como os princípios comunistas. Atacou a conduta papal, morto na fogueira por ordem do Concílio de Constança.
MARTINHO LUTERO - (1483-1546)
Era um monge. Em 1517 se fez ouvir a voz de Lutero, contra os hábitos da Igreja. Traduziu a Bíblia para o alemão vulgar, desprezando o latim, colocando-a ao alcance do povo. Denunciou os abusos da Igreja católica, atacando as vendas de indulgências e o costume relaxado do clero. Instituiu com seu movimento, a Reforma Protestante.
JOÃO CALVINO - (1509- 1564)
Estudou ciências humanísticas e Direito. Traduziu a Bíblia para o francês. Era bem mais radical que Martinho Lutero, seu mestre. Implantou o Protestantismo em Genebra. (1)
A RELIGIÃO ESPÍRITA
O Espiritismo é uma religião que vem apontar à humanidade novos caminhos em sua marcha para a Perfeição. Como suas irmãs mais velhas trazem-nos também um conjunto de revelações que contribuem para desenvolver-nos o sentimento e para o nosso aprimoramento moral.
A Religião Espírita inicia um movimento espiritual que visa a:
1º. _ Despertar no homem a certeza da imortalidade da alma.
2º. _ Libertar a consciência humana.
3º. _ Revelar a evolução permanente a que estão submetidos todos os seres.
4º. _ Explicar racionalmente o evangelho de Jesus.
Despertando a certeza da imortalidade da nossa alma, a Religião Espírita nos demonstra de onde viemos ao reencarnarmos, para que fins viemos a terra e para onde iremos após o nosso desencarne.
Iniciando a libertação da consciência humana, a Religião Espirita, livra-nos dos dogmas, da incerteza ante o futuro depois da morte do corpo físico, descerrando-nos os horizontes vastos do porvir, cheios de vida, de beleza e de amor. Mostra-nos a Terra como uma escola abençoada, onde através do trabalho digno, do estudo sério de uma vida honesta, do sofrimento suportado resignadamente, conquistaremos os dotes imperecíveis da Perfeição. Ensina-nos que depois da morte, isto é, do desencarne, não devemos ficar submersos na materialidade terrena, mas devemos continuar a lutar nobremente para atingirmos zonas mais aperfeiçoadas da vida.
A Religião Espírita revela-nos que todos os seres, do mais ínfimo ao mais elevado, estão sujeitos à lei de adoração. Tudo evolve em busca de formas mais perfeitas, de vidas mais sublimes.
E por fim a Religião Espírita nos explica racionalmente o Evangelho de Jesus, fazendo dele a lei moral que devemos observar em relação para com Deus, para com os nossos semelhantes e para conosco mesmos.
A Religião Espírita não é nada mais nada menos do que a restauração na face da terra do Cristianismo em toda sua simplicidade e pureza primitivas. Por isso seus templos são modestos, simples, singelos; não são templos de pedras a exprimirem a força da matéria triunfante; mas são locais de reuniões que convidam os homens a se libertarem, por instantes, da materialidade da vida diária e comungarem com a Espiritualidade Superior.
A Religião Espirita não tem aparatos, nem pompas, nem suntuosidades, nem dogmas de espécie alguma. Tudo o que prega e o que ensina é facilmente compreendido por qualquer inteligência, mesmo pelas pouco cultivadas, uma vez que haja boa vontade e sadio interesse em aproveitar as lições.
A Religião espírita é constituída de duas partes que se entrosam harmoniosamente que são: o Cristianismo que é a doutrina de Jesus explanada em seu Evangelho ; e o Espiritismo que a doutrina dos espíritos.
O Evangelho modela-nos o caráter; disciplinando-nos o sentimento.
O Espiritismo mostra-nos o caminho percorrido e o ainda a percorrer em nossa marcha evolutiva. (3)
EXERCÍCIOS:
1º. Cite o nome dos reformistas.
2º. O movimento espiritual, iniciado pela Religião Espírita, visa o que?
3º. O que ocorreu após o Concílio de Nicéia em 325 D. C.?
4º. Após a guerra contra os hereges, desceu à Terra um apóstolo de Jesus. Como chamava
ele? E que exemplos nos deixou?
5º. Qual a missão de Paulo?
6º. Na lição sobre o Islamismo, de a sua opinião.
7º. Defina, o que é Monoteísmo?
8º. O que é Politeísmo? Que influência teve o Espíritismo sobre o Politeísmo?
9º. Descreva o que sabes sobre Moisés.
10º. Porque necessitamos de Religião? Porque há diversificação das Religiões?
11º. Qual a finalidade de uma religião para o homem?
12º. Qual a necessidade do homem em ter uma religião?
13º. Como o povo hebreu esperava a chegada de Jesus a Terra?
14º. Porque existem as várias tendências Religiosas?
BIBLIOGRAFIA:
1º. AUTORES: Diversos - Livro - Espiritismo Para Iniciantes - Pág. de 21 a 28. 3º. Edição-
1993-FACE (Fundação de Assistência ao Centro Espírita) Grupo Espírita
Bezerra de Menezes- São José do Rio Preto-SP.
2º. AUTOR: Emmanuel - Psicografado Por Francisco Candido Xavier – Livro - A Caminho Da Luz - Pág. 64 a 72, 125, 126, 137, 138, 149 a 151, 159, 160 - 16º Edição – 1989 - Federação Espírita Brasileira - Rio de Janeiro - RJ.
3º. AUTOR: Eliseu Rigonatti - Livro - O Espiritismo Aplicado - Pág.50 a 52 - 1º Edição - Editora Pensamento - São Paulo-SP.
4º. AUTOR: Allan Kardec- Livro - O Livro dos Espíritos - pág. 267, 268, 246. - Perguntas
667, 668, 603. - 54º Edição -1994 - LAKE- Livraria Allan Kardec Editora-
São Paulo - SP.
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